sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Desse jeito assim, nesse mundo assim



Conversando com uma amiga em uma mesa de bar sobre ser homossexual e viver a vida homossexual, discutimos diversos assuntos do mundo gay.

Será que as mulheres que se vestem como homem, gostariam de se parecer com um homem?

Por que algumas mulheres são tão femininas e gostam de outras mulheres?

Por que alguns homens tem tantos trejeitos e você nunca saberá de uma história dele que o denuncie como gay?

Sei que desde pequena eu gosto de meninas, garotas e posteriormente, conforme fui crescendo e entendendo, mulheres.

Sim, mulheres. Seios, coxas e bocas, pescoços, ombros e braços delicados, emotivas e às vezes duronas.
Era e é desse conjunto que eu gosto, só desse.

A minha lembrança mais antiga e a que mais me marca como gay, é a da minha primeira paixão.

No pré-primário, com 5 ou 6 anos de idade, fui apaixonada por uma garota de cabelos loiros e pele clara que estudava comigo.

Não sabia como agir, afinal, eu desconhecia gestos e atitudes que pudessem me facilitar alguma coisa nesse sentido, mas instinto....ah esse eu sempre tive.

Só nos víamos na escola portanto, não ficamos e não sofri quando nos separamos. Eu era apenas uma criança.

No primário mudei de colégio e conheci Louis, uma garota de cabelos castanhos e olhos bem verdes. Eu queria ela pra mim, não sabia exatamente de que jeito, mas sabia que a queria muito além do que como uma simples amiga.
Quando completei 9 anos, meu irmão gêmeo, Guimen, conseguiu o que eu sempre quis em segredo, namorá-la.

Eu olhava tudo aquilo acontecer e imaginava o quanto deveria ser bom estar no lugar dele.

Ele podia pegar na mão dela como um namorado, agir como namorado e todos saberiam que ele era O namoradO.

Mesmo com apenas 9 anos, ele podia!

Aos 10 anos percebi que seria muito difícil namorar alguém do mesmo sexo. Para todos os lados que eu olhava, eu via apenas casais héteros: mulheres com homens e homens com mulheres!

E eu nem sabia o que significava a palavra"heterossexual"!!!

O que existia na minha cabeça não existia no mundo lá fora e o que existia dentro de mim eu não podia explicar.

Eu nunca via duas mulheres juntas, duas mulheres de beijando e etc, mas não imaginava que não pudesse existir essa possibilidade. Até que na pré-adolescência, comecei a entender que eu é que era diferente e não as pessoas.

Entendi que existiam preconceitos raciais e homossexuais e entendi que apesar de nunca ter sofrido qualquer preconceito, não demoraria a sofrer se não me policiasse e agisse como todos agiam.

Aos 13 anos, me peguei muitas vezes abraçada ao travesseiro, tentando afastar pensamentos homossexuais da cabeça.

Nessa época era apaixonada por Mamprim, uma garota da sala de Guim.

Nos víamos apenas no colégio e então os fins de semana passaram a ser uma tortura para mim naquela época.

Imaginei que deveria acabar logo com aquilo e que precisaria encontrar o homem da minha vida, mesmo com 13 anos de idade, eu só queria que aquilo acontecesse logo e que todos os pensamentos fossem embora.

Meu pai sempre foi um herói para mim (e com certeza para meus irmãos também) então imaginei que se minha mãe o tinha encontrado, eu encontraria alguém como ele também, que pudesse me fazer feliz e me respeitar, assim como meu pai sempre fez e faz com minha mãe.

Encontro Marg, alguém com as características fascinantes de papai, mas alguém por quem eu sentia um pouco de atração e a quem eu beijava na boca e me forçava a gostar.

Fiquei 2 anos com ele. Pobre coitado. Nunca liberei nada, nem amassos e nem passadas de mão.

Me apaixonei por uma garota e terminei em um instante o namoro.

Os pensamentos homossexuais voltaram a habitar meus pensamentos.

Dessa vez eu pensei que na verdade não deveria encontrar alguém como meu pai e sim alguém como eu.

Passaram-se dois anos e encontro Gio. A minha personalidade só que em um corpo masculino.

Pensei que iria me apaixonar. Tentei me entregar e assim fiz. Entreguei corpo, cabeça, mas a alma não. Minha alma eu não conseguia entregar.

Quando conheci Be, percebi que não existia nada no mundo que me fizesse deixar de gostar de todas as coisas que eu gosto em uma mulher.

Be lutou comigo e me fez ver naquele mundo errado, uma maneira melhor de viver aquilo que sentíamos. Aquilo que era diferente aos olhos dos outros, mas que para nós era o que nos fazia feliz.

Be me ensinou a viver no silêncio, mas com todo o coração.

E assim continuo vivendo, para alguns, no silêncio.

Dizendo ter um envolvimento aqui e outro ali com algum rapaz. Só para disfarçar, só para não assustar, só para não estragar a vida das outras pessoas.

Muitas vezes meus amigos homens e gays precisam fingir serem meus namorados e muitas vezes finjo ser a namorada deles também. Tudo para o bem do próximo, daquele que não se preocupa com a gente, daquele com quem temos que nos preocupar.

Mas vai chegar o dia em que vou poder gritar para o mundo que sou gay, lésbica, homossexual, sapatão ou o que for mais agradável e menos invasivo ao seu mundinho e vou poder te provar que sou muito feliz assim, sendo o que sou, com a minha "opção" que para você é a mais errada, mas que para mim é a que me faz mais feliz. Mais feliz do que você, do que ele e do que ela...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tempo, tempo, mano velho


Depois de algum tempo, percebi o quão poderoso o TEMPO é.

Ontem Miq me mandou uma mensagem perguntando sobre o carnaval.

Percebi que há tempos atrás eu teria ligado correndo para dar satisfações ou mesmo para ouvir sua voz.

Terça-feira a noite, em um bar de quinta com Blond e Grela, Blond me pergunta se já esqueci Miq.

Respondo que passo dias e dias sem lembrar dela.

Percebo a força que esse cara, o tempo, tem e dou razão a frase que os mais velhos adoram usar: "o tempo é o melhor remédio". É, realmente é.

Ele te faz esquecer dores, situações, problemas e pessoas.

Claro, é preciso aceitá-lo, dar uma ajuda, senão de nada adiantará.

Pensando sobre ele, o tempo, percebi o quanto ele fez por mim nos últimos tempos e listei as principais percepções que ele me passou:

Percebi a falta que minha cachorra me faz, quando chego em casa e não sou recebida com toda a mesma alegria que só ela me recebia.
Percebi que é preciso não encontrar a pessoa que ama, para que ela adormeça e se perca em suas lembranças

Percebi que meus verdadeiros amigos são aqueles estão comigo nos meus piores momentos.

Percebi o quanto meus pais tem e tinham razão em absolutamente todos os conselhos que me deram e disseram para seguir

Percebi o quanto deixei sonhos para trás por pessoas que não ficaram na minha vida.

Percebi que emagrecer não é tudo

Percebi que posso deixar minha mãe feliz por tão pouco, quando fico em casa e vejo sua enorme felicidade em me ter ao seu lado por alguns instantes

Percebi a falta que faço para algumas pessoas que nem lembro que existem

Percebi que a vida te traz muitas coisas, mas pode te tirar todas elas do dia pra noite se você não souber mantê-las com sabedoria.
Percebi a importância da fidelidade

Percebi que a vida continuará me trazendo pessoas cada vez melhores.

Percebi dias atrás que sou tão importante para minha irmã quanto ela é para mim
Percebi que não importa o quão atarefada eu esteja, o stress não melhorará meu dia em nada.

Percebi que não deixo ninguém me usar mais de uma vez.

Percebi que meu pavio encurtou

Percebi que sou uma pessoa melhor

Percebi que sou uma pessoa pior

Percebi que pequenos gestos fazem toda a diferença
Percebi que preciso admirar para amar
Percebi que detesto pressões e obrigações
Percebi o quanto é importante dizer o que penso
Percebi que certas pessoas não voltam jamais
....Percebi que se não tivesse tido certas coisas, jamais sentiria falta delas....

Percebi que só percebi e não aprendi nada do que queria ter aprendido, mas sei que ele, o tempo, me ensinará dentro de algum tempo, tudo o que eu preciso saber...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Todo mundo quer alguém



Depois de ter se decepcionado muito, e achar que o mundo gay é uma bagunça e que as pessoas não prestam, você chega a pensar que estar solteira é a melhor e talvez a única opção que possa te fazer feliz.

Mas todo mundo quer alguém. Mesmo achando que não vai encontrar, você continua e continuará querendo.

Eu quero, você quer, todos querem.

Alguém pra ficar na cama falando besteira, alguém para um jantar romântico, alguém com quem se possa fazer sexo com amor e não só sexo por sexo.

Eu quero ser feliz, você quer, todos querem.

Alguém que te faça pensar que a felicidade só é completa com ela, alguém que te traga a felicidade como te traz o café da manhã na cama, alguém para abraçar e sentir a felicidade ali, acontecendo.

Eu quero alguém presente, você quer, todos querem.

Eu quero alguém que me acompanhe, alguém que me diga que estou bonita, alguém que sinta saudades da minha companhia, alguém que saiba o porquê de me admirar, de estar comigo.

Depois de algum tempo, percebi que precisaria estar com os pés no chão para poder fazer tudo isso dar certo.

É aí que você começa a colocar em prática todos os conselhos que seus amigos gays e héteros, pais e irmãos, te deram quando você sofria por alguém e não entendia nada do que eles falavam para você fazer diante daquela situação.

Se você souber jogar, não dará as cartas, não se mostrará 100% dela, não dirá que sente saudades e que ela não sai do seu pensamento por um só instante.

Se souber, poderá mantê-la mais próxima, não entregará o jogo e não fará tudo perder a graça.

Talvez você até se veja deixando de fazer sentido, mas nada do que estou falando deve ser generalizado. Apenas pense e reflita sobre tudo isso...

Se não der certo, ela não é a pessoa que serve pra você e você também não é a pessoa serve para ela.

Não ache que a vida te deu as costas, ela apenas está criando pontes mais seguras para que você possa fazer sua travessia...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Como seria?



Ao mesmo tempo que penso que se tudo viesse fácil não se veria graça em viver, às vezes penso que algumas coisas poderiam ser mais possíveis.

Em um bar:

- Garçom me vê uma loira, gostosa e que tenha uma idéia legal para me fazer companhia essa noite??

- Sim, claro, que idade e signo?

- Ariana e de preferência na mesma faixa de idade

Dentro do ônibus ou metrô:

- Oi, estou de salto alto, preciso sentar...

- Claro, é meu dever e obrigação ceder lugar às mulheres de saltos altos

No trabalho:

- Guima, preciso daqueles 7 relatórios em 20 minutos na minha mesa

- Sinto muito seu cretino, não vai dar tempo, você terá assim que eu puder terminar

- Ah claro, me desculpe.

Em casa:

- Mãe, eu vou fumar um maço inteiro de cigarros na sacada tá bom?

- Tá bom filha, eu vou só preparar uns sanduíches e já vou fumar com você.

Com o flanelinha:

- Moça, são 10 reais para estacionar aqui, tem que deixar o dinheiro agora.

- ........!!!!!!(você enchendo ele de porrada com um taco de beisebol)

Entre outras coisas que acho que deveriam ser permitidas:

As mulheres deveriam ter total e pleno direito de espirrar spray de pimenta nos olhos dos cretinos que falam asneiras para elas

Os homens deveriam usar cuecas sem elástico (é irritante ser obrigada a olhar a forma como eles ajeitam o "negócio" por cima da calça)

Não ir trabalhar quando a cama não quer te largar e poder ser sincera ao telefone sem ser recriminada:
- Alô? Ó, hoje eu não vou trabalhar porque não estou com um pingo de vontade ok?

Ir até aquele mala da academia que pega a esteira que você mais gosta só para te irritar, dar uma voadora nele, subir em cima da mesma esteira e fazer tranquilamente sua corrida matinal.

Alguns objetos que eu acho que deveriam existir também:

Um controle remoto que colocasse no modo MUTE qualquer imbecil do seu trabalho que fale demais e que você ainda sim tem obrigação de aguentar.

Sapatos que encolhessem automaticamente os saltos no final do expediente e em seu lugar surgissem amortecedores para a sua caminhada habitual

Um controle instalado na sala de estar com todos os pequenos objetos da sua casa codificados a memoria.

Assim, se você pode perder a chave do carro e só digitar na tela: chaves do carro

Ele responderia: Entre as almofadas 3 e 4 do sofá da sala de TV

Pois é, seria bem bacana.

Uma vez ouvi algo como: O real sentido da vida consiste na luta pelos objetivos...

É, talvez...talvez...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Eu não nasci de óculos, eu não era assim...



Terça-feira fui ao oftalmologista devido as minhas fortes dores do lado esquerdo da cabeça.

É impressionante como existe oftalmologista japonês.
Para ajudar, até a recepcionista era japonesa.
Não sou racista nem nada, mas tem me irritado extremamente a forma como todos os japoneses e japonesas com quem trombo tem me tratado.

O Dr. Qualquer-coisa-kama virava lentes e lentes pelo meu olho esquerdo enquanto dizia:

- Assim consegue ver bem? (já virando outras lentes)

- Assim eu...(eu)

- E assim? Melhor ou pior? (já girando a quarta lente)

- Ah, agora tá...(eu ficando com muita raiva)

- E assim? E assim? E assim? E assim?....(girando a quinta, a sexta, a sétima, a oitava e nona lente)

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH QUE RAIVA!

Detesto gente que quer fazer tudo correndo!

Tá, tá, tá! Eu sei que o Dr. Blá blá blá-kama faz isso todos os dias, tem prática e claro, sabe o que está fazendo, mas eu fiquei com raiva da maneira "apressadinha" dele trabalhar.

Na sequência, o Dr. Apressadokama vira as costas dizendo: - Você tem 2 graus e meio de hipermetropia no olho esquerdo e meio no olho direito.

Eu disse: - Caramba! Tudo isso? Tem certeza?!

O Dr. MalaKama não respondeu, mas deve ter pensado: "Quem é o médico aqui ô pentelha!? Eu ou você?"

Fato é que eu morro de medo de envelhecer.

Meus amigos notam isso, meus pais e meus irmãos. Todos sabem o medo que tenho de ficar velha, chata, carrancuda, cheia de rugas e etc.

Tudo bem, eu não faço lá muita coisa pra me cuidar nesse aspecto, mas ainda sim tenho medo.

Fui para o trabalho pensando: "2,5?!!!! 2,5?!!!? 2,5!!!!!? Drogaaaaaa!!!! Meus primeiros sinais de velhice ainda na juventude?!"

Reclamei para algumas amigas sobre esse "problema" e ouvi diversos comentários como:

"Ai, sério que vai ter que usar óculos? Acho que vai deixar seu rosto muito pesado. Imagino que a diferença de ficar com e sem óculos, é que sem óculos você fica mais viva" (Miq - ex-namorada)

"Nossa, mas não fica assim, é um charme, eu sempre pergunto para as meninas que eu fico se usam óculos. É um fetiche que eu tenho!" (Barea - uma amiga gay)

"Ahhhhh Gui, acho lindo meninas de óculos!" (Litti - atual)

"Nossa Gui, você tem mais grau que eu? Sério?" (Guim - minha irmã)

"Vai em outro médico, ele pode ter errado" (Bitten - amiga hetero)

E a melhor e mais incentivadora. Vindo das garotas que trabalham comigo:

"Hhahahahaha CE-GUE-TA!!" (adoráveis amigas de trabalho)

Eu sei que a mulher fica um charme de óculos.

Eu amava ficar admirando minhas ex-namoradas e ex-ficantes que usavam óculos.

Dava um ar de intelectualidade, de mulher segura. Sei lá, eu adorava.

Só que comigo é diferente!

Eu nunca parei pra pensar quantos graus tinha em cada lente dos óculos dessas meninas, nem se elas não enxergavam as coisas direito e nem se isso era um incômodo para elas. Sei que sempre achei lindo, mas NELAS, SÓ NELAS!

Em todas as vezes que experimentei um óculos de grau de alguém e olhei no espelho percebia a tremenda descombinação que aquelas duas malditas lentes faziam no meu rosto.

Pior de tudo é que tenho andado com uma porção de aspirinas na bolsa, estou louca para saber o que vai acontecer no próximo capítulo do livro do Chuck, não consigo trabalhar muito tempo na frente do computador e teimo em fechar o olho esquerdo para assistir TV!

Estou chamando indiretamente meu olho esquerdo de inútil!

Não posso fazer nenhuma dessas atividades sem que minha cabeça lateje como se eu estivesse recebendo na cabeça pancadas e pancadas do martelo do Chapolin Colorado! Com barulho e tudo!

Abaixo o óculos! Eu quero poder usar lentes de contato!

Nada pode ser mais lindo do que a sua própria identidade. A minha não combina nem um pouco com uma armação de ferro segurando dois pedacinhos de vidro que se apoiam no nariz....

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ser lésbica ou não ser, eis a confusão...



Quando eu era mais nova, eu pensava que deveria existir algum tipo de pré requisito para ser lésbica.

Descobri que não. Não é algo que se possa definir, explicar ou mesmo escolher. Porém, existem coisas que toda mulher que gosta de mulher já fez ou já sentiu.

Algumas mulheres se descobriram cedo, outras mais tarde. Algumas se descobriram até mesmo depois de casadas e com filhos.

O engraçado é perceber que com qualquer mulher que você converse que tenha se descoberto há pouco tempo, ela sempre te dirá algo como:

"Ah, mas eu no fundo sabia que eu tinha um pezinho lá"

Veja se você também já fez alguma dessas coisas.

Se a resposta for sim para pelo menos 60% das perguntas, você precisa começar a se preocupar e a se preparar para viver o mundo preconceituoso que existe aí fora.

Marque 1 ponto para cada questão com a resposta SIM e descubra por si mesma.

Se sua maior pontuação prevalecer na primeira e na penúltima fase, você é muito lésbica!

Na infância

1. Quando você era pequena e começava a entender o que era gostar de alguém, se percebeu apaixonada por alguma garota ou amiga próxima?

2. Quando no seu prédio, condomínio, rua ou bairro, as crianças se juntavam para brincar e você via seus amiguinhos homens brincar de polícia e ladrão, você largava imediatamente sua Barbie e se juntava a eles?

3. Quando você corria feito doida brincando de pega-pega, esconde-esconde e afins e se machucava, era do tipo que ao invés de abrir a boca a chorar, se levantava, dava uma batidinha nos joelhos e já estava pronta pra outra?

4. Quando entrava na sala de aula aquela professora bonitona e inteligente, você sentia algumas leves e doidas borboletas voando na sua barriga?

5. Quando suas amiguinhas te cobravam um namoradinho, você achava detestável aquela coisa de namorar e dizia que você ainda queria brincar mais antes de ter qualquer coisa com qualquer garoto?

Na pré-adolescência

1. Adorava quando ia dormir na casa de alguma amiga e tomavam banho juntas?

2. Quando uma amiga sua queria conversar e deitava no seu colo tagarelando sobre os meninos que ela gostava, você só sabia olhar pra ela e pensar que queria que ela chorasse as pitangas sobre você para alguém e não o contrário?

3. Contava para suas amigas que gostava de um menino, que elas nunca viram, dizendo que ele morava em outra cidade só para não correr o risco de ser "agitada" para o rapazinho?

4. Adorava brincar de médica com suas amiguinhas?

5. Quando começou a gostar de uma garota, todas as noites antes de dormir você imaginava como seria se rolasse um beijo entre você e ela?

Na adolescência

1. Quando assistia a algum filme erótico, pensava em como os caras desses filmes tinham sorte por poder tocar e dar prazer a mulheres como aquelas?

2. Depois de um certo tempo olhando para mulheres, você começou a se policiar para que elas não notassem o seu olhar diferente e percebessem o seu interesse?

3. Queria cada vez mais distância dos garotos e muito mais proximidade com as garotas?

4. Nunca conseguia ficar com um mesmo garoto durante muito tempo?

5. Descobriu a masturbação e a utilizou inúmeras vezes para saciar um pouco da sua vontade por alguma garota?


Na fase adulta

1. Transou com um cara, gostou mas sempre achava que faltava algo?

2. Beijou uma mulher e se sentiu péssima, mas depois acostumou com a idéia e não tira isso da cabeça?

3. Se interessa por baladas gays, não tem preconceito e acha que amar e ser feliz é o que importa?

4. Transou com uma mulher e ao comparar se percebeu preferindo muito mais a agilidade das mulheres na cama do que as de um homem?

5. Acha impressionante como suas amigas e outras mulheres entendem você e chega a pensar que uma relação com mulher daria muito mais certo do que com um homem?

Na velhice

1. Acha que vai viver muito bem a vida sem ter filhos?

2. Não se imagina de jeito nenhum com um homem, afinal você já sabe como é bom estar com uma mulher?

3. Fica extremamente irritada com o jeito como os homens, mesmo na terceira idade, olham safadamente para as mulheres?

4. Acredita que encontrará uma mulher que te fará feliz pelo resto da sua velhice, até que a morte as separe?

5. Se acabar por ventura tendo filhos e netos, se imagina ainda sim ao lado de uma outra mulher?

E aí?

Como você se saiu??

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Lésbicas do Zodíaco



Hoje vim falar sobre um assunto que toda lésbica que se preze a analisar a parceira (ou as parceiras que já teve) gosta: signos.

Quantas vezes você não entende a atitude de alguma garota e pergunta pra ela: "Que signo você é?"
Quando ela responde você diz contente: "Taí! Já sei porque você é assim!!!"

Eis aqui uma mistura do que o zodíaco diz à minha própria opinião e "experiência".

Arianas: Na cama, elas são fogosas e sabem trabalhar muito bem com os dedos e com a língua. São geralmente impetuosas, com o sangue fervendo em suas peles.

Em uma discussão entre você e uma ariana, ela sempre tentará se mostrar equilibrada diante da situação. Detestará terminar uma discussão e sentir que não resolveu nada.

Conversando com uma ariana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você aos poucos)
- Sim, tudo bem (ela gritando devido ao som alto)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, ainda com cautela)
- ..... (ela te agarra e te dá um beijo)

Taurinas: Na cama, elas fazem de tudo. São do tipo santinhas na rua e entre quatro paredes te tiram o fôlego.

Em uma discussão com uma taurina, ela sempre ficará na defensiva tentando fazer com que você sinta pena do mundo cruel em que ela vive.

Conversando com uma taurina em uma balada:
- Oi tudo bem? (você com segurança)
- Sim, tudo... (ela olhando pros lados, fingindo desinteresse)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você insegura)
- Não, se quiser conversar vai ser aqui (ela ainda olhando para os lados)

Geminianas: Elas são ótimas na cama, se for do tipo mais envergonhada e estiver muito apaixonada por você, vai deixar que você a vire de ponta cabeça, mas desempenhará muito bem qualquer posição.

Em uma discussão com uma geminiana ela vai soltar os cachorros em você, depois dirá que te ama e que você precisa entender o lado dela.

Conversando com uma geminiana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você, crente que tá abalando)
- Si-sim, tudo bem hihihih (ela com cara de desentendida e com vergonha)
-Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você ainda mais dona da situação)
- É....você que sabe...(ela, ainda sem muita opinião)

Cancerianas: Na cama, adoram que as toque. Gostam de se sentirem desejadas e amadas. Podem ficar numa boa sem transar.

Em uma discussão com uma canceriana, elas choram muito. Adoram relembrar situações como a do dia que você só ligou 7x no mesmo dia e não 32x como ela gostaria.

Conversando com uma canceriana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você numa boa)
- Tudo bem sim... (ela com brilho nos olhos)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você ainda numa boa)
- Sim! Claro que sim! Onde vamos?! (ela já querendo casar)


Leoninas: Na cama, você pode fazer de tudo, menos quebrar a ilusão de que ela está por cima. Gostam de desempenhar os papeis mais importantes. Adora quando você gosta muito de algo que ela te dá ou faz.

Em uma discussão com uma leonina, ela sempre vai citar tal acontecimento como prova do amor que ela sente por você.

Conversando com uma leonina em uma balada:
- Oi, tudo bem? (você, na sua rotina de caçadora habitual)
- Sim, claro, tudo bem sim e você? (ela querendo ser legal)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você sem responder a pergunta e já imendando outra)
- Acho que devemos ficar por aqui mesmo, aqui é melhor e mais arejado (ela querendo dominar a situação)


Virginianas: Na cama, depois que se sentem à vontade, se entregam completamente a você, topando qualquer coisa.

Em uma discussão com uma virginiana, ela procura fazer com que você mantenha a calma e termine logo a discussão pois está ficando agoniada ao ver o quadro torto na parede atrás de você.

Conversando com uma virginiana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você)
- Sim, tudo em perfeita ordem (ela respondendo com segurança e seriedade)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você sem desanimar com a super auto confiança dela)
- Mas aqui é melhor não está vendo? As mesas estão mais limpas e as cadeiras tem estofado novinho em folha (ela com o jeito de querer te trazer para o mundo harmonioso em que vive)


Librianas: Depois que ela gozar, recite um poema se quiser revê-la. Simples assim.

Em uma discussão com uma libriana, ela sempre te encherá de razões por todas as suas reclamações ou dará pitis de uma só vez. No dia seguinte, tudo ficará bem como antes até que outra discussão aconteça

Conversando com uma libriana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você a achando atrantemente diferente)
- Sim, tudo bem (ela contente por você tê-la notado)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você esperando uma boa resposta)
- Ah não sei, você que sabe....Quer ir? Se não quiser, tudo bem.... (ela com sua interminável indecisão)


Escorpianas: Para elas, a sexualidade é uma necessidade tão básica quanto comer ou dormir. São incrivelmente sedutoras e muito sensuais.

Em uma discussão com uma escorpiana você falará sobre todas as suas mágoas dentro do relacionamento enquanto ela só saberá apontar às vezes em que você sentiu dores de cabeça e não quis transar.

Conversando com uma escorpiana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você, sentindo cheiro de mulher fatal no ar)
- Simmmmmmm, tudo bem (ela, já te puxando para dançar perto)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, meio sem graça, mas acompanhando o ritmo)
- Onde? No darkroom? Claro! (ela já te arrastando para a direção do quarto)


Sagitarianas: Na cama, são intensas e adoram variar. Abominam a rotina, por isso gostam de aventuras. Buscam por coisas novas sempre. Brinquedos, kama sutra e por aí vai...

Em uma discussão com uma sagitariana você verá ela te atacar constantemente, dizendo que você a coloca na parede, que suas atitudes a assustam e ela será capaz de "dar um tempo" quantas vezes for necessário para ela se encontrar.

Conversando com uma sagitariana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você, achando ela um pouco isolada demais)
- Sim, sim.... (ela, achando estranho sua aproximação)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, tentando achar a reação dela normal)
- Olha, melhor você me dizer logo o que você quer ao invés de ficar com rodeios, minhas últimas experiências não foram muito legais, eu não tenho tido muita sorte e....(ela, na defensiva)


Capricornianas: Na cama, a capricorniana adora ouvir sacanagem. Se ela não estiver envolvida emocionalmente deixará claro ali mesmo. Não gostam de muito tumulto, tem pavio curto.

Em uma discussão com uma capricorniana, ela te contará sobre todos os relacionamentos anteriores que ela teve e o quanto ela cresceu com todos eles. Fará questão também de te mostrar total maturidade e segurança.

Conversando com uma capricorniana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você, achando ela extremamente interessante e com cara de intelectual)
- Sim, tudo bem (ela, dançando como quem pensa ser Cindy Lauper)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, adorando o gingado dela)
- Sim, mas por obséquio, você não namora né? (ela se certificando de que você não será mais uma grande experiência por qual ela terá que passar)

Aquarianas: No sexo, ela prefere as posições e situações mais exóticas. Não vê a menor graça na cama, melhor dispensar o colchão ou qualquer coisa que a faça lembrar uma.

Em uma discussão com uma aquariana, ela citará momentos em que ela te avisou e que você não escutou. Adora frisar o quanto ela se preocupa e tem razão de todas as desconfianças que ela possui contra você.

Conversando com uma aquariana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você)
- Sim, tudo bem, mas cuidado com o cigarro desse cara aí do lado, ele já me queimou 2x (ela, dançando e ao mesmo tempo te afastando do cara com o cigarrão ao seu lado)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, tentando se afastar do cara e falar mais perto do ouvido dela)
- Sim, enquanto vamos indo pra lá, vai me falando o que você faz, quantos anos tem e o que pretende da vida (ela já te pegando pela mão e levando para fora da pista)


Piscianas: Na cama, tem uma intensidade emocional enorme. São daquelas que fazem você amar o sexo-com-amor. Sabem dar um belo chute no traseiro do dia pra noite sem deixar marcas.

Em uma discussão com uma pisciana você se irritará com a maneira como ela conseque te dominar. Concordará sempre com você em todas as questões, mas ao mesmo tempo fará você se sentir uma idiota por não concordar com as dela.

Conversando com uma pisciana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você comumente)
- Sim, tudo ótimo! (ela com todo gás)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, gostando da recepção dela)
- Sim, claro! Depois podíamos ir para a lounge também o que acha? (ela já querendo estender o momento)

Lembrando que são historinhas exageradas de situações que vivi.
Não achem ruim se não bateu com o que você é ou com o que a sua parceira é.
Releia o primeiro parágrafo e pare de reclamar rs rs

sábado, 14 de fevereiro de 2009

O mundo gay masculino

Um dia, claro, você encontrará a pessoa que será capaz de te fazer feliz durante toda uma vida.

Até lá você terá muitos relacionamentos, se decepcionará muitas vezes, será usado, enganará e será enganado.

Lembro de na minha adolescência, gostar de uma amiga e me recordo bem do quanto era bom ser mulher dentro daquelas circunstâncias.

Dormíamos juntas, nos abraçavamos, nos beijavamos, fazíamos cafuné uma na outra. Tudo isso sem levantar qualquer suspeita diante do mundo hétero.

Quando comecei a conhecer homens gays, percebi o quanto era difícil para eles tudo isso.
O homem deve ser sempre homem, ter postura de homem diante a sociedade.

O vídeo a seguir, mostra toda uma trajetória de um garoto que desde pequeno se percebe diferente dos outros até a hora em que ele encontra essa tal pessoa...

É difícil se viver no mundo gay, mas não precisamos complicar.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O senhor Orgasmo



Vim falar hoje aqui sobre o Sr. Orgasmo.

Quando o conheci, tinha apenas 11 anos, foi dentro de um banheiro.

A príncipio procurava por ele, mas quando ele vinha me arrependia de tê-lo encontrado.

Passei 4 anos esperando que essa sensação fosse embora.

Na minha adolescência, ao contrário do que pensava, descobri que quase ninguém conhecia esse senhor. Algumas amigas achavam que o conheciam, mas não faziam a mínima idéia de quem ele era de verdade.

Mais alguns anos e percebo me apaixonar por ele.

Passo a ter medo dele.
Medo que ele me faça perder a linha, medo que ele me torne dependente.

Toda vez que queria não tê-lo tão presente, ele vinha, me acalmava, me deixava trazia estado de transe e fazia com que eu me arrependesse de todos os pensamentos de tentar afastá-lo.

Passei a aceitá-lo na minha vida com mais frequência até que ele se cansasse de mim e passasse a me ver por períodos menores e em grande espaço de tempo.
Não adiantou, ele continuou presente e teimava em voltar.

Hoje cheguei a conclusão de que ele não é tão mal.
É até super legal com minhas namoradas e ficantes. Vem sempre no último instante, mas sempre vem visitá-las.

Quando não consigo dormir, procuro por ele e ele me faz ter uma boa e longa noite de sono.

Encontro com ele e minhas pernas tremem, fico fraca, sinto meu coração acelerar, minha respiração descontrolar e me entrego...

Ele não me faz mal, não é um mal amigo. Quando preciso dele, ele sempre se mostra disposto a me encontrar, me acalmar, me trazer as mesmas sensações.

Não o questiono mais e nem pergunto mais a ele porque ele é tão bom pra mim sem ter nada em troca. Ele simplesmente é! Cada vez melhor....

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

É a vida...


Sempre namorei muito.

Lembrando de todos os meus namoros, me recordo de só ter demorado a firmar um namoro com Miq. O restante, namorei quase que de início.

Eu e Litti temos algo gostoso de ter. Simplesmente indefinido.

Certa vez, conversando com Litti, falei pra ela que para que todo relacionamento desse certo não deveria haver pressão, cobrança ou qualquer coisa do tipo.

Em outras palavras, todos os relacionamentos deveriam vir acompanhados de um formulário com algumas questões em que você pudesse escolher certas alternativas como:

1- Assim que conhece alguém legal, o que se deve fazer?

a) [ ] Namorar logo de cara para não perder a pessoa

b) [ ] Se demorar demais, cortar qualquer vínculo

c) [X]Esperar numa boa para ver no que vai dar

Estamos na alternativa C e é a primeira vez que isso existe claramente entre mim e alguém.

O que é bom demais, pois Litti é uma daquelas arianas que diz tudo o que pensa (até o que não deve dizer ela diz) mas é do tipo de pessoa que te mostra ser sempre verdadeira.


Uma coisa da qual me orgulho é a minha falta de ciúmes.
Na verdade pode ser que não seja tão bom. Muitas pessoas precisam saber que você sente ciúmes delas para se sentirem bem quistas.

O que eu quero dizer com tudo isso é que tudo o que é natural é muito melhor de se viver.
É a vida, as coisas precisam fluir naturalmente.
Tudo o que se torna obrigação se torna chato. Você gosta de trabalhar? Sim, eu também gosto, mas você gosta de ter que estar todos os dias no mesmo horário dentro da empresa que você trabalha?
Não seria bom se você um dia pudesse chegar ao meio-dia por conta da balada da última noite que te deixou acabado(a)?
É disso que estou falando.

Ontem, na saída do curso fui encontrar para um "café" dois amigos: Grela e Blond.
Rimos tanto recordando algumas noitadas que disse: "Eu não me imagino mais namorando sabia? Eu não troco os meus prazeres por nada nesse mundo"

Lembro-me de antigamente ficar eufórica por não ter alguém para dormir junto ou passar o fim-de-semana fazendo programinha de índio.
Hoje eu percebo que faltava muita Guima dentro de mim.
Hoje eu preciso muito mais de mim do que de qualquer outra pessoa.
Até fazer uma lista de coisas para se fazer sozinha eu estou fazendo.
Muitos dos itens eu já comecei. Me trouxeram grandes surpresas!...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Big Problem


Ontem saí extremamente cansada do trabalho e fui, como faço todos os dias (exceto de quinta), para o curso de Hardware.

Saí do metrô super atrasada como sempre. Cheguei na sala, dei um beijo de boa noite no professor e fui para o meu lugar.

Desde o começo desse curso ele brinca que eu sou a paixão dele e etc. Meus amigos de sala entram na brincadeira dizendo que só eu posso isso e aquilo porque sou a protegida e etc...

Até aí, espírito esportivo, sei que ele é casado, tem 2 filhos e até então achava que ele era feliz.

Sexta-feira pedimos pizza e sentamos todos juntos, tiramos fotos e etc.
Coisas que fazemos quando estamos fazendo curso de "qualquer coisa"

Chegando na sala, ele passou seus contatos.

Ontem reclamou por não ter recebido nenhuma foto e por não ter nenhum pedido de permissão no msn dele. Eu respondi:

- Professor, eu te adicionei hoje no msn

Ele disse que até maio abriria um negócio e que poderíamos nos preparar para estagiar ou aprender ainda mais com ele.

Certo! - pensei - Preciso manter contato, vínculo...

Nunca mais entrei no messenger depois que passei a chegar muito cansada em casa, mas ontem entrei para ver se achava Litti pelo msn, já que nos desencontramos e eu fiquei um pouco chateada com a nossa situação.

Deixei o micro ligado e fui fazer outras coisas como, preparar minha roupa para acadêmia, secar o cabelo, ver com que roupa iria trabalhar e etc...

Quando volto vejo uma tela piscar: Profi...Profi...Profi...Profi

Ele me chama, começamos a conversar e depois de algum tempo ele se declara com frases como:

"Quando você ficou doente e faltou, sua ausência me deixou mal" "Quando você entra dando um sorriso de boa-noite eu esqueço dos meus problemas e sinto que ainda vale a pena" "Sinto que te conheço há muito tempo" "Não tenho filtro entre o cérebro e a língua, por isso o que digo quero que saiba que é verdade"

Aquilo me deixou muito, muito atordoada.

Esse cara tem 4x menos chances de ficar comigo do que com qualquer outra garota:

1º Ele é casado
2º É mais velho

3º É meu professor e...

4º Ele é homem!!!!!


Fiquei pensando que se estivesse escrito na minha testa: "sou gay", não teria que ter machucado metade dos homens que se apaixonaram por mim.

E porque se apaixonam? Não é porque eu tenha algo a mais, mas simplesmente por não dar valor nenhum a eles. Simplesmente por isso.

Na vinda para o trabalho minha cabeça ficou martelando essa situação.

Imaginei desde as melhores até as piores coisas que isso podia me levar.

Desde oportunidades no mercado até um cara louco andando atrás de mim, me querendo a todo custo.

Confesso que estou mais com medo do que qualquer outra coisa.

Se antes eu o admirava por tudo o que ele ensina e que fazia com que me interessasse ainda mais pelos mínimos detalhes, tentando adquirir todo conhecimento que pudesse sugar dele, agora me imagino instrospectiva, tentando não ser tão legal, tentando ser mais fechada.

Mudando de humor, ficando com receio de dar esperanças sem motivo...

Hoje a aula continua e só tenho um dia de descanso na semana.

Ele me disse ter medo de me assustar e fazer com que eu saia do curso.

O grande problema é que esse curso tem sido tudo pra mim no momento, tem me feito feliz de uma maneira que não fui em outros. Tenho me encontrado e quanto mais puder dar continuidade a tudo o que envolve o assunto, mais eu vou estudar, porém existe esse big problem pelo caminho...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Domingo/Segunda



Às 5h20 da manhã meu celular me despertou. Acordei até que bem, me troquei, arrumei minhas coisas e fomos para academia eu e Guim.

Chegando lá, as mesmas músicas tocando de novo. Guim falava: "ai que música irritante!"

Alguns aparelhos estavam em "manutenção" então tivemos que substituir alguns exercícios por outros mais chatinhos.

Lá vamos nós deitar nos colchonetes, colocar pesinhos nas canelas e levantar as pernas...1...2...3...4..5...6...7...8...9...10...11...12....troca de lado e 1...2...3...4...5...6...7...8...9...10...11...12...e troca de lado de novo e ouço Guim gritar: "vamos nos atrasar hoje"

Entramos no vestiário hiper lotado.

Eu e Guim tomando banho enquanto uma senhora fica olhando pra mim com cara de: "ó, também preciso de tomar banho viu?"

Não sei de onde saiu tanta senhora.

Fala sério, nós precisamos malhar, tomar banho e ir trabalhar, porque essas senhorinhas não vão cuidar da saúde delas lá pelas duas horas da tarde?

Sem falar que essas senhorinhas tem cada mania. Como, tomar banho no mesmo chuveiro, usar exatamente o mesmo espaço da bancada, dobrar a toalha de um jeito tal, falar sobre como o tempo está e como os jovens são assim e assado. Sempre o mesmo papo.

Tomamos banho correndo, porque como sempre, nos preocupamos em não incomodar e não atrapalhar os outros.

Nos vestimos correndo e saímos atrasadas. Como sempre.

Entrei no ônibus e pude sentar, mas no reservado. Ali fiquei, lendo meu livro por pelo menos uns 5 ou 6 pontos.

Sobe uma grávida. Cedo meu lugar para ela e continuo a ler em pé.
Passado dois pontos um amontoado de gente que não sei se onde surgiu se aproxima do ônibus.
Várias pessoas querem entrar ao mesmo tempo naquela portinha minúscula.
O ônibus simplesmente para e não anda mais.
Eu, com toda boa vontade do mundo me espremo para dar passagem, mas ali eu fico.
As pessoas não entendem que eu me espremi só para que passassem e não para ficar naquela posição ridícula durante todo o percurso.

Bom, tudo bem que não consegui mais ler o livro e tive que ficar prestando atenção na cara feia das pessoas, refletindo sobre o mau-humor de cada uma e sobre o meu que só aumentava.

Desci do ônibus e percebi estar 15 minutos atrasada.

Entrei na drogaria, comprei umas coisinhas que precisava, esbarrei num cara grosso que passava na rua e que sequer foi capaz de pedir desculpas, atravessei a rua correndo antes que algum dos carros com seus motoristas apressadinhos me atropelasse e não me deixasse terminar de viver minha segunda-feira estressante, cheguei à empresa, dei meu bom dia como faço todos os outros dias para os porteiros, subi e aqui estou eu tentando ficar com menos raiva do péssimo início de dia que estou levando.

Ok, ok! Vou parar de reclamar. Afinal, o desabafo aqui já valeu.

Mudando de assunto, agora quero falar sobre Juno.

Ontem eu deveria ter ido ao Bar GLS que toca samba aos domingos com os amigos, mas o céu ameaçou despencar e resolvi ficar em casa.

Sem falar que só não caiu porque fiquei em casa porque São Pedro tem uma perseguição comigo que só vendo.

Acho que ele me vê sair do trabalho e diz coisas como:
"Aháaaaa a Guima vai sair do trabalho, chuva nela", "A Guima está cansada, quer só descansar? Então chuva nela", "A Guima vai sair para distrair, namorar, se divertir? Chuva nela!"

Para não passar a noite a toa, fui a locadora de vídeo buscar algum filme.

Como sempre, parei na frente das prateleiras procurando algo interessante sem achar um vídeo que me chamasse a atenção.
É sempre assim, quando estou em casa penso em uma porção de filmes que quero assistir mas é só chegar na locadora que todos eles somem da minha mente.

Foi quando Guim falou repentinamente:

- E Juno?
- Ótima escolha Guim! Vamos levar!

O filme mexeu de tal maneira comigo que me sentei na sacada ao final de tudo e me veio uma vontade enorme de chorar, mas não de tristeza, de emoção, felicidade, sei lá.
Ou de TPM mesmo.

Litti, aquela garota que conheci aquele domingo no Bar GLS que me disse que se eu gostava do meu pai é porque meu pai era realmente uma boa pessoa, veio me visitar.

Ficamos conversando um pouco no carro e me veio uma vontade de falar sobre o filme pra ela, mas ao mesmo tempo meus olhos se enchiam de lágrimas. Fiquei envergonhada e tentei segurar. Ela me incentivou a chorar de uma vez, me abraçou e me senti pela primeira vez, confortavelmente bem para chorar no colo de alguém a quem conheço há menos de 2 meses.

Fui dormir feliz e mesmo com essa manhã de segunda-feira chata e estressante, não existe um único motivo que possa me deixar triste....apenas estressada...

Desde ontem a noite pensei em postar esse vídeo, final do filme Juno.

Para quem não entende muito de inglês, procurem ver a tradução dessa música e entenderão porque chorei.
Anyone Else But You

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sobre isso e aquilo



Na aula de hardware de hoje a noite, nosso professor nos passou seus contatos. Telefones, e-mails e MSN.
Perguntei até que horas ele daria assessoria para os alunos e ele me respondeu que todos os dias ficava on até as 2 horas da madrugada.

Fizemos uma brincadeira sobre ele não ir dormir cedo e acabar deixando de assessorar a própria esposa.
Ele respondeu:
"Faz 25 anos que conheço minha mulher, 20 anos que estou casado e 18 anos que estou de saco cheio dela"

Aproveitando a conversa ele desabafou sobre os anos que vinha vivendo ao lado da mulher.
- Botem uma coisa na cabeça de vocês. Não existe felicidade no casamento.
- Existe sim, meus pais são felizes e eu tenho certeza disso - eu disse
- Gui, uma coisa é o que os seus pais são na sua frente e na frente dos seus irmãos, outra coisa é o que eles são entre quatro paredes. E eu não estou falando de sexo.

Percebi o quão desacreditado da vida esse cara está.
Mesmo assim, o que ele disse me fez refletir sobre o quanto deixamos as desilusões que já passaram nos tornarem durante a vida toda frios, amargurados e desacreditados.

Pensei: "será que as pessoas que existem com a índole dos meus pais se perderam pelo mundo?"

Tendo parado pra pensar em tudo isso, comecei a trazer aos pensamentos as pessoas que tem surgido em minha vida.

Não, não se esgotaram e nem se perderem pelo mundo. Estão mais próximas de mim do que eu posso querer perceber.

Elas estão tentando me mostrar serem pessoas legais, pessoas que me fariam felizes e eu estou na defensiva, me desviando o tempo todo de tudo o que elas possam querer fazer por mim.

Quero abrir a porta...
Juro que vou me esforçar...devagar, aos poucos, mas vou tentar...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Um nada do tudo


Pra quem leu sobre minhas músicas de terapia e meditação, hoje coloco aqui uma delas. Mais leve, que não assuste como as outras, mas que é da mesma linhagem, mesma espécie, raça e cor....

Quando ouço me lembro de quando era mais nova e fazia frio no mês de julho.
Morávamos em um condomínio muito grande, com muito verde, muitas árvores e por isso muito mais vento e umidade.
Os dias de frio lá, eram ainda mais frios.
E eu sempre gostei do frio, sempre.
O frio sempre me aquieta, me faz pensar e repensar.

Me sentava sozinha na beirada da escada próxima a piscina e fumaça meu cigarro deliciosamente.
Saboreava o vento, os pensamentos e a transformação das minhas opiniões.

O clip que apresento aqui hoje pode parecer irônico, já que falo tanto sobre o frio e o nome da música na verdade é Sol Radiante, porém, essa música sempre me levou aos lugares mais inóspitos e já que compartilho tanto de mim aqui, eis mais um pedacinho, uma pequena parte do meu íntimo.

Há alguns anos procurei o clip dessa música pela internet e percebi o quanto me fazia bem não só escutar como ver e poder assimilar cada cena.

A minha parte favorita é a do minuto 1:53 ao 2:13....
Olhar vago, apaixonado, beijar a pessoa por quem se é apaixonada...frio na barriga, borboletas no estômago...pureza...

Apresento à vocês: Glósóli de Sigur Ros. Grande banda islandesa...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Akik


Algum tempo depois de Lion me peguei pensando muito em Miq.

Em um domingo nublado eu conversava com uma garota pelo msn quando Akik pergunta se
vou para o samba de domingo no bar GLS.
Eu digo que não, que estou tranquila.

No mesmo dia vou a uma galeria de pães conhecer uma mulher que dizia ter 34 anos e que descobri mais tarde, durante a conversa, que tinha mais de 40.

Naquela noite eu quase não falei, só escutei. Percebi que não deveria ter desmarcado o cinema com uma amiga para aquilo.

Fiquei com o olhar perdido vendo aquela mulher gesticular e contar suas mentiras.

Como em um filme em preto e branco e em câmera lenta, eu olhava para aquela mulher que falava pelos cotovelos e comecei a analisar toda a minha trajetória.
Sim, eu sei que eu fui muito mal-educada, que fui falando logo que fumava e que era muita baladeira pra ver se ela desencanava de mim.

Por fim, não atendi mais seus telefonemas.
Nas semanas seguintes vim conversando cada vez mais com Akik. Davamos muita risada.
Resolvemos que iríamos sair eu, ela, Tur e um casal de amigos de Akik
Tur desistiu e fui sozinha encontrar com Akik. A noite foi agradabilíssima.

Continuamos a conversar por telefone e msn e marcamos um segundo encontro assim que ela voltou de viagem.
Nos encontramos para um café e ficamos.

Algumas desavenças no início, mas no fim acabamos ficando juntas.
Comecei a descobrir que poderia voltar a ser quem eu era quando namorava Be.

Afinal de contas, eu não queria perder de novo alguém por sair demais.

Passamos muitos fins de semana a base de doritos, filmes e muito sexo.

Eu adorava acordar pela manhã e ver os ombros de Akik virada de costas pra mim.
Ombros lisos, pele clara. Do jeito que eu gosto.

Logo que eu dava bom dia ela virava me fitando com seus olhos verdes e resmungando porque eu não parava quieta um instante.

Porém Akik era muito diferente de mim, ela não sabia se queria estar com uma mulher ou não.

Havia tido muitos relacionamentos héteros e até eu já não botava muita fé na gente.

Estando já acostumada a relacionamentos instáveis, não fiquei me apegando muito a situação e já esperava pelo pior.

Tivemos uma conversa séria em uma das brigas pela última vez. Eu dizia que ela poderia me ganhar muito fácil como me perder em um instante.

No dia seguinte Akik ficou nervosa por não encontrar um clube onde eu participava de um churrasco com Guim e onde ela iria me pegar.

Foi o último dia do nosso namoro e minha última namorada também.

Mas foi especial, foi legal e foi um aprendizado como com todas.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Lion



Quando terminei com Miq não via a hora de me apaixonar por alguém de novo.

Sabia que não seria fácil, mas sabia que não seria impossível.

Muitos meses depois do meu término com Miq, entro um dia no meu orkut e vejo um depoimento: "Olá, eu sou amiga da Greck e queria te conhecer. Te achei muito bonita..." blá blá blá.

(Greck foi a amiga de River que me consolou na porta da balada quando fui chifrada) Sim, o mundo gay é muito pequeno.

Quando li o depoimento de Lion não dei atenção.
Na época eu ficava com uma garota muito bacana e não queria ficar dando bola à toa assim para qualquer uma.

Essa garota muito bacana parou de me procurar de repente e foi então que aceitei conhecer Lion.
Conversamos primeiramente por e-mail, depois por MSN e depois telefone.
Marcamos um encontro depois de 2 semanas de contato.

Como sempre, no encontro, eu falei durante a noite toda. Nesse encontro descobri que Lion tinha uma filha. Logo imaginei que pudesse ser complicado ter qualquer coisa com ela.

Na mesma noite eu esperava meus amigos chegarem: Tur, Blond, Dior e Grela.

Assim que eles chegaram Lion precisou ir embora, pois sua filha estava na casa do irmão com 39 graus de febre. A levei até um ponto próximo e demos um beijo inesperado.
Nem eu e nem ela esperávamos por aquilo.

Que erro.

Nos dias seguintes, passei todos os dias vendo apartamentos com meus pais e não entrava em contato com ela nem por telefone e nem por e-mail.
Ela me enviou algumas mensagens pedindo para que eu a visse de novo e conversasse para tirar a má impressão.

Eu não queria mesmo. Não senti click, não foi legal e ainda tinha o problema da filha dela.
Enfim, não estava afim, não estava preparada.

Ela continuou insistindo tanto, mas tanto que resolvi sair com ela mais uma vez.

Fui encontrá-la em um bar.
Lion, de pele bem clara, cabelos castanhos e leonina com todas as letras, estava mais bonita, muito mais atraente, mais feliz e menos introspectiva.
Ela me contou mais sobre ela, sobre a vida dela.

Cheguei a pensar: "é, talvez o primeiro dia eu não estivesse em um dia bom pra conhecer alguém"

Comecei a liberar espaço para ela entrar na minha vida.
Tudo dependeria dela.

Não namoramos, ela pediu diversas vezes, mas como eu sempre dizia, não estava preparada. Porém, eu sempre a tratei como tal. Não fiquei com outras garotas e não dei chances para que acontecesse nada que fizesse com que eu me envolvesse com outro alguém.

No dia em que dormi na casa dela pela primeira vez, desejei que sua filha não estivesse lá:
"Tomara que eu não tenha que ser babá de nenhuma criança"

No aniversário de Lion, em agosto, a levo para jantar.
Mais tarde Greck e a namorada chegam trazendo a filhinha de Lion, Aninha.

Me apaixonei no primeiro instante. Queria apertar, morder, ficar abraçada.

Fui pra casa pensando: "Que estranha essa sensação. Eu nunca gostei de criança...."

Bom, não sei qual a explicação para isso mas sei que Lion marcou minha vida por ter me mostrado o outro lado da moeda.

Descobri que faria de tudo para proteger aquela criança.
Descobri que não achava ruim de ter que levantar no meio da madrugada pra ficar com ela
Descobri que sei amar, mas que sei dar broncas também.
Descobri que me importava com a pessoa que ela pudesse se tornar quando crescesse.
Descobri que se fosse mãe um dia eu seria uma boa mãe...

Passei a querer ver Lion só quando ela estivesse acompanhada com Aninha.
Passava a semana pensando no que faria para e com Aninha no fim de semana.

Não queria mais ver Lion pegar ônibus e metrô para passear com Aninha e passei a atravessar a cidade para poder tirá-las desse desconforto.

Eu gostava de ver Aninha dormir. Eu gostava de ver Aninha se lambuzar com a margarina e fazer aquela bagunça pra comer.
Eu gostava de vê-la com outras crianças. Eu gostava de imaginar o que ela poderia ser quando crescesse.

Acordei diversas vezes durante a noite para saber se estava tudo bem, se ela estava coberta, se estava em uma posição confortável, se estava dormindo mesmo.

Foi uma experiência fora do comum. Pelo menos pra mim, que achava que amaria apenas os cachorros para o resto da minha vida e que seria incapaz de ser mãe algum dia.

Lion entrou em minha vida e mudou todo um contexto que eu tinha sobre esse mundo:
Ser mãe!

Eu fui mãe, em pouco tempo mas fui.

Precisei cortar laços com Lion quando me percebi sem interesse nela e interesse demais em Aninha.
Percebi que quanto mais prolongasse a relação, mais apegada eu ficaria.

Terminei meu "namoro" com Lion num domingo enquanto as levava para casa.

Voltei pensando, imaginando o quanto seria ruim ficar sem minha filha postiça.
Quando caí na real, sentei em minha cama, mergulhei meu rosto entre minhas mãos e chorei.

Lion tentou chantagear a presença de Aninha para poder me ver algumas vezes afinal, toda a minha família queria Aninha por perto.

O tempo passou e eu as vi pela última vez no aniversário de Aninha, em outubro.
Aninha quase não me reconheceu.

Lion me mandou algumas mensagens dizendo que Aninha perguntava por mim, mas já não sei mais se é verdade ou se é um jogo de Lion.

Hoje olho mais para as crianças e os filhos dos outros.
Hoje lembro de Aninha com muita saudade.

Não sei se geraria um filha, mas eu sei que seria uma ótima segunda mãe para qualquer criança.

Lion namora atualmente e provavelmente agora Aninha esteja acostumada a sua nova segunda mãe e nem se lembre mais de mim.

Sorte de quem poderá amar Lion e Aninha ao mesmo tempo.
Quisera eu ter tido essa sorte...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Miq


Meu relacionamento com Miq foi bem diferente dos outros.

Depois de Be, nunca mais havia sentido sentimento de amor por alguém.

Poder dizer com todas as palavras: "eu te amo"

Sentir que gostaria de passar uma vida inteira ao lado de uma pessoa, dividindo as mesmas experiências, beijando a mesma boca por todas as manhãs do resto da minha vida.

Miq entrou na minha vida no dia 13 de maio 2007.
Era domingo de samba no mesmo bar GLS que falei no outro post.

Eu não tinha mais relação alguma com Silk, mas aquele dia peguei carona com ela devido a sua insistência.
Levei minha amiga Laeni comigo.
Silk nos deixou no bar e foi ao encontro de um amigo que a esperava em um posto de gasolina próximo.

Na parte de cima do bar eu e Laeni conversamos quando avisto a ponta de uma cabeça loira subir as escadas.
Era uma mulher linda. Achei que ela tinha algo a mais do que qualquer outra pessoa que havia conhecido na minha vida.
Ela era charmosa, segura, tinha postura. Eu não conseguia desgrudar os olhos dela nem por um instante, foi inexplicável a sensação que senti.
Observo ela encontrar alguns amigos, rir, conversar, gesticular.

Ela está com um amigo, e duas amigas, uma que não para de sambar e uma outra loira que pouco me chamou a atenção.
É Miq que não perco de vista, é ela que eu quero.

Ela me percebe olhar para ela e pela primeira vez me vejo sem nenhuma vergonha de sustentar durante tanto tempo um olhar.

Ela vai para a pista e eu também vou.

Ficamos a 3 metros de distância uma da outra nos olhando o tempo todo.
Silk chega. Me pede para conversar a sós.

Desço com Silk que tenta segurar minhas mãos na frente de Miq. Lá embaixo finalizo de uma vez por todas qualquer envolvimento que Silk possa achar que ainda tenha comigo.

Subo para a pista e olho mais algumas vezes para Miq. Crio coragem e digo para Laeni: "é agora!"

Ao mesmo tempo que vou ao encontro de Miq, uma outra garota chega para conversar com ela.

Vejo as duas conversarem e sair. Pergunto para Laroq, a amiga loira de Miq:

- Ela vai ficar com aquela garota ali?
- Então, eu até vi vocês se olhando, mas você demorou demais pra chegar e teve uma hora que você sumiu!

Eu não desisti como desistiria hoje em dia. Disse para Larok anotar meu telefone e repassar assim que a noite terminasse.

Resolvi ir embora pois já era tarde. Fui dar um beijo de tchau em Larok e ela me beija os lábios.

Fico com Larok o resto da noite e ela finaliza dizendo:

- Agora vou pegar esse número de telefone pra mim

- Ah...tá...tudo bem...

Passei a semana conversando com Laroq pelo telefone marcando um próximo encontro para a sexta seguinte.

Durante a semana entro no orkut de Laroq e procuro por Miq nos amigos dela.

Miq vê que entrei na sua página e me adiciona no MSN.

Ali ficamos a madrugada inteira conversando.
Na sexta seguinte, no meu encontro com Laroq ela me leva para o apartamento de Miq, pois no dia seguinte seria seu aniversário de 33 anos e ela já comemoraria na véspera.

Quando o relógio marca 0h00 Miq me dá um beijo sem que Laroq veja.

Na mesma noite, saindo da casa de Miq acompanhada com Laroq percebo que preciso de Miq, que quero ficar com Miq e que não quero mais Laroq.

Tenho uma conversa com Laroq dizendo o quanto ela é legal, mas falo sobre o meu interesse inicial e ainda momentâneo por Miq.

Na semana seguinte encontro com Miq e dormimos juntas.

No dia seguinte da noite em que dormimos juntas não paro de pensar nela e nos ligamos de 7 a 15 vezes por dia para falar sobre coisas banais e dizer que estamos com saudades uma da outra.

Os dias se seguem assim e vou descobrindo em Miq em novo e grande amor depois de Be.

Porém, taurinos e arianos sempre estão em conflito e Miq não aceita meu jeito de maneira alguma.

Miq me quer o tempo todo com ela.
Miq não aceita meus amigos.
Miq faz tempestade em copo d´água
Miq faz terapia com a terapeuta que ninguém aceita
Miq pensa que tenho interesse por outras pessoas
Miq não acredita em mim
Miq acha que vou traí-la
Miq pensa que não gosto dela
Miq me abandona.

Não conseguimos nos desligar e passamos a nos reencontrar para jantar e dormir juntas.

Eu permaneço na vida dela durante mais 1 ano após o término

Eu sofro por ver ela com uma nova pessoa
Eu resolvo cortar laços, mas não consigo
Eu quero odiá-la, mas percebo que só amo mais.
Eu decido não vê-la mais
Eu quero esquecê-la, mas ela vive me ligando
Eu reencontro com ela nas reuniões de amigos em comum
Eu choro por ela
Eu penso nela
Eu quero estar com ela
Eu não vejo a hora de vê-la

Por diversas vezes sento com Miq no At para conversarmos sobre qualquer coisa e o nosso relacionamento vem a tona.
Por diversas vezes choramos por não podermos estar juntas devido a todas as pessoas que colocamos entre nós após terminarmos.
Por diversas vezes tentamos fazer de uma briga um ponto final.

Alguns meses se passam...

Miq mudou de namorada
Miq não me liga mais
Miq me esqueceu

Eu mudei de vida
Eu não ligo mais pra Miq
Eu não tenho lembrado mais em Miq

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Silk


Fiquei muito tempo sofrendo pelo engano que havia cometido com Taste.
Sofri por não ter percebido o óbvio e por ter acreditado tanto no que não era verdade.

Não me permiti conhecer ninguém, fiz algumas baladas sozinha com os amigos, mas já não acreditava que pudesse encontrar alguém que fosse incapaz de me enganar.

Um dia, no final de noite de um samba de domingo em um bar GLS com Blond, um rapaz me cutuca os ombros. Olho para trás e um garoto alto me sorri dizendo que sua amiga quer me conhecer.
- Só conhecer né?
- Sim, claro, só conhecer

Os dois, o garoto alto e a amiga que queria me conhecer, tinham tal energia e envolvimento que simpatizei de imediato com eles.
No final da noite Blond e eu trocamos e-mails, telefones e orkut com os dois.

Algumas semanas se passaram e então esse garoto me manda uma mensagem dizendo que preciso conhecer uma pessoa que tem tudo a ver comigo.

Ele me passa o msn dela e de cara na primeira conversa trocamos telefones. Fico dias e dias conversando todas as noites por horas e horas com Silk, sempre ouvindo ao fundo Guim gritar: "Guima, sai desse telefone!"

Marcamos de nos conhecer.
Blond vai comigo, pois tem um encontro também no mesmo dia e lugar.

Passamos para pegar Silk.

Lembro da primeira vez que a vi.

Magra, cabelos castanhos longos e olhos muito, muito azuis.

Fomos conversando no carro eu, ela e Blond.
Chegamos ao famoso bar onde eu sempre levava minhas ficantes.
Lá o pretendente de Blong chega com alguns amigos e eu e Silk damos o nosso primeiro beijo.

Na volta pra casa Blond me diz: "Vocês não vão namorar? Acho que vocês deviam namorar"

Alguns dias depois passo a frequentar muito a casa dela. Seus pais sabem da sua "opção" e me recebem sempre muito bem. Me sinto a vontade e passo a dormir todos os fins de semana e os dias da semana que consigo com Silk.

Com o tempo Silk me mostra ter muita imaturidade, insegurança e desconfiança.

Todo o meu encanto vai por água abaixo quando percebo que a vivência de Silk jamais seria a minha vivência.

Silk ficou na minha vida durante um mês e me sufocou logo nos 3 primeiros dias.

Algum tempo atrás nos reencontramos e ficamos.
Meses depois tento reestabelecer contato com ela pela internet e na verdade quem me responde é a namorada atual.

Depois disso, Silk nunca mais entrou em contato comigo.