segunda-feira, 6 de abril de 2009

Minha Quase Rebeldia


Cada dia que passa levo mais tempo entre um post e outro.

A minha falta de vontade de escrever, vem da percepção de não poder ser 100% sincera.

Anseio pela exclusão desse blog a cada dia que quero escrever e me vejo segurar os dedos e os pensamentos.

Minha preocupação em não ferir ao próximo tem sido tão grande que acabo ferindo de outro jeito em uma maneira inconsciente.

Defendo um e julgo outro ao mesmo tempo que deveria permanecer neutra.

Ontem, em um bar, admirei Barea por algo que ela me contou que também percebo em Guim.

Algo do qual nunca fui capaz de fazer.

Minha preocupação e a minha maldita "política da boa vizinhança" me ferram em várias áreas.

Pequenas, mas significantes áreas.

Certo tempo depois eu aprendo a driblar, como sempre acontece. Você sempre deve aprender a sair de tais situações.

Ainda sim continua complicado e eu continuo pensando a respeito.

Ontem eu disse a Barea que a coisa mais fantástica que existe no ser humano é o ato de pensar e saber que ninguém jamais será capaz de vasculhar seus próprios pensamentos e descobrir o que realmente se passa na sua cabeça e o que você realmente é.

Às vezes fico pensando que se pudessem ler minha mente, eu seria julgada como uma total filha da puta.

Eu tenho sentimentos estranhos. Às vezes eu odeio a atitude de alguém e de repente, no dia seguinte, trato esse alguém como se nem o tivesse visto ter tal atitude, porque de fato não vou lembrar de tudo o que aconteceu. E o pior é que é natural.

Percebi que a academia tem me feito um bem enorme.

Corri hoje na esteira e parece que vários sentimentos de revolta que estavam para explodir se desmancharam e ficaram ali, debaixo dos meus pés, para serem pisados.

Olhei na segunda-feira um depoimento mal-criado de Miq no meu orkut devido a um mal entendido entre eu ter conhecido uma pessoa que conhecia sua ex e meu primeiro pensamento foi:

"Miq, vá para puta que te pariu!"

Que se foda Miq e os problemas emocionais dela.

É, foi isso que eu senti.

Instantes depois pensei que pudesse ser ruim pensar em tais palavras. Mas logo vi o grande passo que esse depoimento me fez dar. A reação que ele me causou.

Foi então que matei Miq.

Segunda-feira Miq morreu porque sábado eu descobri um novo sentimento em mim que fez com que Miq morresse.

Miq foi estrangulada, sem dó, sem piedade, sem que eu pudesse pensar no que ela me fez de bom.

Foi morta por todo o mal que me fez sentir.

E todo o bem que ela fizera, era tão pouco que eu não consegui me lembrar.

E aí começo a ver as cenas e rio delas. Rio com vontade.

Lembro da minha cara de idiota e dos meus sentimentos idiotas.

Lembro do quanto ela me usou e o quanto ela foi boa e me fez sentir coisas que ninguém jamais me fez sentir.

E é aí que eu choro.

Quando penso em todos os bons momentos, o bom sexo, os bons desejos e os sinceros afetos.
Choro porque matei Miq e eu não queria ter PRECISADO matá-la, mas matei e agora ela se foi....

E eu a joguei para fora do meu paraíso...

Fico pensando que talvez consigamos fazer tudo ficar bem. Talvez...

Eu e ela, ela e outras pessoas, as outras pessoas em minha vida, a minha vida e tudo o que o que ela pode me trazer...

Mas talvez não seja como o esperado, e nada corresponda as expectativas.
É aí então que você para de se importar tanto com o amanhã. Porque você sabe o quanto ele é incerto.

3 comentários:

Tur disse...

É isso aí Guima muitas vezes mesmo não querendo precisamos dar um basta e "matar" as pessoas...

Bjus

Guima disse...

Como diria Barea: "metralhar tudo!"

Hahahahah

chiquita bacana disse...

jesuis cristo, nessa horas uma granada basta! rsrsrs
beijooooo