
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Desse jeito assim, nesse mundo assim

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Tempo, tempo, mano velho

Depois de algum tempo, percebi o quão poderoso o TEMPO é.
Ontem Miq me mandou uma mensagem perguntando sobre o carnaval.
Percebi que há tempos atrás eu teria ligado correndo para dar satisfações ou mesmo para ouvir sua voz.
Terça-feira a noite, em um bar de quinta com Blond e Grela, Blond me pergunta se já esqueci Miq.
Respondo que passo dias e dias sem lembrar dela.
Percebo a força que esse cara, o tempo, tem e dou razão a frase que os mais velhos adoram usar: "o tempo é o melhor remédio". É, realmente é.
Ele te faz esquecer dores, situações, problemas e pessoas.
Claro, é preciso aceitá-lo, dar uma ajuda, senão de nada adiantará.
Pensando sobre ele, o tempo, percebi o quanto ele fez por mim nos últimos tempos e listei as principais percepções que ele me passou:
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Todo mundo quer alguém

Depois de ter se decepcionado muito, e achar que o mundo gay é uma bagunça e que as pessoas não prestam, você chega a pensar que estar solteira é a melhor e talvez a única opção que possa te fazer feliz.
Mas todo mundo quer alguém. Mesmo achando que não vai encontrar, você continua e continuará querendo.
Eu quero, você quer, todos querem.
Alguém pra ficar na cama falando besteira, alguém para um jantar romântico, alguém com quem se possa fazer sexo com amor e não só sexo por sexo.
Eu quero ser feliz, você quer, todos querem.
Alguém que te faça pensar que a felicidade só é completa com ela, alguém que te traga a felicidade como te traz o café da manhã na cama, alguém para abraçar e sentir a felicidade ali, acontecendo.
Eu quero alguém presente, você quer, todos querem.
Eu quero alguém que me acompanhe, alguém que me diga que estou bonita, alguém que sinta saudades da minha companhia, alguém que saiba o porquê de me admirar, de estar comigo.
Depois de algum tempo, percebi que precisaria estar com os pés no chão para poder fazer tudo isso dar certo.
É aí que você começa a colocar em prática todos os conselhos que seus amigos gays e héteros, pais e irmãos, te deram quando você sofria por alguém e não entendia nada do que eles falavam para você fazer diante daquela situação.
Se você souber jogar, não dará as cartas, não se mostrará 100% dela, não dirá que sente saudades e que ela não sai do seu pensamento por um só instante.
Se souber, poderá mantê-la mais próxima, não entregará o jogo e não fará tudo perder a graça.
Talvez você até se veja deixando de fazer sentido, mas nada do que estou falando deve ser generalizado. Apenas pense e reflita sobre tudo isso...
Se não der certo, ela não é a pessoa que serve pra você e você também não é a pessoa serve para ela.
Não ache que a vida te deu as costas, ela apenas está criando pontes mais seguras para que você possa fazer sua travessia...
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Como seria?

Os homens deveriam usar cuecas sem elástico (é irritante ser obrigada a olhar a forma como eles ajeitam o "negócio" por cima da calça)
Não ir trabalhar quando a cama não quer te largar e poder ser sincera ao telefone sem ser recriminada:
- Alô? Ó, hoje eu não vou trabalhar porque não estou com um pingo de vontade ok?
Ir até aquele mala da academia que pega a esteira que você mais gosta só para te irritar, dar uma voadora nele, subir em cima da mesma esteira e fazer tranquilamente sua corrida matinal.
Alguns objetos que eu acho que deveriam existir também:
Um controle remoto que colocasse no modo MUTE qualquer imbecil do seu trabalho que fale demais e que você ainda sim tem obrigação de aguentar.
Sapatos que encolhessem automaticamente os saltos no final do expediente e em seu lugar surgissem amortecedores para a sua caminhada habitual
Um controle instalado na sala de estar com todos os pequenos objetos da sua casa codificados a memoria.
Assim, se você pode perder a chave do carro e só digitar na tela: chaves do carro
Ele responderia: Entre as almofadas 3 e 4 do sofá da sala de TV
Pois é, seria bem bacana.
Uma vez ouvi algo como: O real sentido da vida consiste na luta pelos objetivos...
É, talvez...talvez...
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Eu não nasci de óculos, eu não era assim...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Ser lésbica ou não ser, eis a confusão...

Quando eu era mais nova, eu pensava que deveria existir algum tipo de pré requisito para ser lésbica.
Descobri que não. Não é algo que se possa definir, explicar ou mesmo escolher. Porém, existem coisas que toda mulher que gosta de mulher já fez ou já sentiu.
Algumas mulheres se descobriram cedo, outras mais tarde. Algumas se descobriram até mesmo depois de casadas e com filhos.
O engraçado é perceber que com qualquer mulher que você converse que tenha se descoberto há pouco tempo, ela sempre te dirá algo como:
"Ah, mas eu no fundo sabia que eu tinha um pezinho lá"
Veja se você também já fez alguma dessas coisas.
Se a resposta for sim para pelo menos 60% das perguntas, você precisa começar a se preocupar e a se preparar para viver o mundo preconceituoso que existe aí fora.
Marque 1 ponto para cada questão com a resposta SIM e descubra por si mesma.
Se sua maior pontuação prevalecer na primeira e na penúltima fase, você é muito lésbica!
Na infância
1. Quando você era pequena e começava a entender o que era gostar de alguém, se percebeu apaixonada por alguma garota ou amiga próxima?
2. Quando no seu prédio, condomínio, rua ou bairro, as crianças se juntavam para brincar e você via seus amiguinhos homens brincar de polícia e ladrão, você largava imediatamente sua Barbie e se juntava a eles?
3. Quando você corria feito doida brincando de pega-pega, esconde-esconde e afins e se machucava, era do tipo que ao invés de abrir a boca a chorar, se levantava, dava uma batidinha nos joelhos e já estava pronta pra outra?
4. Quando entrava na sala de aula aquela professora bonitona e inteligente, você sentia algumas leves e doidas borboletas voando na sua barriga?
5. Quando suas amiguinhas te cobravam um namoradinho, você achava detestável aquela coisa de namorar e dizia que você ainda queria brincar mais antes de ter qualquer coisa com qualquer garoto?
Na pré-adolescência
1. Adorava quando ia dormir na casa de alguma amiga e tomavam banho juntas?2. Quando uma amiga sua queria conversar e deitava no seu colo tagarelando sobre os meninos que ela gostava, você só sabia olhar pra ela e pensar que queria que ela chorasse as pitangas sobre você para alguém e não o contrário?
3. Contava para suas amigas que gostava de um menino, que elas nunca viram, dizendo que ele morava em outra cidade só para não correr o risco de ser "agitada" para o rapazinho?
4. Adorava brincar de médica com suas amiguinhas?
5. Quando começou a gostar de uma garota, todas as noites antes de dormir você imaginava como seria se rolasse um beijo entre você e ela?
Na adolescência
1. Quando assistia a algum filme erótico, pensava em como os caras desses filmes tinham sorte por poder tocar e dar prazer a mulheres como aquelas?
2. Depois de um certo tempo olhando para mulheres, você começou a se policiar para que elas não notassem o seu olhar diferente e percebessem o seu interesse?
3. Queria cada vez mais distância dos garotos e muito mais proximidade com as garotas?
4. Nunca conseguia ficar com um mesmo garoto durante muito tempo?
5. Descobriu a masturbação e a utilizou inúmeras vezes para saciar um pouco da sua vontade por alguma garota?
Na fase adulta
1. Transou com um cara, gostou mas sempre achava que faltava algo?
2. Beijou uma mulher e se sentiu péssima, mas depois acostumou com a idéia e não tira isso da cabeça?
3. Se interessa por baladas gays, não tem preconceito e acha que amar e ser feliz é o que importa?
4. Transou com uma mulher e ao comparar se percebeu preferindo muito mais a agilidade das mulheres na cama do que as de um homem?
5. Acha impressionante como suas amigas e outras mulheres entendem você e chega a pensar que uma relação com mulher daria muito mais certo do que com um homem?
Na velhice
1. Acha que vai viver muito bem a vida sem ter filhos?
2. Não se imagina de jeito nenhum com um homem, afinal você já sabe como é bom estar com uma mulher?
3. Fica extremamente irritada com o jeito como os homens, mesmo na terceira idade, olham safadamente para as mulheres?
4. Acredita que encontrará uma mulher que te fará feliz pelo resto da sua velhice, até que a morte as separe?
5. Se acabar por ventura tendo filhos e netos, se imagina ainda sim ao lado de uma outra mulher?
E aí?
Como você se saiu??
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Lésbicas do Zodíaco

- Sim, tudo... (ela olhando pros lados, fingindo desinteresse)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você insegura)
- Não, se quiser conversar vai ser aqui (ela ainda olhando para os lados)
Em uma discussão com uma geminiana ela vai soltar os cachorros em você, depois dirá que te ama e que você precisa entender o lado dela.
Conversando com uma geminiana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você, crente que tá abalando)
- Si-sim, tudo bem hihihih (ela com cara de desentendida e com vergonha)
-Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você ainda mais dona da situação)
- É....você que sabe...(ela, ainda sem muita opinião)
Cancerianas: Na cama, adoram que as toque. Gostam de se sentirem desejadas e amadas. Podem ficar numa boa sem transar.
- Oi tudo bem? (você numa boa)
- Tudo bem sim... (ela com brilho nos olhos)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você ainda numa boa)
- Sim! Claro que sim! Onde vamos?! (ela já querendo casar)
Conversando com uma virginiana em uma balada:
- Sim, tudo em perfeita ordem (ela respondendo com segurança e seriedade)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você sem desanimar com a super auto confiança dela)
- Mas aqui é melhor não está vendo? As mesas estão mais limpas e as cadeiras tem estofado novinho em folha (ela com o jeito de querer te trazer para o mundo harmonioso em que vive)
- Simmmmmmm, tudo bem (ela, já te puxando para dançar perto)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, meio sem graça, mas acompanhando o ritmo)
- Onde? No darkroom? Claro! (ela já te arrastando para a direção do quarto)
- Oi tudo bem? (você, achando ela um pouco isolada demais)
- Sim, tudo bem (ela, dançando como quem pensa ser Cindy Lauper)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, adorando o gingado dela)
- Sim, mas por obséquio, você não namora né? (ela se certificando de que você não será mais uma grande experiência por qual ela terá que passar)
Aquarianas: No sexo, ela prefere as posições e situações mais exóticas. Não vê a menor graça na cama, melhor dispensar o colchão ou qualquer coisa que a faça lembrar uma.
Conversando com uma aquariana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você)
- Sim, tudo bem, mas cuidado com o cigarro desse cara aí do lado, ele já me queimou 2x (ela, dançando e ao mesmo tempo te afastando do cara com o cigarrão ao seu lado)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, tentando se afastar do cara e falar mais perto do ouvido dela)
- Sim, enquanto vamos indo pra lá, vai me falando o que você faz, quantos anos tem e o que pretende da vida (ela já te pegando pela mão e levando para fora da pista)
Piscianas: Na cama, tem uma intensidade emocional enorme. São daquelas que fazem você amar o sexo-com-amor. Sabem dar um belo chute no traseiro do dia pra noite sem deixar marcas.
Em uma discussão com uma pisciana você se irritará com a maneira como ela conseque te dominar. Concordará sempre com você em todas as questões, mas ao mesmo tempo fará você se sentir uma idiota por não concordar com as dela.
Conversando com uma pisciana em uma balada:
- Oi tudo bem? (você comumente)
- Sim, tudo ótimo! (ela com todo gás)
- Tá afim de conversar, ir pra outro lugar, sair daqui? (você, gostando da recepção dela)
- Sim, claro! Depois podíamos ir para a lounge também o que acha? (ela já querendo estender o momento)
sábado, 14 de fevereiro de 2009
O mundo gay masculino
Um dia, claro, você encontrará a pessoa que será capaz de te fazer feliz durante toda uma vida.
Até lá você terá muitos relacionamentos, se decepcionará muitas vezes, será usado, enganará e será enganado.
Lembro de na minha adolescência, gostar de uma amiga e me recordo bem do quanto era bom ser mulher dentro daquelas circunstâncias.
Dormíamos juntas, nos abraçavamos, nos beijavamos, fazíamos cafuné uma na outra. Tudo isso sem levantar qualquer suspeita diante do mundo hétero.
Quando comecei a conhecer homens gays, percebi o quanto era difícil para eles tudo isso.
O homem deve ser sempre homem, ter postura de homem diante a sociedade.
O vídeo a seguir, mostra toda uma trajetória de um garoto que desde pequeno se percebe diferente dos outros até a hora em que ele encontra essa tal pessoa...
É difícil se viver no mundo gay, mas não precisamos complicar.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
O senhor Orgasmo

Vim falar hoje aqui sobre o Sr. Orgasmo.
Quando o conheci, tinha apenas 11 anos, foi dentro de um banheiro.
A príncipio procurava por ele, mas quando ele vinha me arrependia de tê-lo encontrado.
Passei 4 anos esperando que essa sensação fosse embora.
Na minha adolescência, ao contrário do que pensava, descobri que quase ninguém conhecia esse senhor. Algumas amigas achavam que o conheciam, mas não faziam a mínima idéia de quem ele era de verdade.
Mais alguns anos e percebo me apaixonar por ele.
Passo a ter medo dele.
Medo que ele me faça perder a linha, medo que ele me torne dependente.
Toda vez que queria não tê-lo tão presente, ele vinha, me acalmava, me deixava trazia estado de transe e fazia com que eu me arrependesse de todos os pensamentos de tentar afastá-lo.
Passei a aceitá-lo na minha vida com mais frequência até que ele se cansasse de mim e passasse a me ver por períodos menores e em grande espaço de tempo.
Não adiantou, ele continuou presente e teimava em voltar.
Hoje cheguei a conclusão de que ele não é tão mal.
É até super legal com minhas namoradas e ficantes. Vem sempre no último instante, mas sempre vem visitá-las.
Quando não consigo dormir, procuro por ele e ele me faz ter uma boa e longa noite de sono.
Encontro com ele e minhas pernas tremem, fico fraca, sinto meu coração acelerar, minha respiração descontrolar e me entrego...
Ele não me faz mal, não é um mal amigo. Quando preciso dele, ele sempre se mostra disposto a me encontrar, me acalmar, me trazer as mesmas sensações.
Não o questiono mais e nem pergunto mais a ele porque ele é tão bom pra mim sem ter nada em troca. Ele simplesmente é! Cada vez melhor....
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
É a vida...

Uma coisa da qual me orgulho é a minha falta de ciúmes.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Big Problem

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Domingo/Segunda

Às 5h20 da manhã meu celular me despertou. Acordei até que bem, me troquei, arrumei minhas coisas e fomos para academia eu e Guim.
Chegando lá, as mesmas músicas tocando de novo. Guim falava: "ai que música irritante!"
Alguns aparelhos estavam em "manutenção" então tivemos que substituir alguns exercícios por outros mais chatinhos.
Lá vamos nós deitar nos colchonetes, colocar pesinhos nas canelas e levantar as pernas...1...2...3...4..5...6...7...8...9...10...11...12....troca de lado e 1...2...3...4...5...6...7...8...9...10...11...12...e troca de lado de novo e ouço Guim gritar: "vamos nos atrasar hoje"
Entramos no vestiário hiper lotado.
Eu e Guim tomando banho enquanto uma senhora fica olhando pra mim com cara de: "ó, também preciso de tomar banho viu?"
Não sei de onde saiu tanta senhora.
Fala sério, nós precisamos malhar, tomar banho e ir trabalhar, porque essas senhorinhas não vão cuidar da saúde delas lá pelas duas horas da tarde?
Sem falar que essas senhorinhas tem cada mania. Como, tomar banho no mesmo chuveiro, usar exatamente o mesmo espaço da bancada, dobrar a toalha de um jeito tal, falar sobre como o tempo está e como os jovens são assim e assado. Sempre o mesmo papo.
Tomamos banho correndo, porque como sempre, nos preocupamos em não incomodar e não atrapalhar os outros.
Nos vestimos correndo e saímos atrasadas. Como sempre.
Entrei no ônibus e pude sentar, mas no reservado. Ali fiquei, lendo meu livro por pelo menos uns 5 ou 6 pontos.
Sobe uma grávida. Cedo meu lugar para ela e continuo a ler em pé.
Passado dois pontos um amontoado de gente que não sei se onde surgiu se aproxima do ônibus.
Várias pessoas querem entrar ao mesmo tempo naquela portinha minúscula.
O ônibus simplesmente para e não anda mais.
Eu, com toda boa vontade do mundo me espremo para dar passagem, mas ali eu fico.
As pessoas não entendem que eu me espremi só para que passassem e não para ficar naquela posição ridícula durante todo o percurso.
Bom, tudo bem que não consegui mais ler o livro e tive que ficar prestando atenção na cara feia das pessoas, refletindo sobre o mau-humor de cada uma e sobre o meu que só aumentava.
Desci do ônibus e percebi estar 15 minutos atrasada.
Entrei na drogaria, comprei umas coisinhas que precisava, esbarrei num cara grosso que passava na rua e que sequer foi capaz de pedir desculpas, atravessei a rua correndo antes que algum dos carros com seus motoristas apressadinhos me atropelasse e não me deixasse terminar de viver minha segunda-feira estressante, cheguei à empresa, dei meu bom dia como faço todos os outros dias para os porteiros, subi e aqui estou eu tentando ficar com menos raiva do péssimo início de dia que estou levando.
Ok, ok! Vou parar de reclamar. Afinal, o desabafo aqui já valeu.
Mudando de assunto, agora quero falar sobre Juno.
Ontem eu deveria ter ido ao Bar GLS que toca samba aos domingos com os amigos, mas o céu ameaçou despencar e resolvi ficar em casa.
Sem falar que só não caiu porque fiquei em casa porque São Pedro tem uma perseguição comigo que só vendo.
Acho que ele me vê sair do trabalho e diz coisas como:
"Aháaaaa a Guima vai sair do trabalho, chuva nela", "A Guima está cansada, quer só descansar? Então chuva nela", "A Guima vai sair para distrair, namorar, se divertir? Chuva nela!"
Para não passar a noite a toa, fui a locadora de vídeo buscar algum filme.
Como sempre, parei na frente das prateleiras procurando algo interessante sem achar um vídeo que me chamasse a atenção.
É sempre assim, quando estou em casa penso em uma porção de filmes que quero assistir mas é só chegar na locadora que todos eles somem da minha mente.
Foi quando Guim falou repentinamente:
- E Juno?
- Ótima escolha Guim! Vamos levar!
O filme mexeu de tal maneira comigo que me sentei na sacada ao final de tudo e me veio uma vontade enorme de chorar, mas não de tristeza, de emoção, felicidade, sei lá.
Ou de TPM mesmo.
Litti, aquela garota que conheci aquele domingo no Bar GLS que me disse que se eu gostava do meu pai é porque meu pai era realmente uma boa pessoa, veio me visitar.
Ficamos conversando um pouco no carro e me veio uma vontade de falar sobre o filme pra ela, mas ao mesmo tempo meus olhos se enchiam de lágrimas. Fiquei envergonhada e tentei segurar. Ela me incentivou a chorar de uma vez, me abraçou e me senti pela primeira vez, confortavelmente bem para chorar no colo de alguém a quem conheço há menos de 2 meses.
Fui dormir feliz e mesmo com essa manhã de segunda-feira chata e estressante, não existe um único motivo que possa me deixar triste....apenas estressada...
Desde ontem a noite pensei em postar esse vídeo, final do filme Juno.
Para quem não entende muito de inglês, procurem ver a tradução dessa música e entenderão porque chorei.
Anyone Else But You
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Sobre isso e aquilo

Perguntei até que horas ele daria assessoria para os alunos e ele me respondeu que todos os dias ficava on até as 2 horas da madrugada.
Fizemos uma brincadeira sobre ele não ir dormir cedo e acabar deixando de assessorar a própria esposa.
Ele respondeu:
"Faz 25 anos que conheço minha mulher, 20 anos que estou casado e 18 anos que estou de saco cheio dela"
Aproveitando a conversa ele desabafou sobre os anos que vinha vivendo ao lado da mulher.
- Botem uma coisa na cabeça de vocês. Não existe felicidade no casamento.
- Existe sim, meus pais são felizes e eu tenho certeza disso - eu disse
- Gui, uma coisa é o que os seus pais são na sua frente e na frente dos seus irmãos, outra coisa é o que eles são entre quatro paredes. E eu não estou falando de sexo.
Percebi o quão desacreditado da vida esse cara está.
Mesmo assim, o que ele disse me fez refletir sobre o quanto deixamos as desilusões que já passaram nos tornarem durante a vida toda frios, amargurados e desacreditados.
Pensei: "será que as pessoas que existem com a índole dos meus pais se perderam pelo mundo?"
Tendo parado pra pensar em tudo isso, comecei a trazer aos pensamentos as pessoas que tem surgido em minha vida.
Não, não se esgotaram e nem se perderem pelo mundo. Estão mais próximas de mim do que eu posso querer perceber.
Elas estão tentando me mostrar serem pessoas legais, pessoas que me fariam felizes e eu estou na defensiva, me desviando o tempo todo de tudo o que elas possam querer fazer por mim.
Quero abrir a porta...
Juro que vou me esforçar...devagar, aos poucos, mas vou tentar...
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Um nada do tudo

Quando ouço me lembro de quando era mais nova e fazia frio no mês de julho.
Morávamos em um condomínio muito grande, com muito verde, muitas árvores e por isso muito mais vento e umidade.
Os dias de frio lá, eram ainda mais frios.
E eu sempre gostei do frio, sempre.
Me sentava sozinha na beirada da escada próxima a piscina e fumaça meu cigarro deliciosamente.
O clip que apresento aqui hoje pode parecer irônico, já que falo tanto sobre o frio e o nome da música na verdade é Sol Radiante, porém, essa música sempre me levou aos lugares mais inóspitos e já que compartilho tanto de mim aqui, eis mais um pedacinho, uma pequena parte do meu íntimo.
Há alguns anos procurei o clip dessa música pela internet e percebi o quanto me fazia bem não só escutar como ver e poder assimilar cada cena.
A minha parte favorita é a do minuto 1:53 ao 2:13....
Apresento à vocês: Glósóli de Sigur Ros. Grande banda islandesa...
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Akik

Porém Akik era muito diferente de mim, ela não sabia se queria estar com uma mulher ou não.
Havia tido muitos relacionamentos héteros e até eu já não botava muita fé na gente.
Estando já acostumada a relacionamentos instáveis, não fiquei me apegando muito a situação e já esperava pelo pior.
Tivemos uma conversa séria em uma das brigas pela última vez. Eu dizia que ela poderia me ganhar muito fácil como me perder em um instante.
No dia seguinte Akik ficou nervosa por não encontrar um clube onde eu participava de um churrasco com Guim e onde ela iria me pegar.
Foi o último dia do nosso namoro e minha última namorada também.
Mas foi especial, foi legal e foi um aprendizado como com todas.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Lion

Quando terminei com Miq não via a hora de me apaixonar por alguém de novo.
Sabia que não seria fácil, mas sabia que não seria impossível.
Muitos meses depois do meu término com Miq, entro um dia no meu orkut e vejo um depoimento: "Olá, eu sou amiga da Greck e queria te conhecer. Te achei muito bonita..." blá blá blá.
(Greck foi a amiga de River que me consolou na porta da balada quando fui chifrada) Sim, o mundo gay é muito pequeno.
Quando li o depoimento de Lion não dei atenção.
Na época eu ficava com uma garota muito bacana e não queria ficar dando bola à toa assim para qualquer uma.
Essa garota muito bacana parou de me procurar de repente e foi então que aceitei conhecer Lion.
Conversamos primeiramente por e-mail, depois por MSN e depois telefone.
Marcamos um encontro depois de 2 semanas de contato.
Como sempre, no encontro, eu falei durante a noite toda. Nesse encontro descobri que Lion tinha uma filha. Logo imaginei que pudesse ser complicado ter qualquer coisa com ela.
Na mesma noite eu esperava meus amigos chegarem: Tur, Blond, Dior e Grela.
Assim que eles chegaram Lion precisou ir embora, pois sua filha estava na casa do irmão com 39 graus de febre. A levei até um ponto próximo e demos um beijo inesperado.
Nem eu e nem ela esperávamos por aquilo.
Que erro.
Nos dias seguintes, passei todos os dias vendo apartamentos com meus pais e não entrava em contato com ela nem por telefone e nem por e-mail.
Ela me enviou algumas mensagens pedindo para que eu a visse de novo e conversasse para tirar a má impressão.
Eu não queria mesmo. Não senti click, não foi legal e ainda tinha o problema da filha dela.
Enfim, não estava afim, não estava preparada.
Ela continuou insistindo tanto, mas tanto que resolvi sair com ela mais uma vez.
Fui encontrá-la em um bar.
Lion, de pele bem clara, cabelos castanhos e leonina com todas as letras, estava mais bonita, muito mais atraente, mais feliz e menos introspectiva.
Ela me contou mais sobre ela, sobre a vida dela.
Cheguei a pensar: "é, talvez o primeiro dia eu não estivesse em um dia bom pra conhecer alguém"
Comecei a liberar espaço para ela entrar na minha vida.
Tudo dependeria dela.
Não namoramos, ela pediu diversas vezes, mas como eu sempre dizia, não estava preparada. Porém, eu sempre a tratei como tal. Não fiquei com outras garotas e não dei chances para que acontecesse nada que fizesse com que eu me envolvesse com outro alguém.
No dia em que dormi na casa dela pela primeira vez, desejei que sua filha não estivesse lá:
"Tomara que eu não tenha que ser babá de nenhuma criança"
No aniversário de Lion, em agosto, a levo para jantar.
Mais tarde Greck e a namorada chegam trazendo a filhinha de Lion, Aninha.
Me apaixonei no primeiro instante. Queria apertar, morder, ficar abraçada.
Fui pra casa pensando: "Que estranha essa sensação. Eu nunca gostei de criança...."
Bom, não sei qual a explicação para isso mas sei que Lion marcou minha vida por ter me mostrado o outro lado da moeda.
Descobri que faria de tudo para proteger aquela criança.
Descobri que não achava ruim de ter que levantar no meio da madrugada pra ficar com ela
Descobri que sei amar, mas que sei dar broncas também.
Descobri que me importava com a pessoa que ela pudesse se tornar quando crescesse.
Descobri que se fosse mãe um dia eu seria uma boa mãe...
Passei a querer ver Lion só quando ela estivesse acompanhada com Aninha.
Passava a semana pensando no que faria para e com Aninha no fim de semana.
Não queria mais ver Lion pegar ônibus e metrô para passear com Aninha e passei a atravessar a cidade para poder tirá-las desse desconforto.
Eu gostava de ver Aninha dormir. Eu gostava de ver Aninha se lambuzar com a margarina e fazer aquela bagunça pra comer.
Eu gostava de vê-la com outras crianças. Eu gostava de imaginar o que ela poderia ser quando crescesse.
Acordei diversas vezes durante a noite para saber se estava tudo bem, se ela estava coberta, se estava em uma posição confortável, se estava dormindo mesmo.
Foi uma experiência fora do comum. Pelo menos pra mim, que achava que amaria apenas os cachorros para o resto da minha vida e que seria incapaz de ser mãe algum dia.
Lion entrou em minha vida e mudou todo um contexto que eu tinha sobre esse mundo:
Ser mãe!
Eu fui mãe, em pouco tempo mas fui.
Precisei cortar laços com Lion quando me percebi sem interesse nela e interesse demais em Aninha.
Percebi que quanto mais prolongasse a relação, mais apegada eu ficaria.
Terminei meu "namoro" com Lion num domingo enquanto as levava para casa.
Voltei pensando, imaginando o quanto seria ruim ficar sem minha filha postiça.
Quando caí na real, sentei em minha cama, mergulhei meu rosto entre minhas mãos e chorei.
Lion tentou chantagear a presença de Aninha para poder me ver algumas vezes afinal, toda a minha família queria Aninha por perto.
O tempo passou e eu as vi pela última vez no aniversário de Aninha, em outubro.
Aninha quase não me reconheceu.
Lion me mandou algumas mensagens dizendo que Aninha perguntava por mim, mas já não sei mais se é verdade ou se é um jogo de Lion.
Hoje olho mais para as crianças e os filhos dos outros.
Hoje lembro de Aninha com muita saudade.
Não sei se geraria um filha, mas eu sei que seria uma ótima segunda mãe para qualquer criança.
Lion namora atualmente e provavelmente agora Aninha esteja acostumada a sua nova segunda mãe e nem se lembre mais de mim.
Sorte de quem poderá amar Lion e Aninha ao mesmo tempo.
Quisera eu ter tido essa sorte...
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Miq

domingo, 1 de fevereiro de 2009
Silk

Sofri por não ter percebido o óbvio e por ter acreditado tanto no que não era verdade.
Não me permiti conhecer ninguém, fiz algumas baladas sozinha com os amigos, mas já não acreditava que pudesse encontrar alguém que fosse incapaz de me enganar.
Um dia, no final de noite de um samba de domingo em um bar GLS com Blond, um rapaz me cutuca os ombros. Olho para trás e um garoto alto me sorri dizendo que sua amiga quer me conhecer.
- Só conhecer né?
- Sim, claro, só conhecer
Os dois, o garoto alto e a amiga que queria me conhecer, tinham tal energia e envolvimento que simpatizei de imediato com eles.
No final da noite Blond e eu trocamos e-mails, telefones e orkut com os dois.
Algumas semanas se passaram e então esse garoto me manda uma mensagem dizendo que preciso conhecer uma pessoa que tem tudo a ver comigo.
Ele me passa o msn dela e de cara na primeira conversa trocamos telefones. Fico dias e dias conversando todas as noites por horas e horas com Silk, sempre ouvindo ao fundo Guim gritar: "Guima, sai desse telefone!"
Marcamos de nos conhecer.
Blond vai comigo, pois tem um encontro também no mesmo dia e lugar.
Passamos para pegar Silk.
Lembro da primeira vez que a vi.
Magra, cabelos castanhos longos e olhos muito, muito azuis.
Fomos conversando no carro eu, ela e Blond.
Chegamos ao famoso bar onde eu sempre levava minhas ficantes.
Lá o pretendente de Blong chega com alguns amigos e eu e Silk damos o nosso primeiro beijo.
Na volta pra casa Blond me diz: "Vocês não vão namorar? Acho que vocês deviam namorar"
Alguns dias depois passo a frequentar muito a casa dela. Seus pais sabem da sua "opção" e me recebem sempre muito bem. Me sinto a vontade e passo a dormir todos os fins de semana e os dias da semana que consigo com Silk.
Com o tempo Silk me mostra ter muita imaturidade, insegurança e desconfiança.
Todo o meu encanto vai por água abaixo quando percebo que a vivência de Silk jamais seria a minha vivência.
Silk ficou na minha vida durante um mês e me sufocou logo nos 3 primeiros dias.
Algum tempo atrás nos reencontramos e ficamos.
Meses depois tento reestabelecer contato com ela pela internet e na verdade quem me responde é a namorada atual.
Depois disso, Silk nunca mais entrou em contato comigo.