domingo, 11 de janeiro de 2009

Abrindo a cabeça...




Fui sozinha ao Vermont Itaim.

No meio do caminho liguei para alguns conhecidos que disseram que estariam por lá também.
Já que nenhum amigo queria ir comigo e já que uma outra amiga, que mora no interior, me incentivou pelo msn a sair mais vezes sozinha, eu resolvi ir.
Fui sozinha, mas sabia que encontraria vários conhecidos.

Chegando lá, lotado óbvio. Como sempre é aos domingos.

A primeira pessoa que avistei foi uma ex-ficante (estranho dizer ex-ficante rs), pois bem, ela é divertidíssima, uma ótima pessoa e me sinto muito bem ao lado dela e dos amigos dela que também são todos ótimos!

Conheci mais outras 2 pessoas novas. Amigas dela que eu não conhecia ainda.
Durante a noite toda ficamos todos conversando num entra e sai de pessoas na roda.
Já quase no final da noite, por volta das 21h, uma dessas novas conhecidas começa a conversar mais comigo e de repente nos vemos conversando só nós duas.
E aí rolam aqueles assuntos típicos de duas pessoas gays que se conhecem. Falar de ex-namoradas que nos decepcionaram, ex-namoradas que ainda amamos, ex-namoradas que nos fizeram aprender muito, ex-namoradas que ficaram no esquecimento e por aí vai.

No meio de tanta conversa gay, eu sempre digo que minha primeira tentativa de ficar com um homem foi quando achei que se um dia encontrasse alguém parecido com meu pai:
um cara que tivesse o caráter que meu pai tem, que fosse íntegro como meu pai é, eu me apaixonaria e deixaria de gostar de mulher.
E sempre quando cito isso, eu digo: "não sei se é porque ele é meu pai, mas pra mim ele é meu herói!" e foi então que essa garota me respondeu: "não, eu não me dou muito bem com meu pai, não gosto muito dele, seu pai realmente é uma pessoa legal, não é porque ele é seu pai que você acha isso dele."

Sei que depois dali fui socorrer uma amiga e no meio do caminho fui pensando que talvez eu estivesse colocando muito peso sobre meu pai.
Será que se ele algum dia cometesse um pequeno deslize que saísse do meu contexto do que é ser um grande homem, eu deixaria de idolatrá-lo?

Esses pensamentos me renderam um sonho péssimo onde eu me decepcionava e muito com meu pai. Sabe aqueles sonhos e pesadelos de que quando você acorda você sente um alívio tremendo?
Foi isso que senti. Um grande alívio por não ser verdade.

Será que é preciso ter que me questionar sobre isso para me preparar com algo que eu possa me deparar?
Será que a vida me prepara para alguma má notícia sobre ele?

Espero que não, espero que não....

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