terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Não Tão Anônima assim...



Acho que me torno cada vez menos anônima aqui. O que é um perigo diante dos seres humanos críticos, preconceituosos e perigosos que vivem no mundo afora.

Tudo bem, eu também tenho meus preconceitos, mas tento vencê-los.

Como por exemplo, detesto quando algum evangélico quer me converter, me fazer acreditar na religião dele. O que ele não sabe é que eu acredito na religião dele, não acredito é nele!

Ou quando alguém quer discutir política e já vou logo dizendo: "não discuto política, nem religião e muito menos futebol"

Política e religião pelo mesmo motivo: cada um acha que tem a sua razão, que a sua religião é a plena verdade sobre a vida, que o seu candidato é o melhor e é o que deveria receber mais votos.

E futebol porque simplesmente detesto!

Detesto ver meu irmão assistindo aqueles jogos onde você não sabe quem é quem porque quase todos são iguais e ainda usam o mesmo uniforme!

Fico pensando: eles bem que poderiam personalizar suas camisas e bermudas assim como a gente faz quando vai em alguma micareta.
Acho que ficaria mais fácil de identificar quem é o Robinho, o Ronaldinho, o Juninho e os outros inhos.

Tudo bem, não é sobre isso que vim falar, afinal todos os meus posts são meio malucos né? Eu começo com um assunto e termino com outro totalmente diferente.

Mas aí vai um pouco mais de Guima:

Onde está a sua cara-metade? Vai se lá saber se ela existe

A cor do seu cabelo? Castanho claro, ou seria escuro? Ou médio? Não sei.

Sua mãe? A melhor, a mais irritada, a mais paciente, a mais exagerada, a mais cuidadosa

Seu pai? Meu herói, minha base, meu exemplo, minha veneração

Seus objetos favoritos? Meu note, meus celulares

Seu sonho na noite passada? Um sonho doido de ter sido sequestrada. Eu e minha irmã, mas
fomos sequestradas por pessoas super legais que nos deixavam assistir TV e ficamos num cativeiro quase vizinho ao nosso apê

Seu objetivo? Ficar rica e ainda sim ser bacana e humilde

Onde você está? Office

Seu hobby? Blog, orkut, instalações, desinstalações, photoshop, papear, curiosidades, filmes doidos e livros mais doidos ainda.

Seu medo? Virar uma velha chata, inconveniente e rabugenta.

Raça de cachorro: todos e vira-latas também!

Onde você quer estar em 6 anos? No meu próprio apartamento

Que nome daria ao seu filho? Guilherme

Que nome daria a sua filha? Patricia

Que parte da sua infância se tornou mais marcante? Quando viajamos todos (pai, mãe e irmãos) do Sudeste ao Nordeste, passando por várias cidades!

Onde você estava na noite passada? Em casa

O que fez na noite passada? Assisti novela, briguei com minha mãe, refleti, dormi.

O que você não é? Sou tudo e mais um pouco.

A última coisa que fez? Digitei a linha acima

O que está vestindo? Social

Sua TV? Que seja TV a cabo, senão não aguento

Seus animais de estimação? Morreram

Seu computador? Meu companheiro

Seu estado de espírito? Ansiosa

Sentindo falta de alguém? Constantemente

Seu chaveiro? Não me desfaço deles

Algo que você não está vestindo? Chinelo

Loja favorita? MegaStores, lojas de eletrônicos

Seu verão? De onde vem as melhores lembranças

Ama alguém? Ainda.

Cor favorita? Verde! Forever! Não sou palmeirense hein!

Última vez que sorriu? A todo momento

Mas qual foi a última vez?! Há 1 minuto atrás

Última vez que chorou? Semana retrasada

Por quê? TPM, sei lá.

Você se considera...? Louca, egoísta, impaciente, desastrada, objetiva, desmemoriada, curiosa, ambiciosa, meio bonita, meio feia, mão-aberta, amante de tudo e de todos, segunda ovelha negra da família, bem resolvida, caridosa, mimada, chata, emotiva...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

A segunda-feira mais árdua



Hoje é a segunda-feira mais chata para mim. A primeira segunda-feira pós férias!

Putz, como é ruim! Ter que levantar cedo, lembrar que se tem um monte de coisas para resolver no trabalho etc etc.

Sim, é ruim, no entanto eu vim trabalhar muito bem. Olhei melhor a cidade, admirei as construções, refleti sobre as pessoas, tive nojo da sujeira que elas fazem nas ruas.

Bom, voltei a trabalhar e a rotina voltou.
Aquele monte de coisa pra resolver, aquele monte de gente chata.
O que me deixa feliz é a idéia de que daqui a 2 dias embarco para o Sul para passar o Reveillon.

Hoje cheguei do trabalho e ainda estava claro (coisa rara), sentei-me na sacada e olhei o trânsito passar.
Motoristas buzinando insistentemente para o farol verde que mal abriu. Acredito que se pudessem passariam uns por cima dos outros. Até como eu mesma penso em fazer quando estou entre eles.

Terminei meu livro e estou louca a procura do outro do mesmo autor.
O outro é tão bom, mas tão bom que eu não acho em lugar nenhum!!!!

Fiquei aqui pensando sobre 2009...O que esperar de 2009? Nada, eu não espero nada desse novo ano. O que eu espero é de mim!
Espero ser uma pessoa melhor, menos estressada, mais amiga, mais compreensiva, mais tranquila, com menos medos.

E que venha 2009, com mais 365 novos dias para mudarmos todas as nossas manhãs para dias melhores.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Sexta-feira chuvosa....quase sem inspiração...



Hoje é sexta-feira à noite. Na verdade já é sábado 0h14.

Dormi ontem na casa de um amigo. Assistimos a filmes, comemos o famoso macarrão dele e dormimos no meio de um dos vários filmes que assistimos. Depois fomos todos para o quarto dormir.Acordei hoje às 13h da tarde.
Levantamos, batemos papo, demos risada, almoçamos de novo e quando vimos já eram 19h!!!Uau!!!! Passou voando!

Nem acredito que estamos fazendo isso por dias e dias sem gastar um centavo a não ser com gasolina para nos encontrarmos.
Mas como tem sido delicioso desfrutar desses momentos. Rir e rir, assistir a um filme dramático e rir mesmo assim porque sempre um de nós fala alguma besteira bem idiota e mesmo assim é motivo pra morrer de rir.

Voltei pra casa e encontrei os 3 casais de sempre: meu irmão&noiva, minha irmã&namorado e claro, meus pais.Aí de repente dá uma vontade de fugir disso tudo e voltar a assistir aquela porção de filmes em meio as gargalhadas.Esquecer que se está sozinha, que não tem ninguém pra sossegar o facho em casa e me unir aos outros 3 casais de sempre.

Se pudesse, fugiria agora, mas amanhã tenho unha logo cedo e vou estar podre demais pra voltar pro meu bairro.Bom, tenho outros meios: meu livro, um filme doido na TV ou ver as panaquices da minha irmã com o namorado, dá pra rir bastante.Vou escolher a primeira opção. Preciso terminar e entrar naquele mundo que não é mundo!E aliás, que mundo doido! Mas me faz achar que esse mundo aqui é bem melhor e mais seguro! Por isso gosto daquele autor e prometi a mim mesma que vou ler todos os livros dele.

Estou aqui digitando enquanto minha irmã e o namorado estão deitados na cama e ela tenta bater o record de um jogo do celular dele.
Ele, claro, não quer que ela bata seu record então fica enchendo o saco dela jogando um bicho de pelúcia que ela ama na frente da tela. É, he-he-he, tão bonitinho ver os outros assim.
E sabe qual o pior de tudo isso? O pior é ficar deprê por não ter alguém, mas saber que assim que eu encontrar vou sentir faltar de ser livre de novo.
Será que eu sou louca??
Será que eu preciso mesmo de alguém?
Será que existe algum tipo de ser humano que você possa programar pra quando se quiser abraçar, beijar, assistir a um filme, transar, gargalhar, sentir ciúmes e etc?
Seria legal se sim.
Ou não??
É, não sei...

Amiga, você disse que falar com você me traria inspiração.

Olha aí, meu texto aumentou um pouquinho. Quem sabe amanhã eu reedite e tenha algo mais a dizer sobre todos esses pensamentos loucos.

Enquanto isso, papearemos mais, faremos mais planos, lerei meu livro e terei bons sonhos....Renovada estarei pela manhã!
À você minha amiga perto/distante (do coração!)
Essa música é pra vc porque sei que lembra de mim e eu tbm lembro de vc!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Guima Natal

Hoje é Natal ho ho ho!!

Dia em que as famílias se unem. Que descobrimos quem tirou quem no amigo secreto, que desejamos feliz natal, felicidades, tudo de bom e blá blá blá.

Infelizmente hoje eu vi o quanto minha família está cada vez mais distante.

Minha mãe tem três irmãos. Desses três, todos são divorciados, mas todos tem filhos.
É péssimo ver o pouco tempo que tenho com meus primos no dia de Natal.

Fico pensando que talvez se ninguém se separasse, se as pessoas se casassem para viver uma vida inteira juntas, hoje, nesse dia de Natal, estaríamos todos aqui juntos. Seja dando risada, contando piada ou só mesmo empanturrando a barriga.
No entanto, nem todos os meus primos vem pra cá hoje.
Pois é, eles fazem revezamento entre estar com o pai em um Natal e com a mãe no outro do ano seguinte.
É aí que agradeço a Deus por ter os pais que tenho.
Duas pessoas que se amam, que se completam e que se admiram. E é daí, desse relacionamento entre os dois, que vejo o quanto é possível sim viver com alguém durante uma vida toda.

Dormir e acordar todos os dias com a mesma pessoa e continuar admirando, continuar amando, continuar transando com a mesma vontade, continuar sendo companheiro, cúmplice, amigo.

Às vezes penso se esses meus primos, nos quais os pais são separados, tem a mesma percepção que eu em relação ao amor ou se serão como os pais deles: simples divorciados.

Esse Natal é apenas mais um dos muitos que sei que vou passar sozinha.
Sou gay, sou assumida, mas sou gay.

A vida gay é difícil.
Difícil não é fazer alguém entender que você gosta de outro alguém do mesmo sexo, mas mais difícil é te verem e te considerarem um casal comum.
Como dizia Lulu Santos: "assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade"

Quem sabe um dia eu possa trazer minhas namoradas para passar os Natais e Reveillons comigo como qualquer outro casal heterossexual. É, quem sabe.
Isso vai demorar, mas vai acontecer no momento que tiver que acontecer, não tenho pressa.
Enquanto isso, estou eu aqui me permitindo tomar cervejas e cervejas até ficar meio lenta, meio dispersa e poder esquecer essas besteirinhas que passam pela minha cabeça nesses dias comemorativos. Eu mereço vai, fiquei um tempão sem tomar refrigerante, comer no McDonald´s e com isso perdi 6kg em menos de um mês e meio.

Às vezes me considero muito dramática e às vezes acho que sou positiva demais!
Pois é, hoje é um desses dias em que estou sendo dramática.

Não tenho me reconhecido mais. No último Natal, sentei na cadeira da sacada do apartamento da minha vó e chorei. Chorei por estar sozinha, chorei por ver todo mundo com alguém e só eu estar solteira. Hoje sinto falta sim, mas estou bem, me sinto bem, sou feliz, me sinto mais bonita e mais segura. Hoje eu sei que não preciso de outra metade para me sentir completa. Eu sou completa.

E o Natal passou e acabou, e aquele monte de comida sobrou.

Desci pra buscar minha amiga e o namorado na portaria do prédio e vi que tinha um porteiro trabalhando e que eu não precisava ter descido.
Poxa!! Não precisava disso! Deixasse o cara passar a véspera com a família dele pombas!!
Onde é que está o espírito natalino dessas pessoas nesse prédio??

E acabou, e hoje já é dia 25 e eu estou aqui escrevendo, desabafando e colocando os pensamentos pra fora.
Já não é mais a véspera. Todo mundo foi embora e amanhã o máximo que rola é um almocinho em família.
Que pena, que pena, mas é assim que tem que ser....

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O dia-a-dia de Guima

Ahhhhh minhas mini-férias!! Que delícia poder tirá-las.

Na verdade deveria estar descansando, mas não tenho parado em casa.
Quero fazer mil coisas ao mesmo tempo.
Quero ficar mais com meus pais, quero ler meus livros, quero andar pela rua de uma terça-feira onde todos estão trabalhando e só eu não tenho horário pra voltar do almoço. Quero assistir o Vale a Pena Ver de Novo, o Vídeo Show, o documentário do History Channel que só passa as 14h e não tem reprise...

É gostoso e ao mesmo tempo estranho. Sei que daqui a 5 dias estarei na mesma rotina idiota dessas pessoas que engolem suas refeições e voltam para os escritórios para terminar de responder o e-mail de algum cliente chato mas importante, pessoas que passam o dia resolvendo o problema de outras que ganham mais e sabem menos.
Tudo bem, um dia eu chego lá. Quem sabe um dia alguns jovens entenderão mais do que eu sobre algum assunto, mas serei eu quem ganhará mais que eles?

Trabalho com pessoas íntegras, pelo menos com as que devo tratar meus assuntos dentro da empresa. Sou feliz, não posso reclamar. Me estresso muito mas me divirto muito também.
No final do dia estou sempre morta com os olhos cansados de tanto olhar para a tela do computador e é aí que dou boa noite aos porteiros da empresa e sigo rumo ao ponto de ônibus.

Ônibus, sim, eu vou e volto de ônibus.
Às vezes lotado, às vezes se fica de pé com homens nojentos e barrigudos te olhando e te devorando com os olhos. Você pode encontrar um cobrador mal-humorado que nunca vai te responder com delicadeza se o último ponto antes da Paulista é ali mesmo ou só no próximo, como pode encontrar um que te abra um sorriso e te responda com bom gosto.
Muitas vezes niguém que está sentado no assento reservado cede seu lugar para uma senhorinha sentar e é você quem tem que levantar, mesmo estando cansada e sabendo que aquela velhinha talvez só tenha ido até o supermercado comprar macarrão. Mas tudo bem, eu gosto de ser gentil, vou querer que sejam comigo também quando eu estiver na terceira idade.

É, mas é no caminho de volta, dentro desses ônibus lotados ou vazios é que tenho tempo para olhar pela janela e analisar as pessoas que circulam pelas ruas. Tentar adivinhar o que cada um faz da vida e como é a vida de cada um.
Quem é louco? Quem tem cara de bom mas é ruim e cruel? Quem trai seu companheiro ou companheira? Quem é rico e infeliz, ou quem é pobre e ainda sim é feliz? Quem é tarado e finge não ser? Quem é gay e não se assume se casando com uma mulher e até tendo filhos? Quem pensa como eu? Quem analisa como eu?

Tem vezes que narro minha própria vida, em pensamento é claro, senão seria considerada louca. Taí mais uma coisa com que devo me preocupar, com a sociedade. Não posso parecer louca, mas talvez eu até seja um pouco.
Narro minha vida como em um filme. Se estiver com meu mp3 então, escolho umas das minhas músicas de Sigur Ros ou Pinback, daquelas que todo mundo quando ouve diz: "que tipo de música é essa?"
Sim, minhas músicas de meditação, parte da trilha sonora da minha vida.

É o único momento que tenho também para me afundar nos livros que me tiram desse mundo e me levam para um outro cheio de fantasias, tecnologias inimagináveis, personagens de mentes doentias e de histórias arrepiantes.
Me tira da rotina e faz com que me sinta segura nesse mesmo mundo em que vivo, trabalho, estudo, tento conquistar minhas coisas e me tornar uma pessoa melhor...

Mesmo com tanta loucura na cabeça, tantos pensamentos, dúvidas, anseios e receios é só isso que me importa, me tornar alguém melhor.