
Às 5h20 da manhã meu celular me despertou. Acordei até que bem, me troquei, arrumei minhas coisas e fomos para academia eu e Guim.
Chegando lá, as mesmas músicas tocando de novo. Guim falava: "ai que música irritante!"
Alguns aparelhos estavam em "manutenção" então tivemos que substituir alguns exercícios por outros mais chatinhos.
Lá vamos nós deitar nos colchonetes, colocar pesinhos nas canelas e levantar as pernas...1...2...3...4..5...6...7...8...9...10...11...12....troca de lado e 1...2...3...4...5...6...7...8...9...10...11...12...e troca de lado de novo e ouço Guim gritar: "vamos nos atrasar hoje"
Entramos no vestiário hiper lotado.
Eu e Guim tomando banho enquanto uma senhora fica olhando pra mim com cara de: "ó, também preciso de tomar banho viu?"
Não sei de onde saiu tanta senhora.
Fala sério, nós precisamos malhar, tomar banho e ir trabalhar, porque essas senhorinhas não vão cuidar da saúde delas lá pelas duas horas da tarde?
Sem falar que essas senhorinhas tem cada mania. Como, tomar banho no mesmo chuveiro, usar exatamente o mesmo espaço da bancada, dobrar a toalha de um jeito tal, falar sobre como o tempo está e como os jovens são assim e assado. Sempre o mesmo papo.
Tomamos banho correndo, porque como sempre, nos preocupamos em não incomodar e não atrapalhar os outros.
Nos vestimos correndo e saímos atrasadas. Como sempre.
Entrei no ônibus e pude sentar, mas no reservado. Ali fiquei, lendo meu livro por pelo menos uns 5 ou 6 pontos.
Sobe uma grávida. Cedo meu lugar para ela e continuo a ler em pé.
Passado dois pontos um amontoado de gente que não sei se onde surgiu se aproxima do ônibus.
Várias pessoas querem entrar ao mesmo tempo naquela portinha minúscula.
O ônibus simplesmente para e não anda mais.
Eu, com toda boa vontade do mundo me espremo para dar passagem, mas ali eu fico.
As pessoas não entendem que eu me espremi só para que passassem e não para ficar naquela posição ridícula durante todo o percurso.
Bom, tudo bem que não consegui mais ler o livro e tive que ficar prestando atenção na cara feia das pessoas, refletindo sobre o mau-humor de cada uma e sobre o meu que só aumentava.
Desci do ônibus e percebi estar 15 minutos atrasada.
Entrei na drogaria, comprei umas coisinhas que precisava, esbarrei num cara grosso que passava na rua e que sequer foi capaz de pedir desculpas, atravessei a rua correndo antes que algum dos carros com seus motoristas apressadinhos me atropelasse e não me deixasse terminar de viver minha segunda-feira estressante, cheguei à empresa, dei meu bom dia como faço todos os outros dias para os porteiros, subi e aqui estou eu tentando ficar com menos raiva do péssimo início de dia que estou levando.
Ok, ok! Vou parar de reclamar. Afinal, o desabafo aqui já valeu.
Mudando de assunto, agora quero falar sobre Juno.
Ontem eu deveria ter ido ao Bar GLS que toca samba aos domingos com os amigos, mas o céu ameaçou despencar e resolvi ficar em casa.
Sem falar que só não caiu porque fiquei em casa porque São Pedro tem uma perseguição comigo que só vendo.
Acho que ele me vê sair do trabalho e diz coisas como:
"Aháaaaa a Guima vai sair do trabalho, chuva nela", "A Guima está cansada, quer só descansar? Então chuva nela", "A Guima vai sair para distrair, namorar, se divertir? Chuva nela!"
Para não passar a noite a toa, fui a locadora de vídeo buscar algum filme.
Como sempre, parei na frente das prateleiras procurando algo interessante sem achar um vídeo que me chamasse a atenção.
É sempre assim, quando estou em casa penso em uma porção de filmes que quero assistir mas é só chegar na locadora que todos eles somem da minha mente.
Foi quando Guim falou repentinamente:
- E Juno?
- Ótima escolha Guim! Vamos levar!
O filme mexeu de tal maneira comigo que me sentei na sacada ao final de tudo e me veio uma vontade enorme de chorar, mas não de tristeza, de emoção, felicidade, sei lá.
Ou de TPM mesmo.
Litti, aquela garota que conheci aquele domingo no Bar GLS que me disse que se eu gostava do meu pai é porque meu pai era realmente uma boa pessoa, veio me visitar.
Ficamos conversando um pouco no carro e me veio uma vontade de falar sobre o filme pra ela, mas ao mesmo tempo meus olhos se enchiam de lágrimas. Fiquei envergonhada e tentei segurar. Ela me incentivou a chorar de uma vez, me abraçou e me senti pela primeira vez, confortavelmente bem para chorar no colo de alguém a quem conheço há menos de 2 meses.
Fui dormir feliz e mesmo com essa manhã de segunda-feira chata e estressante, não existe um único motivo que possa me deixar triste....apenas estressada...
Desde ontem a noite pensei em postar esse vídeo, final do filme Juno.
Para quem não entende muito de inglês, procurem ver a tradução dessa música e entenderão porque chorei.
Anyone Else But You
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