sábado, 31 de janeiro de 2009

Taste


Taste foi a pior e ao mesmo tempo a melhor experiência que tive com uma namorada.

Após alguns meses sem River, cheguei ao ápice da minha auto-estima em agosto de 2006.

Nesse mesmo mês, uma das minhas melhores amigas, Bitten, resolveu comemorar seu aniversário na mesma balada onde conheci River.

Aquela noite eu estava tão bem que teria ido só pra dançar.
Estávamos em um grande número de pessoas, mas eu fiquei a maior parte do tempo sozinha.

Dançando a noite toda sem olhar e me interessar por ninguém, eis que vejo um grupo de 3 pessoas tirando fotos de si mesmos.

Já com a cabeça rodando de tanto dançar e beber, me enfio entre eles para compartilhar aquele momento.
Eles se surpreendem com minha presença, mas não acham ruim e até riem. No mesmo instante eu pego meu celular e peço para a garota gordinha da foto me passar o e-mail e o telefone dela para eu poder cobrar a foto depois.
Entre a gordinha a quem pedi o e-mail e o garoto espinhudo da foto, existe uma loira de olhos azuis nos observando.
A gordinha me pede um cigarro e eu entrego um a ela. Ela, a gordinha, pede que eu acenda. Eu acho estranho, mas acendo e repasso. A gordinha começa a passar insistentemente o cigarro para a loira dizendo: "toma, pega, toma"
A loira faz sinal de que não quer o cigarro e se aproxima de mim.
Algumas das primeiras frases que tivemos foi algo como ela me perguntando: "você está com namorado, namorada...?" e eu respondendo:"ihhhh que nada, sou solteira, livre, leve e solta"
Ela continua puxando assunto e eu resolvo olhar melhor pra ela.
Foi quando percebi que ela estava me dando mole que disse: "vamos nos conhecer melhor?"

Ficamos em um canto da balada só beijando.
Fico cansada de beijar e levo ela pro mesanino para conversarmos. Começo a achar ela mais bonita e interessante.
Meu celular desperta às 4h30. É hora de avisar minha amiga aniversariante que ela precisa tomar o anticoncepcional dela.
Taste não me deixa ir.

Guim e Bitten vão ao meu encontro, mas Taste não me larga e não me deixa ir embora. Eu anoto seu telefone e me junto aos meus amigos na volta pra casa.

No dia seguinte acordo com uma sensação de: "eu conheci alguém bem legal ontem"
Ligo para Taste e marco um encontro em um bar onde eu sempre levava as garotas com quem ficava.
Lá percebo em Taste a capricorniana inexperiente que eu esperava que ela fosse.

A partir dos encontros seguintes e da química que rolava entre nós, resolvemos namorar.

Passado alguns meses percebo Taste diferente, distante, confusa...

Em uma noite pós vestibular vou ao encontro de Taste e seus amigos para irmos a mesma balada que a conheci.
No meio da noite, já tendo consumido quase toda a minha comanda, começo a passar mal.
Jogo o resto da minha garrafa de água na cabeça de Alexandre Frota que dança em cima de um palco e entro clandestinamente na área VIP onde ficavam os sofás.
Taste fica me olhando do lado de fora com um ar de preocupação.
Apago para esperar a tonteira passar. Quando abro os olhos, me levanto e percorro o espaço a procura de Taste. Nada.
Encontro Blond aos beijos no meio do caminho e pergunto por ela. Ele me aponta a direção de onde vim dizendo que eu procure por lá. Eu digo que ali ela não está e que vou procurá-la na pista de cima.
Vou passando entre as pessoas tentando abrir espaço à procura de Taste.
Finalmente a encontro. Mas ela não está sozinha, uma garota beija seu pescoço.
Fico em um estado que jamais havia conhecido. Parece que as pessoas não se espremem mais para dançar. Só existem elas duas. Um casal de homens que não havia percebido à minha esquerda pergunta:"você gosta de ver duas mulheres se beijando né?" e eu respondo:"cala a boca, é a minha namorada que está ali"
Como se me ouvisse, no mesmo instante Taste abre os olhos, me vê e quase que instintivamente empurra a garota para longe dela.
Era disso que eu precisava. Que ela visse que eu vi.
Me viro para ir embora sem dizer nada. Ela tenta me puxar, me segurar pelos braços, me prender entre o balcão impedindo minha passagem e implora para que eu a deixe explicar.
Eu vou embora mesmo assim.

Na saída, quando vou pegar o carro para ir pra casa, reencontro uma amiga de River.
Ela me vê quase chorar e me diz coisas bacanas para levantar meu astral.
Vou pra casa pensando. No rádio passa uma música melosa. Vendo que quase me entregava ao choro que queria vir, troco de estação para ouvir um classic rock e deixar a tristeza pra lá.
Tendo mantido amizade com os amigos dela, fiquei sabendo mais pra frente de outros galhos que levei.

Foi um grande aprendizado. Melhor dizendo, o MELHOR aprendizado que já pude ter com uma namorada.

Para me apaixonar preciso de tempo, de conquista, de momentos e de provas de confiança sem premedição.

Taste me ensinou muito. Talvez nem ela saiba o quanto.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

River


Conheci River logo depois de Be.

Era minha primeira vez em uma balada gay decente que não fosse no centro, onde eu e Be já havíamos feito a via sacra na noite em que nos conhecemos e onde detestamos andar.

Eu e Be sempre defendemos a idéia de que sempre deve se manter uma amizade após um relacionamento, senão o relacionamento de nada terá valido.

Estamos eu e Be na fila para entrar na balada e avistamos à nossa frente apenas 3 meninas, dentre elas: River. Uma morena com "saboneteiras" saltitantes, cabelos cacheados e traços que combinavam perfeitamente com cada detalhe do seu rosto. Melhor dizendo, traços fortes de mulher.

River era uma taurina 1 ano mais nova que eu.
Engraçadinha, palhacinha, fazia piadinhas com as situações. Que ariano não gosta disso?

Simpatizei logo de cara.

Ficamos um tempão conversando lá dentro quando resolvemos ir para um lugar sem ex e amigas por perto.

Foi então que rolou.

Demos um jeito de entrar na área VIP passando uma conversa no segurança e ali ficamos. No mesanino, na área VIP, nos sofazinhos.
As horas passaram voando como sempre acontece em toda boa hora.
Não preciso dizer que trocamos telefones, e-mails e msn né?

Foi o início de namoro mais rápido que já tive. Num dia ficantes, no seguinte namoradas.

Eu e River tínhamos um grave problema. Eu era assumida, tinha tido uma vida de família com Be e River era praticamente "hetero" até mesmo para as amigas que a acompanhavam naquela noite.
Com o passar do tempo e com toda a situação difícil de ter que fingir sermos amigas o tempo todo, eu a incentivei a se assumir para a família para que ela passasse logo pela fase chata da aceitação da mãe e das irmãs dela pela sua "opção" sexual.
O resultado não foi muito legal, ela achou que não seria capaz de lidar com toda aquela pressão e nós terminamos.
Hoje ela namora uma garota há pelo menos uns 2 anos. Nos falamos apenas por MSN e nunca mais nos vimos.
O que tenho certeza sobre ela é que não existe hoje qualquer possibilidade de que fiquemos juntas novamente.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Be


Ela foi minha primeira experiência de namoro com mulheres. Nos chamávamos de Be e Be.
Coisa de gente que se apaixona pela primeira vez e pensa que vai ser pra vida toda.

Antes de falar de Be preciso citar Gé para explicar a sensação dos meus momentos com Be.

Gé era uma garota que fez cursinho comigo em 1999. Nós tínhamos 15 anos.

Ela era imensamente carinhosa. Sabe aquela amiga que te beija e abraça demais?

Era ela.

Nosso primeiro beijo rolou depois de muitos abraços e beijos amigos. Em seguida começamos a transar todas as vezes que nos eram possíveis.

No banheiro de um barzinho, no meu quarto, no quarto dela, na sala de estar da tia dela depois que todos iam dormir e etc.

Mas eu era a primeira mulher de Gé.

Claro que eu não pretendia me apaixonar, mas me apaixonei.

Na época pra mim não existia coisa melhor no mundo do que poder beijar sua melhor amiga e ainda sim continuar sendo amiga.

A realidade não era bem essa. Ela continuou vivendo sua vida hétero e me deixou pra trás sem avisos.

Sofri bastante, mas no fundo eu sabia que seria assim.

Em seguida namorei um cara que era ou talvez ainda seja, se um dia eu ainda conseguir me apaixonar por homens, a minha cara metade. Com ele eu tive as melhores experiências que um casal hétero pode ter, mas mesmo assim não conseguia esquecer as sensações que Gé já havia me transmitido anos atrás.

Passados 2 anos escolhi uma das minhas melhores amigas, Laeni, para falar sobre minha "opção" sexual e o meu problema em não conseguir esquecer as sensações que uma mulher me fazia sentir.

No mesmo dia ela me conta que uma grande amiga dela a havia procurado para falar sobre o mesmo problema.

Foi assim que conheci Be.

Em uma balada pelo centro da cidade com Laeni e alguns amigos gays de uma outra amiga de Laeni.

Conversei com Be a noite toda, adorei seus olhos azuis, seus cabelos loiros naturais, o modo como ela entendia ainda menos do que eu sobre o mundo gay, o bom coração que percebi ter logo no primeiro momento, sua maturidade e etc.

Be e eu ficamos juntas desde o primeiro instante.
Eu sabia que poderia amá-la durante uma vida inteira pois ela me mostrava sentir o mesmo
Foi com ela que enfrentei meus pais para que me aceitassem assim.

Foi com ela que passei pela fase de ter que contar aos pouquinhos aos amigos que eu não estava solteira há tanto tempo como pensavam e sim namorando uma mulher.

Foi com ela que tive a minha primeira e única experiência de dividir um espaço, um lugar que tivesse que cuidar.
Era ela que eu encontrava ao meu lado todos os dias pela manhã.
Era com ela que eu fazia compras no supermercado, almoços em família.
Era uma com a outra que tomávamos banho a hora que bem entendessemos.
Tinhamos o nosso espaço, o nosso tempo.
O sexo era o máximo, afinal nunca vi combinação melhor que áries e sagitário na cama.
Pega fogo.

Como já era de se esperar em toda história, depois de 2 anos brigando muito, demos um de nossos famosos "tempo".
Foi então que terminamos para nunca mais voltar. Foi a pior dor que conheci de uma separação.

Eu não sabia ainda o que era perder alguém que amasse.
Eu não sabia o que era me imaginar sem essa pessoa e ter que viver de fato sem ela.
Eu não sabia que teria que me acostumar com isso.
Eu não sabia...

Be tem um lugar especial no meu coração. Ela me fez crescer como pessoa, me fez ver o mundo de uma forma diferente, mais simples e única.

Hoje nossas famílias são amigas e é engraçado olhar para trás e ver pelo quanto tivemos que lutar para ficar juntas.
Sem ela eu não seria a mulher gay que sou hoje.

Namoradas - Temporadas



Ontem na volta pra casa vim redigindo via pensamento qual seria meu próximo post.

Pensei em falar de todas as minhas namoradas, mas divididas em temporadas, ou seja, uma temporada para cada experiência.

Uma temporada dedicada inteiramente a cada uma delas.

Falando sobre nossa relação, nosso aprendizado o início o meio e o fim e etc.

Serão elas:

1ª temporada: Be


2ª temporada: River


3ª temporada: Taste


4ª temporada: Silk


5ª temporada: Miq


6ª temporada: Lion


7ª temporada: Akik

Entre uma e outra temporada pode haver um comercial (postagem diferente) mas as sete temporadas serão completas....

Em cada uma dessas temporadas haverá o seguinte perfil:

Personalidade/Signo/Idade/Tempo de namoro
e algo mais que talvez seja necessário colocar em uma ou outra.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

10 coisas necessárias!




Estava eu andando pela livraria outro dia procurando o bendito livro do Chuck Palahniuk que estava louca pra ler.
Digo "estava" porque hoje um amigo de trabalho me emprestou!
Oba!

Enquanto andava pela livraria vi alguns livros como esses:


- 1.000 Lugares Para visitar Antes de Morrer,
- 1.000 Filmes Para Ver Antes de Morrer, 1.000 Agulhas Para Procurar Antes de Morrer e blá blá blá...Antes de Morrer.

Pensei que não vou morrer logo e nem tenho como visitar 1.000 lugares nem ver 1.000 filmes e etc, mas em seguida, na saída da livraria listei 10 coisas que quero fazer antes de ir viajar.

1. Ensinar um(a) amigo(a) a dirigir.

2. Malhar mais, ler mais, estudar mais

3. Ir visitar todos os pontos turísticos de São Paulo

4. Tentar tirar uma lição de toda e qualquer conversa, seja ela a mais idiota que possa parecer.

5. Não me envolver com ninguém

6. Passar mais tempo em casa com minha mãe aprendendo coisas de dona-de-casa

7. Parar de beber cerveja definitivamente

8. Ir para a praia mais vezes visitar minha vó

9. Ir para bares e baladas sozinha, sentar, tomar uma água e observar a noite ou passá-la inteira dançando.

10. Me desculpar de coração e quando estiver preparada por todo mal que possa ter feito a qualquer ex-namorada.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Meu amigo Blond



Sei que depois de 2 posts dedicados inteiramente a Miq e um à minha irmã, alguns amigos vem cobrando na brincadeira um post só sobre eles.

Sim, todas as pessoas importantes na minha vida terão essa dedicatória em forma de postagem, mas só quando a vontade vier de verdade, senão, não é sincero.

Na ida para o curso de hardware fiquei com vontade de ligar para um amigo com o qual me desentendi no início do mês e desde então não vi mais.

Pensei em ligar e falar para ele passar lá no curso para conversarmos, mas fiquei com medo de ser mal interpretada.

É, hoje vim falar sobre ele. The Blond Guy.

Em Agosto de 2006 comecei a namorar uma garota de balada (jamais façam isso), quer dizer, façam, mas primeiro certifiquem-se de que NÃO é a primeira balada gay dela.

Por que se for, lá na frente provavelmente ela vai querer testar seu poder de sedução em outras baladas, com outras mulheres, até se cansar de viver o que não viveu.

Um dia, em uma das baladas que fiz com essa minha namorada, eis que encontramos 2 amigos dela de escola: Blond e Dior.

Desde então passamos a sair sempre juntos, o que eu não sabia e por ingenuidade ou tolice, é que ela saía mais de balada com eles do que comigo.

É chegado o dia em que a flagro beijando outra garota. No mesmo instante toda aquela imagem se desmorona e eu vou embora deixando todos que comigo estavam de carona para trás. Inclusive Blond, Dior e Grela.

Posteriormente passei a ter mais contato com Blond que se mostrou muito amigo e abriu seus braços e seu círculo de amigos para que eu me adentrasse.

E assim foi.

Com o tempo criamos vínculos que não conseguimos desfazer.

Alguns momentos marcaram, outros esquecemos que vivemos.

Fato é que não existe rompimento ou um desligamento entre nós.

Somos um grupo de 5 pessoas e dentro desse grupo, eu e Blond temos experiências e gênios bem parecidos.

Por mais que não queiramos admitir tais semelhanças, pois na verdade detestamos coisas um no outro e não percebemos que as possuímos, somos sim muito iguais.

Talvez por isso tantos conflitos e tantos desentendimentos.

Demoramos para admitir que erramos e acabamos resolvendo as coisas sem conversar.

Sabemos que somos especiais e nos amamos e por isso deixamos de lado a chatice do "discutir a relação" e pulamos para a etapa de "nos ver de novo como se nada tivesse acontecido"

Eu sou áries, ele é touro.

As pessoas mais importantes da minha vida são de touro e as com quem mais entro em conflito também.

Às vezes me pergunto porque esses chifrudos insistem em aparecer e permanecer durante tanto tempo na minha vida.

Um dia, em um site de astrologia achei parte da resposta para o porquê de tanta semelhança com tal signo. Touro é meu ascendente.

Eu e Blond somos os mais sexuados, falamos sobre tudo sem medo de sermos julgados, ou com pouco medo.

Às vezes temos cuidado com coisas que achamos que magoaria e às vezes agimos de modo que não achamos que vá refletir grande coisa para o próximo, mas no fim das contas reflete sim.

Eu e Blond conhecemos todo e qualquer tipo de pessoa.

Eu e Blond nos envolvemos em instantes com novos amigos.

Eu e Blond somos os que provavelmente saírão de novo com algum novo amigo de balada.

Eu e Blond somos os que são taxados facilmente como galinhas, insensíveis, egoístas e individualistas.

Recebemos todo e qualquer julgamento que alguém com atitudes como as minhas e as de Blond acabam recebendo.

Blond foi a primeira e até hoje a única pessoa que entrou em casa e minha mãe amou no primeiro instante.

Blond foi o único e o primeiro amigo gay com quem pude detalhar momentos sexuais que não pude detalhar nem com as amigas mais íntimas que sabiam da minha sexualidade e da minha "opção" sexual.

Foi com Blond que dividi sentimentos estranhos que ele nem lembra, pois para ele já é normal.

Foi com ele que dividi certas indignações porque sabia que ele, só ele entenderia tais indignações e o porquê delas.

O que quero dizer com tudo isso é que Blond nunca deixou de ser importante desde o primeiro momento em que entrou na minha estrada e que permitiu que eu entrasse na dele.

E sei que o dia em que "vamos nos ver como se nada tivesse acontecido" está bem próximo de chegar...
Até lá meu amigo.

Aproveitando o tempo perdido



Aproveitando essa terça-feira ainda doente, incapaz de ficar mais de 5 minutos sem ir ao banheiro, resolvi passar a manhã de hoje na cozinha com a minha mãe fazendo almoço.

Ao mesmo tempo que ela me pedia para não ir para outro país ela dizia:

"Para cada xícara de arroz você coloca o dobro de água; veja se a batata já está boa; coloque os ovos na água para ferver; pegue os nuggets e coloque em uma frigideira para assarmos no forno já que estamos todos doentes..."

Enquanto as comidas assavam, fritavam e as águas ferviam nas panelas, ela me ensinou que quando o tambor da máquina de lavar começa a balançar demais é porque a roupa está toda em um lado só da máquina, o que pode fazer o motor quebrar então é necessário parar, abrir, equilibrar o peso das roupas e continuar.

No meio de tudo isso ela dizia: "Você não pode ir filha e se você ficar doente de novo lá? Quem vai cuidar de você? Eu vou sentir saudades de você e você de mim, nós somos tão grudadas...."

Em seguida: "Faça uma salada de tomates mas lave primeiro, não esqueça de lavar sempre as frutas e verduras antes de comê-las"

- É verdade mãe, vou sentir muito a sua falta.
- Eu também filha. Não esqueça, nunca coloque roupas claras com roupas escuras juntas pra lavar. Junte sempre, preto, azul marinho e marrom para lavar, as outras roupas mais claras lave separadamente e não coloque por exemplo vermelho com branco nunca.

Terminamos o almoço. Não ficou muito bom porque foi minha primeira vez e porque fizemos tudo no forno por conta dessa virose maldita, mas foi um bom aprendizado para o primeiro dia. Ainda tenho muitos meses pela frente e dentro desses meses muitos dias para me especializar e não passar vexame lá fora.

Tempo, tempo, tempo.... Como ele passa voando.

Quando eu menos perceber, não estarei mais aqui...


Virose cretina!



Acordei doente ontem. Não percebi que estava doente, no início pensei ser só cansaço.
Levantei e fui para a academia com minha irmã.

Sempre aquecemos e depois fazemos exercícios, mas não aguentei 10 minutos na esteira e corri para o banheiro.
Estava com diarréia.

Me forcei a fazer exercícios e em um exercício para os glúteos senti ânsia.
Mesmo assim achei que fosse um mal estar passageiro. Fui até o final e terminei todas as séries de todos os exercícios.
Corri para o banheiro e vomitei muito, muito mesmo. Pensei ter vomitado todo o líquido que existia no meu corpo.

Fiquei com as pernas moles e não consegui sequer tomar banho. Liguei para meu pai me buscar pois eu não tinha condições de voltar andando pra casa. Guim esperou comigo até que ele chegasse.

Cheguei em casa, tomei banho, vomitei mais água (não sei de onde meu corpo tirou tanta água) e deitei pra dormir. Pra ajudar estava com cólica renal pois desceu de domingo pra segunda pra mim e quando menstruo é de lei ter cólicas renais. Resultado: nem dormir eu consegui.

Minha mãe conseguiu uma consulta no médico pra mim só às 18h.
Até lá sofri toda a dor que nunca senti em outras vezes que estive doente durante o dia inteiro e sem tomar remédio algum. Fiquei com medo de estar com dengue ou algo do tipo e achei melhor não tomar nada.

Fui ao médico. Estava com pressão baixa e 38 e meio de febre.
Ele me pediu que fosse direto para o hospital.

Chegando lá parecia que a dor era 3x pior.
Comecei a chorar.
Minha mãe deu um jeito de me passar na frente de todo mundo.

Tomei soro na veia com Buscopan e mais não sei o quê.
Fiquei incomodada, levantei da cadeira e fiquei segurando o soro na mão.
A enfermeia perguntava: "o que você está fazendo?"
Eu respondia: "não aguento mais ficar aqui, quero que isso acabe logo"
E ela: "é o remédio que está te deixando impaciente, senta um pouco que eu já volto"

Sentei, olhei pro lado e percebi que havia um senhor com um saco de soro 2x maior que o meu, ou seja, ele ficaria pelo menos 1 hora ainda ali.
Uma angústia maior tomou conta de mim.
Fiquei me imaginando na idade dele, com a saúde dele.
Me vi daqui 50 anos como uma senhora que não sai do hospital, que precisa de cuidados o tempo todo etc etc.
Viajei na maionese, entrei em desespero. Não sei descrever aqui como foi esse desespero, mas se já morro de medo de envelhecer em dias comuns imagine ontem como não fiquei.

Em menos de 5 minutos de pensamentos como esse, lá estava eu de novo de pé e com o saco de soro na mão. A enfermeira impaciente me dizia: "calma que eu já estou indo aí tirar isso de você"

Ela com certeza deve ter tido algum pensamento próximo ao: "ô menininha purgantezinha, não pára quieta um instante!"

O bom foi que saí de lá, passei com a médica e ela me deu a grande notícia de que os vômitos parariam, mas que todo o resto poderia continuar ainda durante uns 10 dias.
Uau! Que máximo hein.
Receitou alguns remédios e me mandou pra casa.

À noite meu irmão chega da casa da noiva e enquanto tomo banho o ouço vomitar no outro banheiro. Mais uma vítima. Irmão gêmeo ainda.
Desde que nascemos, a única vez que ficamos doentes juntos foi ontem.

Dormimos eu e ele no quarto dele.
Nos isolamos do resto da família para que a cretina da virose não resolvesse atingir outro de nós.
Hoje de manhã minha irmã e meu pai acordam com diarréia.
Maldita e cretina virose! Não te queremos aqui!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Etc e tal de um fim de semana legal



Sexta-feira a noite:

Mais uma aula de hardware muito proveitosa

Encontrei em seguida minha amiga Tur no metrô. Viemos pra casa, pegamos o carro e
fomos ao encontro de umas amigas de trabalho em comemoração ao aniversário de Graci.

Chegada em casa: por volta de 3h00 am.

Sábado:

Acordei umas 3x e adiantei o relógio para acordar meia hora mais tarde nas 3x que acordei.
Na terceira vez levantei, tomei banho e arrumei minha mala.

Dois amigos grandes amigos chegaram: Lob e Nog. São casados e moram em outra cidade e eu os adoro!

Saímos juntos, pegamos minha irmã Guim na aula de inglês, deixamos Tur na metade do caminho da casa dela e seguimos rumo ao litoral.

Chegamos, nos instalamos e fomos para a praia tomar sol, botar o papo em dia e beber.

Dia 24 foi aniversário da minha mãe. Ela chegaria no sábado a noite.

Antes disso, eu e minha amiga Nog saímos para comprar bexigas, enchemos cerca de mais de 100 delas e deixamos pela entrada do apartamento para que minha mãe encontrasse quando chegasse.
Na porta de entrada escrevi: "Feliz...
Ela abriria e veria: ...1/2 século"...hihihihihi. Cruel não? rs
Ficamos até às 3 da manhã eu, Nog e Lob conversando, jogando conversa fora e rindo de alguns programas idiotas de televisão.

Domingo:
Acordamos às 10h e fomos à praia de novo.

Nunca na vida tinha sentido tanto prazer em deitar naquelas cadeiras reclináveis para pensar na vida.

Não estava sol e não estava frio, mas batia um vento gostoso nas minhas pernas e eu parei o tempo naquele momento.
Várias imagens vieram ao meu pensamento:
Pessoas, momentos, decisões, consequências das decisões...

Lá fiquei. Todos foram para o apartamento almoçar e Lob eNog ficaram comigo. Eu só sabia dizer: "gente, não se incomodem comigo, eu vou ficar aqui. Podem ir almoçar se quiserem"

Acabou que resolvi subir com eles, tomamos banho e todos tiraram um cochilo antes de voltar.

Terminei de ler meu livro, ensinei minha vó a enviar mensagens SMS e a inserir números de contato na agenda do celular.

As mensagens eu sei que ela aprendeu pois me enviou uma: "Guima, te amo"
Claro que respondi: "Eu também Vó!"

Enfim, hora de voltar, chegamos em São Paulo e nos despedimos de Nog e Lob que ainda continuariam a viagem até a cidade onde moram.

Amei a presença de Lob e Nog no fim de semana, foi especial demais!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Um reencontro



Ontem, encontrei duas amigas que fizeram Web comigo em 2005.

Olsen que não via há tempos, pois ela tinha mudado de país e Notti que ainda está aqui, mas que a última vez que vi foi em seu aniversário, setembro do ano passado.

Saí do trabalho e fui encontrar Olsen em uma padaria próxima de onde está se hospedando.
Ficamos conversando até que Notti chegasse.

Olsen me contou sobre o término do namoro dela que causou o retorno ao Brasil e me disse que sairia em breve do país novamente.

Contei que estava solteira, que estava bem e assim fomos bebericando e conversando.

Perguntei pra ela se ela havia percebido meus quase 5 kg a menos e ela disse que sim e me perguntou se notei que ela tinha engordado.

Para mim Olsen, com seus quase 30 anos, está perfeitamente linda. Tem um corpo perfeito. Eu diria que ela é bem gostosa.

Notti chegou com seu namorado e ficamos nós quatro dando muita, muita risada, falando besteiras e tirando fotos.

Numa dessas Olsen diz: "Guima vamos tirar uma foto dando um selinho"

Fizemos umas quatro tentativas de fotos dando selinhos.
Ficaram legais, mas mais legal era ver a cara de babaca dos homens que passavam pela padaria e viam aquela cena. Engraçado ver como homem gosta desse tipo de coisa e como eles ficam com cara de tontos quando veem.

Eu disse que voltaria cedo pra casa pois teria que levantar hoje às 5h30 pra ir para a acadêmia e foi então que Olsen disse: "Quero te beijar antes de ir"

Eu, muito bêbada: "Claro!"

A bebedeira era tanta que o tempo todo íamos ao banheiro. Todos nós.

Fui ao banheiro e em seguida Olsen veio atrás de mim. Nos enfiamos naquele banheiro de praticamente 1,0mX0,75cm onde só cabia o vaso e uma pia quase que grudada acima dele.

Ficamos nos beijando e dando voltas naquele espaço minúsculo, empurrando uma a outra contra a parede, explodindo de tesão. Ela abriu a blusa. Aqueles seios rosados, médios e delicados. Beijei, mordi, toquei.

De repente nos vimos abraçadas rindo, uma caída nos ombros da outra e dizendo ao mesmo tempo: "nós somos amigas" e gargalhadas e mais vieram.

Demos mais alguns beijos e nos aprontamos para sair sem deixar que as pessoas que chegavam a nossa mesa percebecem.

Fiquei mais um tempo, deixei minha parte e fui embora.

No caminho, ao mesmo tempo em que via que os limpadores do vidro do carro não faziam efeito nenhum debaixo daquela chuva, as cenas do banheiro passavam pela minha cabeça.

Cheguei em casa, não quis pensar muito sobre o assunto. Tomei um bom banho e fui dormir agarrada a um travesseiro.

Fiquei sentimental, mandei mensagens para algumas amigas, pensei sobre um monte de coisas e não quis e nem parei pra pensar sobre o ontem...

O ontem já se tornou passado mesmo sendo ainda presente.
Aqui vai uma música que diz muito sobre o porquê da mulher ser um ser tão desejado e o porquê de cada vez mais meninas se tornarem bissexuais.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Malditas idéias fixas!



Essa noite tive um sonho.
Sonhei com uma garota que já fiquei.

Ela morava em uma hiper casa em um condomínio fechado.
Tinha uns 10 carros na garagem e uma família imensa com uns 4 ou 5 irmãos homens, várias tias e os pais.
Sei que ficavamos juntas e ela agia de forma fofíssima comigo, ela gostava de mim.

No fim do sonho olho pela janela (que de repente se transforma na janela de um dos prédios que já morei) e vejo Miq me olhando lá debaixo.
Lembro de no sonho ter pensado: "Impossível ela me ver! Entre tantas janelas ela me viu no 11º andar? Isso é quase impossível"

Ela estava acompanhada. Ficava desconcertada e entrava em um carro preto com sua acompanhante.

Estranho não?

Ontem falei pela manhã com Miq e ela sem querer me contou que já tem outra pessoa.
Me senti mais uma vez trocada, dentre tantas conversas que tivemos entre gostar ainda uma da outra há alguns meses atrás, percebi ontem que na verdade ela só me mantinha como step.

Resolvi enviar um depoimento no orkut pedindo que cortassemos qualquer tipo de relação e contato.
Ela não respondeu, não deve fazer diferença pra ela agora que já tem com quem se distrair.

Rasguei pela manhã o ingresso do show da Madonna onde tinha escrito atrás: "O dia em que percebi que nada passou"
Rasguei também os guardanapos do restaurante At onde quando íamos ela de repente me escrevia algo como: "Sinto saudades, gostaria que soubesse"

Já que era a última vez, me permiti olhar suas fotos de novo e me despedi em pensamento.

O sonho durou a noite toda, pois só lembrei dele, geralmente lembro de algumas partes dos outros sonhos quando acordo Mas a imagem de Miq não fez diferença pra mim. Engraçado foi ela ter entrado em um sonho que foi tão especial.

Ontem, lendo o perfil de uma amiga minha onde ela dizia: "Sempre ouço as pessoas dizerem: A VIDA É DURA...me dá vontade de perguntar...`COMPARADA A QUÊ??´"
Sim, comparada a quê? Parei pra pensar que na verdade ando reclamando demais por tanta coisa e no fim das contas sou extremamente feliz e ando me esquecendo disso.

Como aquela música: "eu era feliz e não sabia"

Eu sou feliz e sei que sou feliz, mas não tenho me lembrado disso ultimamente.

Malditas idéias e pessoas fixas! Me deixem em paz!!!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Minha irmã Guim!



Ainda bem que tudo voltou ao normal. Como eu disse, a viagem do reveillon foi muito significativa.

Com a faculdade finalizada e os planos traçados, aproveito meus últimos meses para me reaproximar de todos que mesmo por perto se tornaram distantes.

Eu a minha irmã fizemos um acordo hoje:
Academia toda segunda, terça, quinta e sexta.

Hoje quero falar um pouco da minha irmã aqui no blog pra vocês.
Sei que o que vou falar vai ser pouco para descrever o que ela significa na minha vida, mas vou começar falando como ela se parece com o signo ao qual pertence: Touro.

Conheço muitas, mas muitas pessoas de touro e até mesmo já tive 3 namoradas taurinas, porém, as descrições que vemos por aí sobre esse signo sempre tendem a fugir em um detalhe e outro de pessoa para pessoa. Mas para mim, o que melhor define minha irmã como taurina é a sua teimosia.

Ela não admite perder. Pode jogar baralho a noite toda com sono, mas precisa ganhar um jogo (o que não é difícil).

Minha irmã, a Guim, é fantástica( palavra que só uso quando a pessoa merece ser associada a esse adjetivo)!

Ela tem as chatices dela de não querer conversar madrugada adentro e de não querer saber muito dos meus sonhos logo pela manhã, mas por outro lado quando eu precisar, ela estará ao meu lado.
Domingo tive mais uma prova disso.

Cheguei em casa as 2 horas da manhã de segunda-feira, chateada com uma porção de acontecimentos por conta da viagem à praia desse último fim de semana.
Passei quase 30 ou 40 minutos contando todos os detalhes que me fizeram chorar pelo domingo todo. Ela me escutou, me escutou até o fim. Eu sabia que ela estava com sono. Ela sabia que eu sabia que ela estava com sono. Mas eu também sabia que ela estava prestando toda a atenção do mundo sem se importar com nada isso.
Finalizou dando alguns bons conselhos que ela já vinha seguindo dela mesma.

A nossa cumplicidade é algo que nunca farei com que entendam por aqui e que nunca darei dicas para se ter. Tem que vir de dentro de cada um e não se pode forçar cumplicidade entre duas pessoas.

Eu pago hoje e não me preocupo porque ela me pagará amanhã.
Ela parcela hoje pra mim e sabe que pagarei todas as parcelas antes mesmo do prazo de vencimento do cartão dela.

Confiança!

Confio nela para tudo e ela confia em mim também.
Somos mais que amigas, somos irmãs! Somos mais que irmãs, somos amigas!

Como disseram há um tempo atrás em uma sessão espírita que fomos "sempre que podem, vocês escolhem voltar juntas"

Não tenho dúvidas disso.

Eu não seria nada sem ela, pelo menos metade eu não seria.

Ela é linda, mulher, segura. Onde entra chama atenção e ainda sim é humilde e não consegue ver toda a beleza que existe em si mesma. Ela é inteligente, interessada e com certeza uma mulher de futuro promissor!

Ao mesmo tempo é emotiva, chora fácil e se magoa muito fácil também.

Dá muito valor aos amigos de verdade e consegue se desvencilhar rápido de quem não agrega nada em sua vida.

É preocupada, carinhosa e cuidadosa.

Se eu chego primeiro em casa, fico a noite toda perguntando dela para minha mãe e se ela chega primeiro o mesmo acontece (se não estiver com o namorado hehe).

É engraçado ver o quanto somos parecidas em vários aspectos, o quanto nos revoltamos com injustiças contra velhinhos, animais, pessoas menos instruídas e afins.

Mais engraçado é ver as pessoas rirem da gente brigando. Algo de engraçado deve ter. Por que os que assistem, os de fora sempre riem? Sempre!

Quero dedicar a ela a música que uma vez quando tinha 15 ou 16 anos dublei em sua homenagem.
Sei que se ela ler, lembrará no mesmo momento.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Até onde?



O fim de semana iniciou da melhor maneira.
"Oba! Praia com os amigos!"
Terminou com choro, angústia, culpa e com novas percepções de pessoas, reações e situações.

Me machuco, choro, penso que sou má, que não entendo ninguém, penso que as pessoas são ruins, que não tem sentimentos.

Até onde estou certa?

As pessoas são tão diferentes umas das outras. Até onde eu quero que alguém seja como eu, que aja como eu ajo e até onde as pessoas vão querer que eu aja como elas?
Até onde vou saber respeitar o jeito das pessoas e a forma como elas tratam os outros mesmo que eu considere errado?

Eu reclamo tanto das minhas ex-namoradas, mas quem está solteira? Eu ou elas?

Eu era a primeira a dizer que devemos respeitar a opinião dos outros e ando me deparando com situações onde não tenho colocado essa idéia em prática.
Fato é que sabemos como agir sim. Sabemos discernir o certo do errado, mas sabemos por em prática?

Eu só quero poder ir bem, sair bem, não ter que deixar mágoas para trás e não magoar ninguém.
Eu só quero que as coisas fiquem bem o suficiente para que o retorno seja tranquilo, agradável e recíproco.

Falar só complicará.
Eu conto e logo me arrependo.

Daqui pra frente tudo será diferente, NÓS vamos TODOS aprender a ser gente...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pensando em Miq

Nunca escrevi duas vezes no mesmo dia. Essa vai ser a primeira vez.

Hoje, nesse post aí debaixo, falei sobre como cada atitude que tomamos nos leva a um certo caminho que nos traz um respectivo resultado.

Deixei claro hoje de manhã que não procuraria mais por ela porque sabia que se a visse, todos os meus sentimentos voltariam.

Hoje fui almoçar com um gerente e uma amiga de trabalho. Meu gerente, o Dan, estava bem chateado por conta de um rompimento de namoro dele. Eu e essa amiga, a Eny, ouvimos toda a história dele, analisamos bem a situação e demos vários conselhos do tipo: "calma, não fica assim, vai passar, você vai encontrar outra pessoa..." etc etc.

Em seguida, pagamos nossos almoços e fomos dar uma volta. Passamos numa livraria porque Dan queria achar um CD onde tem uma música pela qual ele se apaixonou nos últimos tempos: "I´m yours"
Lá dentro, fiquei procurando os próximos livros que quero ler quando terminar esse que estou lendo.
De repente, bato o olho em "A Vida ao Lado da Minha Irmã Madonna". Lembrei de quem?
Da Miq! Ela era e é fascinada pela Madonna. Mas não é uma fã dessas que viraram fã agora, ela é veterana, fã mesmo!

Peguei o livro e pela primeira vez na minha vida fiz algo sem pensar. Fui direto para o caixa e o comprei.
Depois, cheguei a desistir da idéia de dar a ela e quis até ler, mas lembrei dos outros livros que tenho como prioridade e foi aí que resolvi que deveria entregar o que desde início era pra ser um presente.

Liguei pra ela, meio sem graça. Faz dias que não nos falamos direito, não nos ligamos, não entramos no orkut uma da outra.
Ouvi a voz dela. Era só o que eu precisava, ouvir aquela voz de mulher segura, deliciosa.
Ela estava feliz, fiquei feliz.
Me contou que fechou negócios com outro país e mais alguns detalhes sobre o trabalho. Ela sabe que morro de orgulho dela como profissional que ela é.
Não consegui contar sobre o livro.
Desligamos.

Mandei mensagem de texto pelo celular e ela me respondeu por e-mail me dizendo que eu era muito querida.

Abri o plástico que envolvia o livro e escrevi uma dedicatória à lápis, para que ela possa apagar quando ficar com raiva de mim algum dia e mesmo assim não querer jogar o livro fora.

Uma amiga ficou chateada. Eu também fiquei. Não quero chatear ninguém.

Voltei pra casa lendo o livro. Li as 20 primeiras páginas no metrô, mas não consegui ir em frente. Ler, ouvir, saber da Madonna me faz lembrar Miq. E eu não queria lembrar Miq.

Fechei o livro e fiquei com o olhar perdido na parede de concreto corria pelas janelas do vagão. Vim pra casa e decidi escrever.

Entregarei o livro, mas não sei ainda se apago a dedicatória. Mais uma vez, sem pensar muito escrevi:
"Miq querida,
Escrevo a lápis para que possa apagar quando quiser.
Quando achei esse livro não pensei duas vezes. Comprei!
Obrigada por ter sido parte da minha vida
Beijos..."

Eu nunca escrevi algo como "você fez parte, você foi, você era"
Era tudo tão PRESENTE ou tão FUTURO. Eu me via com ela lá na frente, eu queria ela agora e amanhã e depois e por uma vida inteira.
Passou...

Atitudes e Pessoas



Ontem em uma conversa no msn percebi o quanto somos culpados por tudo o que acontece em nossas vidas.

Certas atitudes, sejam elas impensadas ou não, nos trazem uma série de consequências.

Me percebi assim quando vi que o que me afeta pode afetar o outro da mesma maneira ou até mais.

Algumas coisas decidimos que continuem em nossas vidas, outras simplesmente se desfazem com o tempo, mas tudo depende da forma como você vai agir diante de cada situação que encontrar.

Por exemplo, novamente vou falar da Miq (vou chamá-la assim), minha namorada do primeiro post.

Sei que errei muito com ela e ela sabe que errou muito comigo, mas nós agimos diante de cada situação de uma maneira única, igual ou diferente, mas que nos levou a algum ponto lá na frente do qual não poderíamos fugir e logo os resultados vieram.

Às vezes penso que se pudesse voltar no tempo faria tudo diferente, mas não. Na verdade aconteceu exatamente do jeito que tinha que acontecer e se não tivesse acontecido exatamente dessa maneira, eu não seria o que sou hoje ou não teria amadurecido como amadureci.

Não estou dizendo que cheguei ao ápice da maturidade, mas amadureci muito sim desde o início do nosso namoro.

Nesses últimos dias eu a tenho visto on-line no meu messenger e sei que venho descobrindo e percebendo o quanto eu me perdi dela e ela de mim.
Eu nunca mais senti vontade de conversar, de puxar papo ou até mesmo de perguntar se está tudo bem.

Sabe aquela coisa de adolescente? "Fica on-line, fica on-line"? Então, isso tudo mudou, sumiu, ficou perdido em algum lugar que não encontro mais.

As indecisões dela fizeram com que todo o meu resto de vontade se perdesse.

Não vou negar que quando a reencontro parece que tudo isso volta, que as sensações são gostosas como das primeiras vezes que nossos beijos passaram a fazer sentido para nossos corações. Mas como eu disse, nossas atitudes definem o amanhã.

E eu decidi que pelo menos por enquanto eu não a quero na minha vida.

Quero que o dia do reencontro seja como reencontrar uma grande amiga por quem tenho um apreço enorme, dar um abraço apertado, vê-la feliz e ficar satisfeita com isso.

Às vezes pequenos gestos e palavras fazem toda a diferença.

Sei que não sou perfeita, que também ajo precipitadamente e sem pensar, mas ontem percebi o quanto o pouco que eu puder dar de mim para as pessoas que eu amo pode fazer diferença.

Cheguei em casa do trabalho e sentei na mesa para tomar café. Minha mãe sempre demonstrou gostar muito da minha companhia, pois sempre espera por mim para tomarmos café juntas. Eu com meu chocolate e ela com o café-com-leite dela.
Ontem ficamos conversando durante um tempão e ela ficou me contando que o azulejo que compraram para o nosso novo apartamento é assim e assado, que é mais moderno, mais bonito, do tamanho tal, da cor tal e etc.

Fiquei prestando e dando toda a atenção que eu sei que ela quer ter. Não preciso forçar essa atenção. Para mim, saber que ela me escolheu para compartilhar tais assuntos e conversas é inexplicavelmente agradável.

Ontem o namorado da minha irmã foi dormir em casa e eu disse que dormiria no meu quarto mesmo assim, afinal, quantas vezes já tive que dormir na sala ou em outro quarto só para poder deixá-los com toda a privacidade do mundo?

Foi então que minha mãe disse: "Filha, dorme no meu quarto comigo!" com aquele sorrisão no rosto.
Que delícia ver isso nela!
Fui dormir no quarto dela, li um pouco e ela veio deitar perto de mim me perguntando como era a história do livro que eu estou lendo.
Contei para ela detalhadamente até a parte onde estou. Sei que para ela tecnologia é um assunto muito chato e ela nada entende, mas ela ouviu com todo o prazer do mundo.

É isso que faz com que sejamos amigas! São atitudes como essa de cumplicidade que nos tornam mais próximas!

E é por isso que eu quero ser mais próxima de você, dela, dele, das pessoas que eu gosto!

Eu não quero deixar o tempo passar e fazer de conta que não me incomodo com a nossa situação, com a nossa distância e com o nosso "deixa pra lá".

Nós podemos fazer as coisas mudarem, podemos fazer ser diferente.

Para isso, precisamos que exista uma vontade em comum das duas partes: eu e você, você e eu.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Sonhos



Hoje era o meu amanhã do último post.
Porém, hoje é o presente e não sei dizer bem o que a reunião de ontem significou.

Existiu uma fusão de empresas, a nossa com uma outra, uma multinacional, mas nada foi muito bem especificado.
Mesmo com nossos questionamentos, eu sinto um recuo por trás de todas as perguntas que foram e são feitas.

Melhor viver um dia de cada vez e dançar conforme a música.

Agora mudando totalmente de assunto....

Hoje eu e minha irmã conversamos pela manhã sobre um sonho doido que ela teve:
"Tive um sonho estranho, sonhei que eu morava em uma casa hiper grande com o Elo(atual) mas o Yen reaparecia com o mesmo carro de quando namorávamos me dizendo tantas coisas, tentando me conquistar..."

Yen (nome fictício e não, ele não era oriental) pelo contrário, ele era loiro de olhos azuis. Bonitinho, mas foi um dos namorados que minha irmã teve que eu menos gostei e que sempre senti nele um certo "escondo-alguma-coisa".

Foi bom que minha irmã tenha encontrado o namorado atual porque esse sim sei que a faz feliz!

Agora me pergunto. Por que sempre sonhamos com as pessoas que já saíram de nossas vidas?

Por que que quando já as esquecemos elas ressurgem nesses sonhos?

Outro dia, há algumas semanas atrás, sonhei com uma ex-namorada, aquela que eu flagrei me chifrando na balada. Acho que nunca contei essa história para vocês, mas um dia conto com riqueza de detalhes.

Bom, sei que estava com alguns amigos meus que eram amigos dela na época e ela me encontrava na rua, me dava um abraço e me pedia desculpas.

Novamente digo: se eu não penso mais nela, porque sonhei que ela me abraçava e pedia desculpas?
E como sempre brinco: "nossos sonhos são extensões dos nossos desejos" Será que até hoje, sem perceber, eu só não esteja esperando dela um pedido de desculpas?
Será que depois de 3 anos eu tenha uma mágoa que eu nem sabia que ainda existia?

Claro que sim! Ninguém quer ser feito de bobo e ninguém quer aceitar ter se deixado fazer de bobo.

Sei que sonho tanto com certas pessoas, não todos os dias, mas de tempos em tempos. Quando as estou esquecendo vem um sonho e me traz tudo de volta.

Algumas pessoas que realmente fazem sentido em minha vida, uma garota com quem fiquei e que não esqueço de jeito nenhum, minha única prima de primeiro grau que mora em outro estado mas que é a única com quem tenho afinidade imensa, alguns amigos de infância...

Essa noite eu não sei com o que eu sonhei, mas não foi nada muito importante senão eu teria lembrado. O sonho da minha irmã me fez refletir mais.

Ainda sim digo que os melhores sonhos, são os sonhos que sonhamos acordados.
Sonhos onde escolhemos os personagens, as situações, os desfechos...

Aí vai uma música que amo de paixão que fala sobre isso, mas de uma forma mais romântica. Um sonho entre querer estar com outra pessoa. Essa eu dedico para essa minha ex-ficante.
Você ainda é especial viu?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ontem/Hoje/Amanhã


Ontem

Passamos o dia inteiro apreensivos.
Eu e duas amigas fomos para um bar próximo, bebericamos, demos risadas, filosofamos, traçamos planos para o futuro, insistimos para o garçom trocar o canal da TV para o canal da novela, pagamos a conta, saímos tontas, reencontrei uma amiga de colégio, peguei carona, começou a chover antes que eu chegasse em casa, dei boa noite para o porteiro do prédio, destranquei a porta de casa, entrei, tranquei, minha mãe perguntou se estava tudo bem, fui para o quarto, conversei com minha irmã, preparamos mochilas, bolsas e calçados, programamos nossos celulares para às 5h30, quase terminamos de assistir a minissérie, caímos no sono...

Hoje

Acordei e pensei: "ai, está de noite ainda, tenho mais um tempinho para dormir"
Três segundos depois, Michael Buble começa a tocar no meu celular: "droga, é hora de levantar mesmo e ainda está de noite!"
Cinco segundos depois o celular da minha irmã toca aquela musiquinha chata do James Blunt e em seguida ouço: "Levanta! Vamos chegar atrasadas!"

Ela levanta, vai até o banheiro e eu fico mais 5 minutinhos na cama: "Levanta logo droga, vamos chegar atrasadas!"-"Calma, em 20 minutos eu fico pronta..."

Levantei, escovei os dentes, lavei o rosto, olhei minha cara de acabada no espelho (resultado de Ontem) coloquei uma roupa de ginástica, calcei meu tênis, coloquei a mochila nas costas e disse: "estou pronta, vamos logo senão vamos chegar atrasadas gorda"(eu, minha irmã e algumas amigas mais íntimas nos chamamos desse jeito e de outros derivados carinhosos rs).

Saímos de casa, demos bom dia para o porteiro, descemos a rua tagarelando (eu mais do que ela), decidimos se íamos pelas escadas ou pela volta no quarteirão, subimos as escadas da acadêmia onde minha irmã nos inscreveu ontem, conhecemos os professores, fiz esteira e musculação, minha irmã fez só esteira, alongamos, tomamos banho, nos trocamos, ela foi para o metrô e eu para o ônibus. Entrei, achei um único assento vago (que ótimo que não era preferencial), abri meu livro, continuei lendo, ouvi uns papos idiotas de um cara conversando com uma menina, cheguei ao meu destino, comprei meu café da manhã, dei bom dia para o porteiro do prédio, entrei, liguei meu micro e estou escrevendo.

*Hoje temos reunião geral. Duas reuniões, divididas em dois grupos de todos os funcionários da empresa em uma sala alugada num hotel próximo.

Amanhã

Dependendo do resultado da reunião de hoje, meus planos são os seguintes:

1. Voltar à minha mesa, terminar todo o trabalho inacabado ou que esteja em andamento, olhar cada pedacinho do meu micro, da minha sala, da minha mesa, minha cadeira, minha garrafa de 1,5L, meu telefone...
Ligar para algumas pessoas, tentar distrair, voltar para casa, contar para meus pais sobre o adiantamento dos meus planos.

2. Voltar à minha mesa, sentir aquela sensação de perda sumir e ao mesmo tempo dar mais valor as coisas, adiar todos os planos para julho, voltar para casa, contar aos meus pais e irmãos, ir tomar banho, ir dormir, começar tudo de novo...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Relacionamento? O que é isso?

Parei para pensar outro dia sobre meus relacionamentos e sobre meus diversos envolvimentos com outras pessoas.

Desde minha antepenúltima namorada, a do primeiro post, não consegui ficar mais de 1 mês com ninguém que quisesse namorar comigo. Mesmo quando a pessoa me promete o mundo e diz que vai me fazer feliz.

Eu sei que ninguém passa ou entra em nossas vidas por acaso.

Um exemplo disso foi a minha penúltima namorada. Ela tem uma filha de 2 anos linda, linda, linda.
A minha família (meus pais, irmãos e cunhados) se apaixonaram por ela.
Ela era (é) carismática, engraçada, uma fofureca!
Foi nesse relacionamento que eu descobri que não gostava só de cachorro e que podia sim gostar de crianças. Melhor ainda, descobri meu lado mãe.

Dei banhos e banhos nela, levantei cedo, dormi tarde, fiz diversas mamadeiras, troquei fraldas e mais fraldas, dei broncas, dei carinho e atenção e lembrei dela durante todos os minutos dos meus dias de trabalho em que não podia estar com ela, assim como acredito que faça qualquer mãe.

Até cheguei a me imaginar ao lado dessa namorada durante muitos e muitos anos.

Descobri que meu lado mãe andava falando mais alto quando me via não conseguindo admirar, beijar e sequer fazer amor com minha namorada.

Quando resolvi terminar, coloquei a razão na frente e então passei dias sofrendo e chorando a ausência da minha filha postiça.

Hoje me acostumei. Ainda sinto saudades claro, mas de uma forma menos dolorosa.

Às vezes conheço alguém com quem tenho um ótimo bate-papo em um bar ou balada e chego a pensar: 'é, essa pessoa seria legal pra namorar".
Que erro meu, as pessoas não são o que elas são nos bares e baladas. Existe muito mais do que elas mostram nelas.
Existe muito mais do que um papo onde elas se mostram maduras e onde expoem todas as próprias qualidades.

Sei que posso muitas vezes ter me enganado julgando dessa maneira e até mesmo ter deixado passar pessoas com quem eu realmente poderia ser feliz. Mas o grande problema é que eu criei uma espécie de proteção. Percebi que ultimamente não tenho deixado ninguém se aproximar por muito tempo.

Sei que é difícil ver como há tempos atrás eu me empolgava depressa com as pessoas e ver como agora eu só quero distância delas.
Difícil entender as fases do ser humano né? Nunca estamos satisfeitos.

Dia desses chegou para mim um cartão postal do meu irmão que mora fora do Brasil, lá ele diz que o centro da cidade onde está é perfeito para baladas e badalações 24 horas por dia!

Fiquei pensando que talvez esse meu momento de não-me-envolver, exista agora somente para que eu não desista dessa viagem de novo por alguém.

Há tempos atrás eu deixaria fácil um plano por uma garota por quem eu estivesse perdidamente apaixonada, porém a vida me ensinou que ninguém é de ninguém.

E antes que eu me esqueça disso, preciso começar a lembrar de mim.

Segue um clip da Bruna Caram com o qual sempre me identifiquei.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Abrindo a cabeça...




Fui sozinha ao Vermont Itaim.

No meio do caminho liguei para alguns conhecidos que disseram que estariam por lá também.
Já que nenhum amigo queria ir comigo e já que uma outra amiga, que mora no interior, me incentivou pelo msn a sair mais vezes sozinha, eu resolvi ir.
Fui sozinha, mas sabia que encontraria vários conhecidos.

Chegando lá, lotado óbvio. Como sempre é aos domingos.

A primeira pessoa que avistei foi uma ex-ficante (estranho dizer ex-ficante rs), pois bem, ela é divertidíssima, uma ótima pessoa e me sinto muito bem ao lado dela e dos amigos dela que também são todos ótimos!

Conheci mais outras 2 pessoas novas. Amigas dela que eu não conhecia ainda.
Durante a noite toda ficamos todos conversando num entra e sai de pessoas na roda.
Já quase no final da noite, por volta das 21h, uma dessas novas conhecidas começa a conversar mais comigo e de repente nos vemos conversando só nós duas.
E aí rolam aqueles assuntos típicos de duas pessoas gays que se conhecem. Falar de ex-namoradas que nos decepcionaram, ex-namoradas que ainda amamos, ex-namoradas que nos fizeram aprender muito, ex-namoradas que ficaram no esquecimento e por aí vai.

No meio de tanta conversa gay, eu sempre digo que minha primeira tentativa de ficar com um homem foi quando achei que se um dia encontrasse alguém parecido com meu pai:
um cara que tivesse o caráter que meu pai tem, que fosse íntegro como meu pai é, eu me apaixonaria e deixaria de gostar de mulher.
E sempre quando cito isso, eu digo: "não sei se é porque ele é meu pai, mas pra mim ele é meu herói!" e foi então que essa garota me respondeu: "não, eu não me dou muito bem com meu pai, não gosto muito dele, seu pai realmente é uma pessoa legal, não é porque ele é seu pai que você acha isso dele."

Sei que depois dali fui socorrer uma amiga e no meio do caminho fui pensando que talvez eu estivesse colocando muito peso sobre meu pai.
Será que se ele algum dia cometesse um pequeno deslize que saísse do meu contexto do que é ser um grande homem, eu deixaria de idolatrá-lo?

Esses pensamentos me renderam um sonho péssimo onde eu me decepcionava e muito com meu pai. Sabe aqueles sonhos e pesadelos de que quando você acorda você sente um alívio tremendo?
Foi isso que senti. Um grande alívio por não ser verdade.

Será que é preciso ter que me questionar sobre isso para me preparar com algo que eu possa me deparar?
Será que a vida me prepara para alguma má notícia sobre ele?

Espero que não, espero que não....

sábado, 10 de janeiro de 2009

O resultado da Auto Terapia!


Ontem fui ao cinema com uma amiga de trabalho.
Detestei o filme, porém, a conversa a seguir em uma chopperia próxima a esse mesmo cinema, valeu e muito para mais um novo aprendizado e uma nova forma de enxergar amigos, irmãos e desconhecidos.

Na mesa em que estávamos, um garçom veio trazer uma porção de "qualquer coisa" que não foi nada do que pedimos.
Disse pra ele que estava errado, que não era na nossa mesa.
Bem ao fundo vi outros graçons rindo do erro dele.

Logo percebi que ele era um novato, mas assim que ele entregou o pedido na mesa correta e se reaproximou dos mesmos garçons que riam, esses pararam de rir mudando totalmente suas expressões. Pensei: "Falsos! não passaram por isso um dia também?"

É, pequenas análises! rs

Sou ser humano, talvez você que lê todos os meus posts esteja cada vez mais pensando: "coitada, ela acha é dona da verdade".
Não, não sou e estou longe de ser! Muito, muito longe.
Eu sou como você, julgo erroneamente, ajo sem pensar, sinto ciúmes, raivas momentâneas e uma porção de outros sentimentos que muitas vezes não gostaria de sentir.

Agora há pouco um amigo meu de Nova Iorque me ligou para desabafar.
Eu, ele, a namorada dele e uma outra amigona fizemos Web Design juntos no ano de 2005.

Há três meses ele e a namorada romperam e ela está aqui agora, no interior de São Paulo.
Quando me vi dizendo tudo o que eu disse para ele no telefone, percebi: "Caramba! será que estou tão bem assim pra dizer para ele seguir meus conselhos?"

E no fim, depois de tanto que falei, falei e falei, ele me perguntou: "E vc Guima, como está? Como está a vida?"
E eu disse: "Ahhhh amigo, estou bem, escrevendo no meu blog e agora conversando com vc.
Ah! Quer saber como ando amorosamente? Hehehehe muito bem meu amigo! Me amando cada dia mais e mais!"

Assim que desliguei o telefone percebi que é verdade!
Estou bem em estar solteira, em estar vivendo o que achei que nunca pudesse viver.

Calma, paz, tranquilidade. Estou cheia disso tudo dentro de mim.
Estou explodindo de alegria por ter alcançado a sensação que sempre almejei a cada decepção que tive nos meus relacionamentos!

Minha auto terapia tem funcionado e muito!

Aconselho você a fazer a sua também! É prático, rápido, não custa nada e os resultados são ótimos!

Acorde, olhe no espelho, repare em cada pedacinho seu, lembre de todas as coisas que você é e significa para as pessoas que te amam.
Elas não te amam à toa. Acredite, você tem que ser no mínimo especial.

Amar significa muito!
Significa deixar que os defeitos da pessoa que ama sejam insignificantes perto das qualidades que ela possui.
Significa perceber um sorriso crescer em seu rosto quando se lembra dela.
Significa sentir saudade dos momentos que já passou e significa desejar que esses mesmos momentos se repitam algum dia.
Significa querer seu bem, querer proteger de tudo e de todos que possam magoá-la.

Amar é muito bom! Sei que me entende perfeitamente, afinal, você ama pelo menos uma pessoa na sua vida com toda a intensidade de que estou falando.

Não esqueça que antes de poder sentir tudo isso por alguém, primeiro você precisa se amar muito!
Amar cada pedacinho seu.
Amar sua sobrancelha, mesmo que ela seja hiper bagunçada
Amar sua boca, mesmo que a considere muito fina ou muito grossa.
Ame seu braço mesmo que você ache que ele balance demais quando você acena para alguém. Ninguém está livre disso.
Ame seu nariz, afinal você tem um, imagina o Michael Jackson coitado, ele já não tem mais.

Ame cada pedaço seu!
Se ame por inteiro(a) mesmo que você não seja nem de perto o que a televisão quer que você seja!

Boa sorte na auto terapia!

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Ser gay!



Fui ontem no aniversário da prima de uma das minhas melhores amigas.
Essa prima da minha amiga tem um irmão que é gay e assumidaço na família.

Entre todos aqueles heteros de ontem, os únicos gays eram: eu, ele e o namorado dele.

Parei para analisar tudo aquilo e vi o quanto somos respeitados, afinal, a família dela sabe de mim também e nos tratam como iguais.

Sabe de uma coisa? Nessa análise de ontem eu cheguei a conclusão de que amo ser gay!
Eu não seria hetero jamais!
Imagina só! Ficar sofrendo por homem?

Os homens ao meu ver, em um relacionamento com uma mulher são tão "eu traí porque a carne é fraca, sabe como é, sou homem pô!"
Tão cheios de auto afirmação, de ter que dizer que tem o emprego tal, o carro tal, a casa tal e a namorada tal.
E ai deles de apresentar uma baranguinha para os amigos.
Essa namorada se torna alvo de piadas até que esse homem a largue porque não tem personalidade suficiente para manter uma relação que não seja só de aparência.

Claro gente, não estou aqui generalizando. Quer dizer, de certo forma até estou mas sei que existem homens que são íntegros, que respeitam, são maduros e sabem ser HOMENS.

Quando eu namoro uma mulher, o que eu mais gosto de ver e sentir nela é o seu cheiro, seu olhar, seu gosto, sua forma de tratar as coisas de maneira única.
Tudo é tão diferente!
Elas não precisam provar nada, são o que são e pronto!

Amo essa nossa cumplicidade! Ser amiga e namorada. Poder beijar essa amiga, fazer carinho, dormir com ela e acordar com ela!
É tudo tão maravilhoso! Não me imagino mais fazendo isso com um homem.
Aqueles pêlos, aquela barba que pinica, aquele jeito grosso de não querer ajudar nunca em nada e achar que a mulher deve fazer tudo dentro de casa.

É claro que entre duas mulheres ou entre dois homens, não podemos nos permitir andar de mãos dadas livremente, nem lançar olhares apaixonados, toques apaixonados em público e tudo o mais. Mas quando estamos só nós, toda aquilo que não se pôde expor na rua, é descarregado entre quatro paredes, entre amigos numa balada, num bar gay, ou mesmo em casa.

Não pensem que rola putaria hein!
Se rolar, rola da mesma maneira que entre os heteros.
O que quero dizer é que o carinho parece que vale mais, o beijo parece que tem mais gosto, o toque é melhor sentido, o olhar é melhor apreciado. Tudo é muito mais gostoso!

Mas ainda sim, o fato de gostar de mulher pra mim é tão, mas tão delicioso quanto as lembranças que tenho com minha primeira namorada.
Quantas vezes não ficamos eu e ela fazendo milhares de coisas juntas.
Seja o jantar, o sofá que trocamos sozinhas ou a mesa que inventamos e parafusamos na parede. Ou até mesmo quando ficamos pintando a "nossa" casa por dentro até às 4 horas da manhã até que ficasse do jeito que queríamos.

Isso é outra coisa que amo em uma mulher! Querer que as coisas fiquem certinhas, limpinhas, bonitinhas!

E se for pra gostar de algum homem, eu já digo que eles são únicos:
Meu pai, meus amigos gays, meus irmãos e no máximo meus cunhados (que são os namorados da minha irmã e das minhas amigas que considero irmãs)

That´s all!
O mundo é gay gente! E nós mulheres, somos maravilhosas!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Extensões dos nossos desejos

Essa noite tive um sonho muito, muito bom. Porém, exatamente às 6:23 da manhã, meu celular toca o alarme e me faz perder a melhor parte do sonho.
A parte que me fez pensar e prolongar esse sonho durante todo o percurso até o trabalho.
A parte que fez com que eu me permitisse ir além e dar o final que eu mesma escolhi para esse sonho tão gostoso e para aquela sensação tão deliciosa que o maldito alarme me fez perder.

Eu costumo dizer que os sonhos são as extensões dos nossos desejos.
Sim, e como são!
Até mesmo de forma distorcida, onde você sonha que declarou seu amor por um inimigo. Seu inimigo sabe? Aquela pessoa que no dia-a-dia você simplesmente detesta, não faz a mínima questão e vive criticando. Mas perde grande parte do seu tempo só falando dessa pessoa, dos defeitos que ela tem e que te incomodam.

É estranho isso né? Mas se você for parar para pensar, você só odeia seu inimigo porque o ama ou amou, mesmo sem perceber.

Quando você vê muitos defeitos nos outros, olhe para você e verá o quanto você tem em comum diante desses mesmos defeitos ou dessas mesmas pessoas que tem os defeitos que você julga os piores.

Não estou dizendo que nunca fiz isso não! Eu na verdade vivo fazendo, assim como você também faz.
Olhar para o outro e criticar, dizer que ele é assim e assado e que você não gosta disso e daquilo nele. Na verdade você é igual!

Eu aqui me comprometo dizendo tudo o que digo, porque sei que a cada postagem, me torno mais exposta, mais louca e menos aceitável.

Outro dia uma ex-namorada minha, aquela do primeiro post, me disse que estava começando a se assustar ao ler meus posts. Pois é, eu disse pra ela, minha loucura está exposta!

Se formos todos escrever em algum lugar o que pensamos, seremos todos loucos! Se for assim que devo ser considerada por expor minha opiniões ou mesmo meus pensamentos, então eu sou louca!
A louca que você quer que eu seja está aqui, todos os dias escrevendo algo mais louco e mais decepcionante!
Quebrando a própria imagem que você faz de mim, dizendo bobagens que você jamais teria coragem de dizer.

Aqui, no meu blog, eu sou a pessoa que você quer que eu seja para o seu melhor conforto!

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Esquecer certas histórias



Hoje uma amiga de trabalho entra nos contando que reencontrou o ex-namorado por acaso ontem, depois de 2 anos do rompimento.
Eles sentaram e conversaram. Tiveram a conversa que deveriam ter tido no dia em que não se viram mais, não se beijaram mais e não se amaram mais.

Nessa conversa, eles disseram o quanto esse tempo os transformou, os impediu de estar por completo com outras pessoas.

É engraçado, quando se ouve uma história como essa, você logo se coloca no lugar dessa pessoa e se imagina passando pela mesma situação. Não sei se pra entender melhor, interpretar melhor ou se porque a gente sempre se identifica com o que essa pessoa conta.

Eu tenho meus casos, minhas passagens na vida de certas pessoas ou minha estadia definitiva na de outras.

Por que será que tem que ser assim? Por que será que todas as pessoas que entram em nossas vidas e nos fazem bem, não podem ficar nela para sempre?
Meus amigos que perdi, meus primos com quem não tenho mais contato? E você?
Por que não pode ficar comigo?

Por que somos tão orgulhosos, desconfiados e pobres julgadores?
Por que achamos que os outros farão o que só nós somos capazes de fazer?

Simplesmente porque somos seres humanos e talvez a vida não tivesse graça e sequer aprendizado se não passassemos por exatamente tudo o que passamos.

Um beijo escondido dentro do carro, uma conversa franca que dure uma noite inteira ou apenas 20 minutos regada a bastante cerveja (que vai te fazer dizer o que nunca tem coragem de dizer) e daí, muitas experiências se completam ou chegam a nunca existir, ficam nas lembranças, nos desejos...

Esse ano de 2009 é o ano da minha viagem, o ano da minha mudança, o ano em que vou deixar meu país, meus pais e irmãos e viver uma vida e uma cultura totalmente diferente.
Quero voltar ainda melhor, quero voltar fortalecida. Luto pra isso a cada dia e espero que essa mudança seja o tempero que falta para a evolução que busco.

Preciso esquecer certos amores, certas frustrações de não poder ter quem desejo ter. Quem quero fazer feliz.

Certas pessoas não lhe dão essa oportunidade mas e aí?
Deixei de dar tantas oportunidades à tantas pessoas também. Pessoas que diziam que me amariam por uma vida inteira, que fariam tudo pra ter uma segunda chance.
Eu as deixei, eu não as quero. Sou errada de não dar chance?
Não! Estou certa, não quero fazer ninguém sofrer por mais e mais tempo tentando me fazer feliz sendo que sei que não serei.
Antes sofrer de uma vez só do que por períodos.

Assim prefiro e você?

domingo, 4 de janeiro de 2009

A mudança de 2009!

E o tão esperado 2009 chegou!!
Na verdade não tão esperado né? Senão, estaria contradizendo o último texto.

Acabei de chegar de viagem com minha irmã e claro, vim contar as novidades, já que fiquei ausente alguns dias sem me comunicar pelos meios tecnológicos.


Bom, o que dizer?
Foi simplesmente maravilhoso!

O primeiro dia foi uma delícia! Todos reunidos, felizes, vestidos de branco.
Estouramos champagnes, nos desejamos tudo de melhor, seguramos os choros.
Dissemos coisas que nunca dizemos uns aos outros e que só nos permitimos dizer em momentos como esses.

Os dias seguintes também foram ótimos! Me aproximei mais dos meus amigos e da minha irmã, com quem há tempos (assim que me assumi gay) estava criando um muro entre nós.

Enfim, conhecemos a cidade, alugamos um carro, fomos para a praia, visitamos uma ex-ficante minha, voltávamos pra casa todos os dias religiosamente as 21h, assistíamos juntos a novela e em seguida jantávamos.

Tivemos momentos em que dividimos a grana do supermercado, em que um se ofereceu para lavar a louça, a outra a cuidar da amiga bêbada, o outro a ir acordar uma amiga dorminhoca, uma outra a ceder o quarto de que tanto gostou para duas pessoas poderem dormir juntas.

Foi tudo maravilhoso, senti nossas amizades criando laços fortes, laços sinceros e percebi que a viagem era a causadora dessa união.

Nesse última dia, domingo logo pela manhã, acordei com uma dor no peito tão grande que não me fazia entender.
Sentei na beirada da cama e chorei.
Chorei segurando as lágrimas, chorei com vergonha de mim mesma, chorei sem me permitir chorar por mais do que alguns minutos. Suspirei e saí.

Tentei pensar em coisas boas, pensar no quanto tudo tinha feito tão bem, nos nossos cuidados um com o outro, nas nossas conversas e descobertas. Logo fiquei bem.

O dia passou voando e eu não queria que ele acabasse, mas acabou.
Voltamos para nossas casas e só o que vai ficar é a lembrança de todos esses momentos que conseguimos criar em uma outra cidade.

Algo que jamais havíamos feito morando na mesma cidade, fazendo as mesmas baladas, estando tão juntos por tantos fins de semana.

Enfim, foi especial! Demais!

Refleti, refleti e refleti e voltei diferente, mudada, mais sensível, mais compreensiva e ao mesmo tempo menos tolerante.
Eu sou uma nova pessoa!

Que a melhora sempre aconteça!

Feliz 2009!