quinta-feira, 26 de março de 2009

Quase Tudo Em Seu Lugar


Às 3h25 da manhã acordei de um pesadelo.

Minha cólica renal ainda me matava.

Comecei a chamar por senha todas as reflexões do banco de reflexões.

Quis escrever, mas levantar faria Guim acordar e eu sei o quanto é importante para ela uma boa noite de sono.

Resolvi tentar dormir para não sentir mais dor e nem pensar no estado de Grela.

Vim correndo para o trabalho.
Desejei que o atendente da lanchonete onde compro meu café-da-manhã fosse mais ágil, mais habilidoso para que os pensamentos não fugissem.

Quero falar sobre Henry, June e Anaïs.
Eles tem me tirado do mundo real.
Se não quero pensar no estado de Grela, preciso de Blond, Dior, Guim, Tur, Henry, June e Anaïs.

Por falar em Grela, ontem Dior me contou que ela abriu os olhos e fechou rapidamente.
Sim, Dior tem sido nosso porta-voz. Não queremos causar mais preocupações ao pais dela e convocamos um de nós para fazer as ligações e repassá-las.
Dior me contou também que Grela apertou a mão da médica quando esta pediu.

Chorei, chorei de emoção. Minha felicidade me inundou, transbordou...

Tenho pensado mais em tudo.

Barea me enviou um e-mail ontem com dois textos de sua autoria.
Não sei o que vem acontecendo comigo, mas ando muito sentimental.
Fiquei pasma com o que li.

Já disse a Barea que amo ouvir suas histórias.
Barea teve poucas experiências, mas todas elas foram lindas, com um enredo maravilhoso.
Respondi o e-mail com minhas considerações abaixo. Uma delas:
"Quisera eu não ter me envolvido com tanta gente. A experiência mata a imaginação".

Anaïs fala por mim, é como se ela escrevesse tudo o que eu sempre quis descrever sobre meus grandes momentos com pessoas que me levaram a loucura, que me tiraram os pés do chão, que me deram pequenos e intensos momentos de prazer que valeriam por uma vida inteira.

Anaïs ama Henry, mas ama June também.
Henry consegue ser o único homem que a desequilibra e em June ela encontra todo o conjunto do que ela imaginara ser a mulher mais bela de sua própria criação.

O tempo voa ao lado de Anaïs, Henry e June. Eles me fascinam.
O amor é tão real, tão verdadeiro, tão mágico.

Me lembro de quando tinha 13 anos de idade e ainda não tinha encontrado nenhuma melhor amiga. Eu desejava isso com toda a força do meu ser.

Passados 2 anos, a vida me trouxe Laeni.
Hoje faz 8 que ela entrou em minha vida para me mostrar que é grandiosamente amiga. Sem cobrança, sem esperar por nada.
E eu que pensava que nunca encontraria tal pessoa, encontrei.

É isso que Henry, June e Anaïs me despertam. A vontade de viver o que eles vivem.
Algo intenso, algo que eu perdi e nunca mais senti por alguém.

Pensei que a culpa fosse da maldita "experiência". Pensei que ela tivesse matado todos os seres para mim.
Que a "experiência" tivesse me mostrado que todos são desequilibrados e confusos.

Não ter tido tantas parceiras talvez não me fizesse desanimar tanto. Talvez não me fizesse perder o encanto.
Talvez eu não fosse tão desconfiada, tão fria, tão pé no chão como sou hoje.

Pensam que não quero me soltar e sentir meu corpo flutuar assim como senti acontecer quando eu e Be demos nosso primeiro beijo?

Pensam que não quero ter aquela sensação de querer sonhar com aquele beijo pelo resto da vida de volta?

Henry e Anaïs vivem agora um momento tão único que me sinto viva de novo.

Os textos de Barea me fizeram ver que ainda existem pessoas que querem viver o que eu também quero viver.

Percebi que as coisas não se perderam e que aos poucos a vida vem me trazendo tudo de volta.

Não foi culpa da experiência. Não, não foi culpa dela.
Eu não preciso apagar ou esquecer nada, apenas enriquecer com ela....

Obrigada Barea! Essa é em sua homenagem.
Pelo livro, pelos bons papos na sua casa, pelas músicas e pelas palavras....

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sobre Grela e o Tempo


Evitei escrever ontem porque detesto esse lance de dramatismo.

Sabe aquelas pessoas que adoram uma situação complicada? Então, detesto!

É, ontem eu não tinha nada a dizer.
Mas hoje já estou mais positiva e posso passar algo de bom aqui.

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Na segunda-feira à noite, enquanto lia Henry&June e me encontrava em outro mundo com a descrição intensa de Anais sobre June, recebo uma mensagem de voz no celular.

Era Dior me pedindo para retornar com urgência.

Retornei e ele tenta me contar da melhor maneira possível que Grela foi atropelada, está no hospital e está inconsciente.

Henry&June ficam para trás.
Joguei-os dentro da bolsa e não conseguia pensar em outra coisa que não fosse coisa ruim.

Indo para casa em passos de tartaruga, ouço alguém me chamando: "Guima! Guima!"
Do outro lado da rua, Cariel me acenava.
Meu desânimo era tão grande, que nem um sorriso consegui devolver.
Logo eu, tão conhecida por não misturar as coisas e conseguir ser sempre tão....sorridente....tão positiva...

No sábado, na festa surpresa da garota que eu não conhecia, lembro de ter ouvido algumas brincadeiras de Grela dizendo que me faria uma festa surpresa daquela, já que eu não queria comemorar meu aniversário. Lembro de ter rido e dito: "De jeito nenhum! Nem pense nisso!" Olhei para Grela alguns instantes e quis dizer: "Grela, hoje você está divertidíssima!"
Porém, minha conversa com Barea já estava tão no auge para ser interrompida que não me permiti fazer isso.

No domingo, quando resolvi passar o domingo sozinha sem ir a casa de Grela assistir filme com ela, Dior e Blond, cheguei a pensar que poderia estar perdendo tempo sem meus amigos.

É engraçado como a vida sempre me dá um toque para fazer certas coisas e eu sempre teimo em não fazer.

Ontem, depois da aula, fui tomar um café com Blond.

Tentamos nos distrair e brincar com a situação.
Somos a favor do não-desespero. Desespero só traz mais desespero.
Conversamos até mesmo sobre outras coisas e conseguimos nos confortar indiretamente.

Quero que os dias passem voando para que tudo se resolva logo e não quero nunca mais deixar de dizer algo a alguém!

Como se não bastasse minha reflexão com a história de Litti sobre a prima que faleceu 1 semana antes do encontro delas, eis agora mais uma chance que a vida me dá de ser mais atenciosa, carinhosa e verdadeira.

Mas será que eu precisava disso para aprender essa lição?!
Óbvio que não! Nenhum de nós precisa.

Eu e Blond chegamos a conclusão de que na verdade precisamos nos reaproximar mais, precisamos parar de brigar tanto uns com os outros.

Somos tão amigos que chegamos a nos tratar como irmãos.
Brigamos o tempo todo por coisas de irmãos.

Antes de dormir, rezei para que Grela ficasse bem.
Hoje pela manhã, conto a Barea que me senti envergonhada por só lembrar de Deus quando precisava e ela me consola dizendo que Ele não ficará bravo comigo.

Bom, o tempo passará e ele vai dizer o que deve ser feito.
Sendo como for, acontecerá sempre o melhor.

domingo, 22 de março de 2009

Sei Lá O Que Me Deu...


Sábado a noite, me preparo para ir a um aniversário de uma garota que não conheço.
Eu, Barea, Blond, Grela e Tur. Todos juntos.

Chegamos por volta das 23h. A meia-noite eu queria ir embora.

Às 3 da manhã partimos.

Em casa encontrei minha cama improvisada no quarto dos meus pais.
O namorado de Guim estava lá.

Travesseiro, coberta e travesseiro de Litti.
O kit Guima de dormir....

Deitei e embalei em um sono até as 14h37, interrompido por uma mensagem no celular.
Era Blond me pedindo para ligar.

Olhei para o teto, levantei, liguei.
Ele me chamava para ir a Grela assistir filme. Eu disse que iria.
Ligo para Bitten a fim de ir a sua casa conhecer os filhotes de sua cachorra. Acaba não rolando.

Peço para Guim ir comigo ao shopping para fazer a barra de 2 calças que comprei e que estou a séculos enrolando para fazer.
Ela não quer ir.

Vou sozinha.
Entro na loja e conheço uma garota linda. A que marcou a barra.

Conversamos muito. Muito.
Nos olhamos nos olhos. Ela me olha como quem diz: você está flertando comigo.
Porém, eu só quero conversar.
Sua beleza e simpatia me atraem, mas não a ponto de ir além de uma conversa.

Dei um "até logo" e parti rumo a livraria

Procurei por algo interessante.
Encontrei.

Pego o livro e olho os caixas. A fila é enormemente cansativa, mas eu começo a lê-lo ali mesmo e não ligo para o tempo que vou esperar.
Vou para o carro.
Não ligo o som, abro meu vidro esquerdo e leio mais.

Deito um pouco o banco e continuo lendo.
Me empolgo, embora eu queira ler primeiro o livro que Barea me presenteou na nossa sexta-feira a noite de bom papo e muita cerveja.
Vou pra casa pensando em tudo. Me percebo distraída quando preciso que os carros buzinem para que eu veja o farol verde.

Chego e meu amigo de NY me liga.
Fico um bom e longo tempo conversando com ele.
Ele me pergunta: E você? Está namorando né?
E eu: Não, sempre solteira, mas sempre bem.

Depois que desligo o telefone, deito no sofá e escuto a seguinte música...

*Espere até o 0:22 para ouvir...


sexta-feira, 20 de março de 2009

Na Academia


Acreditem ou não, mas hoje entrou na academia (ou voltou de algum lugar porque eu nunca tinha visto antes), uma garota muito gostosa. Sim, ela é bemmmmm gostosa.

Eu, Guim e todas as outras garotas da academia a achamos um tanto exibidinha.

Ela malhava com um micro shorts e um top ainda menor.

Pensei: "Hummmm, ela sabe que é gostosa, mas porque precisa vir vestida assim?"

Cheguei mais perto e adivinhei o porquê.

Só pelo apelido que Guim deu a ela vocês podem imaginar.

Miss Cirurgia.

Siliconada, lipoaspirada e outras coisinhas mais.

Silicone todo mundo reconhece e lipoaspiração eu reconheço porque algumas amigas já fizeram e é nítido, por mais drenagens que se faça, não fica natural.

Pois é, todo dia é motivo pra dar risada de alguma coisa naquele lugar.

Terminamos de malhar e fomos para o vestiário.

Lá encontramos a Loira da Academia, que é gostosa também, só que um pouco mais magrinha, com pernas menos grossas e sem silicone.

A vida dessa garota é um mistério para mim e para Guim.

Ela chega todos os dias, com combinações de calças, blusas, tops e malas diferentes.

Chega dando o seu famoso "Oiiiii" simpaticíssimo para todos da academia, até mesmo para os que estejam de costas, assim eles podem perceber que ela chegou.

Nós insistimos para nós mesmas que essa garota deveria dormir mais.

Sim, ela deveria. Se eu estivesse no lugar dela pelo menos era o que eu faria.

Guim então, nem se fala. Guim ama dormir.

Eu não sei qual a rotina dessa garota, mas vai fazer 3 meses que estamos nessa academia e eu nunca a vi malhar.

Ela chega, deixa suas coisas no armário do vestiário e diz ao professor que vai até a padaria comprar o café da manhã. Quando não, ela grita pra ele: "Ju!!! Quer alguma coisa?"

Ela é a típica melhor-aluna-amiga do professor.

Ontem a encontramos secando o cabelo dentro do vestiário.
Sim!!! SECANDO O CABELO PRA MALHAR!!!!

Hoje a encontramos mandando ver no rímel e no lápis de olho em frente ao espelho.

Quando nos viu disse:

- Não gente, ó eu não estou me maquiando para malhar hein. É que o meu namorado é personal trainer da outra academia e eu estou indo pra lá, então já que é pra passar raiva, vou me arrumar.

Claro que Guim não poderia deixar por menos:

- Mas você chegando assim na outra academia, as meninas de lá vão pensar o quê?

Na verdade, como conheço Guim, se ela tivesse um pouco mais de intimidade com a garota, a observação dela a respeito da maquiagem seria a seguinte:

- Garota, se toca! Se aqui a gente já achou ridículo você se maquiar com essa roupa de ginástica como se fosse malhar, o que as garotas da outra academia vão pensar de você? Que você é uma imbecil!

Porém, não podemos falar tudo o que pensamos.

Outra pessoa que me irrita bastante é a Garota-Estranha-Sem-Bunda.

Tá, tá, tá, eu sei que vocês devem estar pensando que eu e Guim não nos enxergamos e não olhamos o próprio rabo, mas é que não sabemos o nome dessas nojentinhas, então precisamos nos referir a elas de alguma maneira.

Me diga que nunca disse: "O cara do suporte" e seu amigo responde: "Que cara?" e você: "Aquele gordinho meio careca"

É normal gente, você acaba usando como referência o que tem de menos comum na pessoa ou o que tem de mais estranho.
Certo? Explicado né?

Voltando a Garota-Estranha-Sem-Bunda, o que eu ia dizer sobre ela é que hoje percebi como existe gente individualista nesse mundo e ela faz parte desse grupo de pessoas.

A Garota-Estranha-Individualista-Sem-Bunda, faz vários e vários exercícios ao mesmo tempo. Tá certo, é o treino dela, mas às vezes tantas pessoas querem usar o Adutor e a toalhinha dela está lá, guardando lugar pra ela.

Hoje cheguei, vi a toalha dela pendurada, tomando conta do aparelho e disse como se não soubesse:

- Quem está usando aqui?

E ela:

- Eu

- Vamos revezar?

- Mas é ruim, porque tem que colocar o seu peso, depois o meu e tal...(purgantezinha)

- Tudo bem, eu coloco no meu, depois deixo pronto pra você usar - eu respondi.

- Ah então tá (com uma cara amassada igual a bunda dela).

E o pior de tudo é saber que a Garota-Estranha-Individualista-Purgantezinha-Sem-Bunda continuará sendo assim!

Para que vocês não achem que sou uma pessoa maldosa, vou falar agora das pessoas que gosto na academia.

O professor é um exemplo.

Vocês sabem o quanto detesto as babaquices dos homens né? Que babaquices?

Aquelas do tipo:

"Ehhhh lá em casa", "Gostosa", "Se eu pudesse..." ou pior ainda, quando o homem nem criatividade pra falar besteira tem:

Você chupando sorvete e um imbecil passa ao seu lado dizendo: "Dá uma chupadinha?"

Fala sério meninas, não dá vontade de cortar a garganta do cara?!!!
Pois é, como eu sei que todo homem é assim, com exceção de alguns, quando encontro um homem que não tem nada disso, eu fico admirada.

Esse professor é o típico cara profissional.

Não te toca, não pega na sua perna, na sua barriga ou na sua bunda para ensinar exercício algum.

Ele apenas representa como deve ser feito.
Deita, sobe, levanta, vira, rola e finge de morto, mas ensina super bem!

O cara é genial! E eu só fico naquela academia por ele. Claro, por mim também.

Parei para pensar.
Nunca ninguém reclamou ou falou nada para a Garota-Estranha-Individualista-Purgantezinha-Sem-Bunda-Que não vai mudar, mas se eu falei, será que ela vai começar a pensar no quanto ela atrapalha os outros usando 3, 4 aparelhos de uma vez só?
Sim, tem aparelho pra todo mundo, mas a cada dia entra mais e mais alunos e aí? Como fica?
Você muda quando se vê sendo inconveniente e sem noção?

terça-feira, 17 de março de 2009

Saudade ou Arrependimento?


Sabe quando alguém vai se despedir de você e diz: "Já estou com saudades"?

Pois é, hoje me percebi sentindo saudade do que ainda não deixei.

Sinto que já sinto saudade do ovo frito que só minha mãe sabe fazer pra mim e que por mais que eu tente, nunca ficará gostoso como o dela.

Já sinto saudade de ir todos os sábados fazer as unhas e rir a valer com minha irmã e nossas manicures.

Sinto saudade da sintonia que eu e minhas amigas de trabalho temos por meios naturais.

Sinto saudade de olhar o trânsito, de me irritar com ele e de poder descontar meu stress de um dia inteiro em algum idiota ao volante.

Sinto saudade de pagar 20 reais só para sentar e rir com meus amigos na muretinha do Bar GLS às sextas, sábados e domingos e sinto saudade até mesmo de enjoar disso.

Sinto saudade de ver o quanto meu pai continua sendo ao meu ver, o melhor de nossa espécie a cada dia que passa e sinto saudade de poder tê-lo todos os dias em minha vida.

Sinto saudade de ter meus sábado e domingos livres.

Sinto saudade de querer estar mais com minha família, embora nunca coloque isso em prática.

.....
Quando me vi sentindo toda essa saudade antecipadamente, me perguntei se era realmente saudade.
Não seria arrependimento?

Arrependimento por não ter saboreado e agradecido os ovos fritos que minha mãe faz com tanto carinho pra mim.

Arrependimento por ter desmarcado tantos sábados minha unha e ter deixado de dar boas risadas.
Arrependimento por ter sido impaciente e não ter dito às minhas amigas de trabalho o quanto as amo.

Arrependimento por não ter tido mais paciência no trânsito.

Arrependimento por ter enjoado do Bar GLS sendo que o que realmente importa são as companhias que te acompanham e não o lugar...

Arrependimento por não dizer ao meu pai o quanto o admiro e por não fazê-lo ver o quanto ele é mais do que ele acha que é.

Arrependimento por não ter descansado mais aos sábados e domingos...

Arrependimento por não ir aos churrascos, jantares e eventos familiares.
Arrependimento pelas lembranças que deixei para trás tantas vezes....

Mas antes que seja tarde, é necessário que a saudade deixe de ser saudade e o arrependimento se transforme nela. Isso não vale só para mim, mas para você também servirá.
Será que conseguimos?

domingo, 15 de março de 2009

A Minha, A Sua, A Nossa Loucura


Já faz 3 dias que não escrevo.

Talvez eu não tenha escrito porque não tenha o que contar, ou talvez porque se contar posso afetar muitos dos que leem meu blog.

Já não sei mais até onde deveria ter divulgado esse lado aqui e chego a pensar em criar um outro blog, onde eu possa expor absolutamente todas as minhas loucuras.

Sim, eu sou bem doida das idéias.

Mas o que me faz não ficar tão mal por isso, é acreditar que todo mundo também é um pouco louco e que todo mundo esconde também sua loucura, assim como eu.

Quando digo loucura, me refiro a todos os sentimentos passageiros, permanentes, instáveis, novos e antigos que vêm de uma vez só, me deixando completamente LOUCA!

Quando sentimentos dos quais você jamais achou que sentiria aparecem em determinada época da sua vida, você começa a achar que tem algo de errado acontecendo com você.

Quando eles vêm de uma vez só, você já está louca.

Outro dia me peguei tendo ciúmes demais. A Guima não tem ciúmes.

Outro dia me peguei desistindo de ir encontrar uma garota com quem eu tentava marcar um encontro há meses. A Guima não desiste assim de algo que demorou tanto para conquistar.

Outro dia me peguei querendo conversar com uma pessoa com a qual não tenho a menor afinidade e intimidade durante uma noite toda, só para jogar e liberar toda essa minha loucura.

É engraçado a forma como todos nós resolvemos e decidimos viver.

Todo mundo se esconde. Todo mundo se omite.

Às vezes me abro mais para um desconhecido do que para minha melhor amiga.

Não que ela não possa saber tudo o que eu sinto.
Nós duas sabemos que não preciso me dar o trabalho de dizer ou de ficar envergonhada por alguma atitude minha.
Ela me conhece tão bem que basta me olhar para decifrar o que estou pensando e sentindo.
Chego a desacreditar do quanto ela é boa nisso.

Penso que daqui a 3 meses estarei pronta para revelar tudo isso para o mundo.

Sem cobranças. Sem a necessidade de um novo blog.

Fato é que na verdade não estaremos preparados nunca.

Até o dia em que você bater as botas, você ainda será julgada e seus defeitos ainda serão expostos pela menor causa que algum invejoso(a) fará questão de usar.

Quando você partir dessa para uma melhor, você será lembrada como uma garota sorridente, alegre, positiva, de bem com a vida, que fez muita gente feliz e que fará muita falta.

Até o dia em que você morrer.

Até lá você será má, terá feito muitas pessoas sofrerem, terá agido errado com todas elas, não terá merecido nada na sua vida.

Até o dia em que você não causar mais inveja em ninguém e ninguém mais terá que se dar o trabalho de apagar seu brilho e sua luz.

E então, quando você não representar mais nenhum perigo, você será boa, amada e lembrada por todos como uma grande pessoa.

Esse é o motivo da nosso omissão.

É isso que faz não sermos naturalmente verdadeiros, ou verdadeiramente naturais.

Se você for você, você não será boa.

Se você não for, você também não será.

Mas se você for o que cada um quer que você seja, você conseguirá fugir um pouco de todos esses bombardeios.

É terrível pensar o quanto uma namorada gosta de você só até o dia em que você a deixar.

Até o dia em que você não vai estar ao lado dela.
Até lá, você será a melhor pessoa que ela conheceu na vida.

Quando você partir, você terá sido egoísta e cruel. Uma pessoa fria e sem sentimentos.

Mas o que se pode fazer quanto a isso? O que se pode fazer para evitar tais julgamentos?

Nada!
Você também é uma julgadora e quando você se sentir rejeitada, deixada e injustiçada, você também se achará no direito de dizer e sentir as mesmas coisas que você não quis que a outra ou o outro sentissem por você.

Somos todos falhos, infelizmente.

Acostume-se...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Eu Nasci Na Época Errada


Domingo a noite fui na casa de Barea bebericar uma cerveja e comer tortinha de palmito.
Durante a semana passada ela me passou algumas músicas bacanas de bandas também bacanas.

A cada envio ela dizia algo como: "aí vai uma música para cantar gritando dentro do carro",
"outra para dançar na noite", "música para ouvir pegando estrada" e etc.

E tenho o grave defeito ou a grande qualidade de conseguir imaginar exatamente a descrição que uma pessoa faz de alguém ou de uma situação.
Então, logo me imaginei gritando dentro do carro, pegando estrada enquanto ouvia a música e principalmente, dançando na noite.

Uma das músicas que ela me passou, me faz muito bem ver e ouvir.

Digo a Barea que me imagino com ela, de All Stars, calças justas, dançando sem olhar para os lados, jogando nossos cabelos de um lado a outro no ritmo da música em alguma balada que se toque esse tipo de som.

Quando resolvi ver o clip, entrei em estado de exctase.

Será que nasci na época certa?

Queria tanto ter meus 17, ou 18 anos no ano de 1984.

Sair e dançar, e dançar, e dançar.
Sim, sim, esses mesmos passinhos, essas mesmas roupas, esses mesmos caras nerds como amigos.

Quando assisti Forrest Gump pela primeira vez, eu queria ter sido uma das hippongas daquele dia em que ele fez seu discurso sobre a Guerra do Vietnã.

Eu queria estar lá no meio! Sim eu queria! Juro!

Abaixo vai o clipe da banda escocesa Camera Obscura.

O clipe todo é muito bacana.
Eu adoro a sincronia e os rostos sorridentes dos dois personagens, mas alguma coisa me faz adorar mais ainda a parte do minuto 2:02 ao 2:27.

Assistam e ouçam até o final.

O começo não é o que parece....



terça-feira, 10 de março de 2009

Não Por Acaso


Ás 22h11 ligo para Guim para saber onde ela está e ela diz ainda estar em aula.

Resolvo ir embora sozinha.

Ando distraída pela rua solta com meus pensamentos e vejo a minha frente alguém acenar.

É ele, meu ex-namorado Cariel, o homem que me faria a mulher mais feliz do mundo se eu conseguisse gostar de homens...

Pois é, encontrar com ele é sempre muito bom. Parece que não ficamos um só dia separados durante todos esses anos.

Meu primeiro homem.
O primeiro de quem gostei um pouco mais do que os outros e o primeiro que quase me fez sentir o que eu sinto com as mulheres.

Sim, eu seria muito feliz e o faria feliz também....se eu gostasse de homens...

Enfim, papeamos, parados na calçada, sentados, dando boas risadas como nos velhos tempos.

Chove, mas nós não nos importamos, ficamos ali, um olhando para o outro, sorrindo.

Conto a ele todas as novidades, digo que o mundo gay é muito complicado e que novamente estou solteira. Mostro a ele meu óculos de grau, ele aperta minhas bochechas, me dá um beijo no rosto e diz que os óculos me deixam ainda mais linda.

Enquanto ele fala, gesticula e a chuva cai, eu o olho com um só pensamento: "Como eu gostaria de poder te fazer feliz e como eu gostaria de poder deixar você me fazer o mesmo..."

Por que né? Por que não podemos escolher de quem gostar?

Ontem, no final da tarde, Akik me liga e diz sentir na minha voz uma certa tristeza.

Não era nada disso. Na verdade eu estava afundada em pensamentos e reflexões e talvez eu tenha suspirado tristemente algumas vezes depois de ter me visto mais uma vez sozinha.

Mas era só isso.

Era momentâneo e eu não esperava uma ligação naquele momento.

Não estou triste, não sou uma pessoa triste e nem acho que a vida me pregou uma peça.

Só estou quieta, na minha, tentando dar tempo ao tempo.

Como eu disse em posts atrás, uma hora ou outra, todos nós nos damos bem.
Eu sei que não estou longe disso.

Ter encontrado Cariel me fez pensar que talvez eu precise ficar com ele mesmo. Que talvez eu esteja forçando relações com mulheres e no fundo só existe um bloqueio em mim.

Deitei abraçada ao travesseiro de Litti, tentando lembrar dela e das vezes que pude dormir abraçada ao seu corpo durante a noite toda sentindo seu perfume.

O cheiro já quase não existe mais. É triste, mas é bom, assim me desligo.

Aprendi que não devemos esperar...

Encontrei Cariel e não esperava ter encontrado, era para ter acontecido.

Depois de um dia todo pensando em tudo e em tanta coisa, foi ele quem conseguiu me tomar sorrisos e gargalhadas no final de uma segunda-feira cansativa...

domingo, 8 de março de 2009

Aniversário Sábado a Noite...


Subo as escadas e a vejo no final dela, de costas.
Sinto meus braços tremerem e borboletas incessantes voarem no meu estômago.
Quando chego ao mesanino, sou recebida por outras pessoas que roubam minha atenção, me elogiam, dizem estar com saudades.

Procuro pelo aniversariante ainda sendo olhada por todos e tentando não olhar para ela. Elo, o aniversariante, vem em minha direção, entrego o seu presente e me junto a meu amigo Blond, que me espera terminar os cumprimentos.

Uma garota com quem fiquei, Larok, sobrinha do aniversariante, me vê chegar e grita meu nome vindo ao meu encontro para um abraço. Eu continuo tremendo, não por ela, mas por Miq que está logo atrás de mim e pode ter percebido minha presença.

Resolvo que preciso cumprimentá-la. Me viro e vou ao seu encontro.

Miq me abraça e eu sinto o cheiro da sua pele. Lembranças me invadem os pensamentos em frações de segundos, mas logo vão embora.
Em seguida, mais borboletas voam, dançam e fazem uma bagunça no meu estômago.

Ela me apresenta sua "ficante" e eu a cumprimento tentando fingir ser uma amiga qualquer de Miq. Ela me convida para ficar na mesa com elas e eu lhe digo que preciso ficar com Blond, já que ele não conhece ninguém na festa.

Me sento na outra ponta do mesanino, em um ângulo onde pessoas e cabeças atrapalham nossa visão, mas que de vez em quando podemos nos olhar discretamente.

Tento esquecer e me distrair com outras conversas. Nos surpreendemos entre trocas de olhares diversas e diversas vezes.

Quando convidados demais chegam ao lugar, não podemos mais nos ver e ela levanta e vem sentar ao meu lado.

Larok pergunta se vamos cantar. Nos olhamos e nos vemos com a mesma cor de blusas, calças e esmaltes.

Eu digo a ela que somos almas gêmeas e que só ela ainda não percebeu. Ela sorri e eu a olho e admiro cada pedaço do seu rosto, do seu charme.

Digo a ela que ela é a mulher mais charmosa da minha vida. Ela sorri e me chama de cega.

Blond me pega pelo braço para mostrar um rapaz na parte de baixo do bar e eu digo:

- Chegou?

Miq pergunta:

- Quem? Sua namorada?
- Não, estou solteira. Não é mesmo Blond?- eu digo
- Sim, ela está solteira, não está com ninguém - Blond responde

Eu digo a Miq que tenho medo que sua "namoradinha" perceba meus olhares para ela.
Ela corrige o "namoradinha" e diz que só estão ficando.

Uma amiga nossa, dona do bar nos vê e sorri como quem diz e disse todas as vezes que nos viu juntas: "vocês não tem jeito"

Miq finge ser normal, diz que vai dar uma volta se levanta e começa a ir. Eu seguro forte na sua mão e deslizamos uma sobre a outra até que a ponta dos nossos dedos se desgrudem.

Larok senta no meu colo. Ela impede que eu olhe para Miq com mais facilidade.

Larok levanta para buscar seu copo de campari e eu aproveito para arrastar a cadeira uma pouco mais para o lado direito, afim de melhorar meu campo de visão.

Sim, lá está Miq, não pára quieta um segundo em uma só conversa.
Eu a vejo me olhar. Sim, ela também me vê olhá-la.

O pretendente de Blond chega a festa e eu conto a ele sobre a ex-namorada de quem tanto falamos na noite anterior.

Quando estou me sentindo mais a vontade, passo a me levantar e conversar um pouco com cada convidado que conheço.

Mais tarde consigo me distrair conversando com Blond, Larok e seus amigos e já não olho mais tanto para Miq.

O pretendente de Blond me diz:

- Essa sua ex já olhou pra cá umas 10 vezes só nesse instante!

Eu fico feliz.

Blond quer ir embora, ele se sente cansado.

Muitos convidados já foram e eu e Miq podemos nos olhar com mais facilidade e o melhor, dessa vez a apenas 6 metros uma da outra.

Não quero ir, mas preciso fingir que ela não significa tanto para mim.

Eu despeço-me de todos e deixo Miq por último.
Dou um beijo em sua "namorada" e dou um abraço e um beijo em Miq.

No momento em que meus lábios tocam seu rosto, inspiro o ar da sua pele para poder sentir pela última vez na noite o seu cheiro.
Ela me agradece pelo livro que te entreguei no início da noite.

Digo que comecei a ler o livro e que me decepcionei um pouco com a Madonna até a página 52.

Ficamos conversando formalmente na frente de sua "namorada" para ficarmos um pouco mais uma com a outra.

Blond me espera no final da escada.

Eu me despeço mais uma vez de Miq, pego minha bolsa e começo a descer.
Uma amiga de Miq me chama para uma foto com sua namorada. Eu paro no primeiro degrau e tiramos 3 fotos. Entre uma foto e outra, olho para Miq. É nosso último momento juntas, no mesmo espaço.

Enfim, vou embora e dou um último adeus com as mãos.

No carro ouço o novo CD da Madonna e lembraças do show que fomos juntas me tomam os pensamentos. Me lembro das atenções excessivas daquele dia, das deitadas no colo, dos cafunés na cabeça uma da outra.

Vou dormir sorrindo, pensando no quanto ainda somos ligadas e no quanto ainda é recíproco.

No manhã seguinte ligo pra ela para convidá-la para um almoço.
Ela me dá o sinal de estar com a "ficante" e eu percebo que a "ficante" não é só uma "ficante" e sim uma quase namorada ou mesmo a atual namorada.

Resolvo não atrapalhar, digo que vou desligar e assim o fazemos.

Eu já sei viver sem ela.
Resolvo esquecer, mais uma vez esquecer....

quinta-feira, 5 de março de 2009

A Prateleira Da Vida


Hoje, no caminho para o trabalho, vim pensando sobre o que escreveria.

Não tinha idéia. Não anunciei nenhuma senha ainda para os pensamentos que esperam pela minha reflexão.

Eles ainda estão sentados, aguardando serem chamados.

Abri meu blog e pensei em reler o que escrevi ontem para ver se surgiam idéias.

Me deparei com 2 novos comentários. Um de Blond e um outro de um Anônimo que ainda estou para descobrir quem é.

Me lembrei do quão importante é o que cada um me diz.
Não desconsidero nenhuma colocação ou observação. E é de cada colocação que me acho em uma nova observação.

Vim falar hoje sobre os nossos arquivo da prateleira da vida.
Primeiramente do documento "pessoas esquecidas"

Pessoas que passaram e que ficaram para trás. Pessoas das quais você nem se lembra.

O tempo foi passando tão rápido e você nem se deu conta disso.

Às vezes até achamos que tais pessoas não tiveram significado algum, mas acredito que todos os momentos de nossas vidas acontecem da exata maneira como tem que acontecer.

Se você for buscar na sua prateleira da vida, poderá encontrar tudo o que a vida te ensinou.

Você ficará abismado ao perceber que ela te traz uma situação hoje, exatamente do jeito que é, só para que lá na frente, daqui a 3 ou 4 anos, algo que você tenha que vivenciar seja vivenciado com muito mais gosto, muito mais aprendizado.

A questão do se deixar levar é simples.

Você teve inúmeras experiências, sejam elas boas ou ruins (depende do seu ponto de vista) e aí então, com toda essa bagagem que você carrega de cada uma dessas experiências, você se encontra cada vez mais forte para uma nova que estiver por vir.
Certo?

Errado

Você esquece mais rápido, sofre menos, consegue até segurar mais o choro, mas continua caindo nas mesmas armadilhas que a vida te arma. É engraçado, é como se a vida te desafiasse:

"E aí? Vamos ver se dessa vez você aprendeu?"

E no fim você até aprendeu, mas continua sentindo medo, carinho, admiração, orgulho e uma porção de outros sentimentos que não vão deixar de existir em você.

Sabe porquê?

Por que no fundo temos ainda muita esperança mesmo.
No fundo ainda queremos que tudo dê certo.
No fundo ainda há no que acreditar e você sabe que cedo ou tarde a sua hora de se dar bem vai chegar.

É ruim não saber quando chegará essa hora né?
Não! Na verdade é ótimo!

Por que toda hora é hora!

Só assim para você se entregar como em todas as outras vezes você fez.
Só assim para que você se permita adentrar a um mundo diferente, sem medo de errar.
Só assim você acredita que chegou a hora e só por acreditar nisso é que você aprende a lição como ela deve ser aprendida.

A vida é tão perfeitamente calculada que às vezes não conseguimos entender o porquê de tanta perfeição.

Puxe daquela sua gaveta pesada de arquivos o documento que você entitulou como "pessoas que signficaram alguma coisa" e busque por uma que tenha ficado pelo menos 1 mês em sua vida.

Analise sua situação com ela.
Com certeza você perceberá o que ela te trouxe de bom, de melhora.

Toda hora é hora de aprender, todo momento é momento para crescer!

Me lembro do primeiro dia em que dei o meu primeiro grande passo para uma mudança significativa na minha vida.

Voltando da balada em que peguei Taste me traindo, uma música chata e melancólica começa a tocar no rádio. Sozinha e com vontade de chorar, mostrei o dedo do meio para o aparelho no sinal universal de quem manda alguém se danar e troquei a estação para algo mais "agitado"

Acreditem, aquilo me mudou muito!
Fiz todas as vezes que foi necessário e em todas as vezes deu certo!

Percebi que o quanto antes cortasse o choro e a chatice de ficar me sentindo vítima, injustiçada e mal amada, melhor seria para mim.
O quanto antes eu conheceria alguém legal e o quanto antes eu poderia viver minha vida sem crises.

A mudança está em você!
Só você pode fazer as coisas mudarem.

terça-feira, 3 de março de 2009

Um tanto melancólico...


Hoje queria falar sobre um monte de coisas das quais me comprometi a refletir e até agora não terminei ou sequer dei início.

Eu quero falar sobre elas, mas sei que não vou falar sobre nenhuma.

Na verdade não posso escrever a respeito do que não estou refletindo.

Portanto, provavelmente um texto sem nexo irá se desenrolar.

Ontem, voltando para casa, descendo as escadas do metrô, não encontrei o trem como nos outros dias.
Os minutos rolaram das 22h07 até as 22h09.

Achei uma eternidade. Uma eternidade de 2 minutos que me fez pensar em um só assunto.

Foi quando me veio à cabeça imagens de sábado a noite e ao fundo a música: "todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite..."
Embora mentalmente cantando essa música, sábado a noite eu não esperava por nada, nem por ninguém...

Voltando pra casa, em um farol há 4 quadras do estacionamento e com os olhos perdidos em qualquer lugar avistei, pendurado em um poste, um cartaz bem pequeno com os seguintes dizeres:

"Traga seu amor de volta - Búzios/Tarô - Telefone:...."(não me lembro, senão passaria para os leitores que estejam desesperados)

Sei que balancei a cabeça negativamente pensando: "Como tem gente idiota nesse mundo"

Foi aí que por um minuto, me percebi totalmente desacreditada da vida. Fiquei com o olhar fixo no pequeno e talvez, há alguns dias atrás, insignificante cartaz.

Só acordei daqueles pensamentos quando 2 carros atrás de mim buzinavam insistentemente.

É engraçado, nunca pensei que esse sentimento chegaria a me ocupar.

É um sentimento de querer e não querer.
De sofrer e não sofrer.
De acreditar e ao mesmo tempo não acreditar em nada.

Eu não acredito nas pessoas, não acredito no que elas dizem.
Suas atitudes lá na frente sempre desdizem tudo o que mostraram no início...

Até quando isso é errado?
Até quando devo me permitir?
Até quando devo frear algum sentimento que esteja nascendo??

Conversei com Litti a noite e ela me disse ter uma crítica construtiva para fazer.
Deitei no sofá para esperar a tal crítica, afinal, eu não sabia o quão pesada poderia ser.

Ela a fez e fiquei de refletir sobre.

Pior é que não consegui refletir de fato.
Tinha outras coisas para pensar, outras coisas que já estavam na fila de espera do banco de reflexões.

De repente, me vejo acumulando um monte de situações as quais devia refletir, mas não reflito porque talvez não queira descobrir a verdade sobre tudo, ou talvez porque não queira me deparar com a verdade.

Falei com Miq ao telefone e senti distância.
Senti que perdi Miq.
Senti que Miq também me perdeu.

Eu quero e desejo a nossa distância.
Antes não poderia me imaginar sem ela. Hoje eu posso.

Eu quero a mim, eu quero ser minha.
Antes não, antes precisava dela. Precisava ouvir o que ela tinha a dizer, precisava relembrar o jeito que ela me olhava, com a admiração que só ela tinha por mim.

Talvez por isso eu a amasse. Ela acreditava mais em mim do que eu mesma poderia acreditar...
Ela me mostrou caminhos, por isso talvez ela tenha ficado para trás, porque eu aprendi...

Sei que muitos esperam que eu tome atitudes decentes perante as situações que já aconteceram, porém, eu ainda não refleti sobre elas, não posso agir sem refletir. Prefiro ficar quieta, parada, sem agir...

Quero perceber melhor o porquê de amarmos o que nos dizem para amar e o porquê de odiar o que estamos programados a odiar.

No fim das contas, só o que pude perceber até agora (mesmo sem refletir a fundo sobre todas elas) é que amo tudo isso. Tudo o que acontece no meu dia-a-dia e todas as pessoas que entram em minha vida.

Amo a forma como aprendo, como cresço, como você me ensina e como posso te ensinar.

Amo poder dar valor ao que tenho por ter batalhado para ter.
Amo sofrer porque só assim posso crescer
Amo ficar com raiva, porque só assim posso dar valor aos momentos de paz
Amo amar, porque assim conheço o gosto da reciprocidade, da paz em meu coração.

Mas afinal, o que é o amor???

Falamos tanto sobre ele, mas será que sabemos o que é?

Eu disse que amo isso e aquilo nas linhas acima, mas pode ser que eu não ame, apenas aceite ou goste

O que é amor?

É o que a gente vê nos filmes e nas novelas?
É o que a gente lê nos livros e ouve nas músicas?

Sentir amor é sentir vontade de transar com a pessoa que você ama mesmo já estando velhinha?
Pergunto porque uma vez me vi sendo feliz na cama com uma namorada que havia engordado 10kg, e parecia ter envelhecido 10 anos desde que havíamos começado a namorar.

Sentir amor é querer ajudar um mendigo na rua?
Pergunto porque sinto vontade de ajudar

Sentir amor é querer ver a pessoa que você ama com outra só porque você não pode fazê-la feliz?
Pergunto porque já senti isso pela minha primeira namorada.

Sentir amor é isso?

Amor é sentimento puro?

Será?

Sentimento puro até quando?
Até que a pessoa por quem sente "amor" faça algo que vá contra os seus princípios?
Até que ela aja da maneira que você jamais espera que aja?
Até que essa pessoa te troque por outra?

Amor....

Pelo que sabemos e estamos acostumados a ouvir, amor é um sentimento sem cobrança, sem espera...

Você já amou?

Se já, me ensine porque talvez eu nunca tenha amado de verdade...

O que é amor para você?

E o que tem sido pra mim??

domingo, 1 de março de 2009

Numerologia Por Precaução



Be me ensinou muita coisa durante nosso relacionamento.

Be era um tanto mística. Dentre todas as coisas que me ensinou, a que mais me liguei foi na numerologia.

Após algum tempo do meu término com Be, nos tornamos muito amigas.

Comecei a me permitir estar com novas pessoas e passei a dividir muito das minhas experiências com ela. Porém, tinha medo e receio de me envolver.

A cada garota nova que eu conhecia, passava para Be seu nome completo e sua respectiva data de nascimento.

Assim Be, quando tinha tempo, fazia o mapa numerológico, me entregava e explicava o que significava cada número em cada área: coração, personalidade, destino e etc.

Estranhamente ou coincidentemente algum tempo depois, as coisas apareciam e aconteciam exatamente como no mapa que Be fazia.

Depois de um tempo, não pedi mais para que Be fizesse os mapas.

Embora me ajudassem bastante, estavam fazendo com que eu tomasse decisões precipitadas e esperasse por situações desconfortáveis.

Perto do que Be sabe, sou um desastre para fazer qualquer mapa, porém me pego muitas vezes às datas de nascimento das garotas que conheço.

É a maneira mais simples e rápida de descobrir um pouco sobre cada pessoa.

Aqui nesse texto, vou dar um exemplo da minha data e das datas dos meus dois maiores e mais incentivadores leitores: Litti e Guimam (meu irmão mais velho).

Exemplo da minha data de aniversário:

30/3/1985 =

3+0+3+1+9+8+5 =

29= 2+9 = 11

1+1 = 2

O número 2 (no caso, eu) =

Essas pessoas são dotadas de muita imaginação e costumam ser bastante emotivas
(plena verdade)

São muito intuitivas, românticas, sinceras e tímidas.
(sou hiper intuitiva, romântica só um pouco, sincera na medida do possível. Tímida? Nem um pouco)

Possuem talento para a arte e diplomacia.
(pura verdade!)

Vivem em busca da harmonia, calma, traqüilidade e sossego.
(sim, verdade. Por mais baladeira que eu seja, talvez eu só esteja esperando alguém que me faça sossegar)

Costumam apoiar e dar suporte, porém, não gostam de liderar. A simpatia natural que possuem atrai a todos.
(são raras as vezes em que gosto de liderar algo. E sim, realmente acho que tenho uma simpatia natural. Que sorte!)

Aqui vai a numerologia dos meus queridos a quem devo o incentivo de escrever um livro:

Detalhe: Somos todos 3 arianos tortos!

Litti:

23/03/1989

2+3+0+3+1+9+8+9 =

35 = 3+5 = 8

O número 8:

É o número da prosperidade. As mulheres não se conformam em ser donas de casas, chegam sempre às mais altas posições.
(com certeza, não tenho dúvidas de que Litti será uma grande profissional)

São pessoas com ótimo discernimento, senso-comum e ampla visão das coisas.
(posso conversar com Litti durante uma madrugada inteira e perceberemos que a madrugada não foi suficiente, muitos menos a manhã será e a tarde também. Sempre me surpreende cada vez mais a cada conversa)

Aqueles que os compreendem e não os questionam terão, por toda vida, um amigo e protetor
(sim, com certeza, Litti é superprotetora, atenciosa e dedicada)

Não se perdem em fantasias. Devem ter paciência para alcançar seus objetivos.
(não preciso dizer nada, qualquer situação que coloque para ela, Litti enfrenta com um "relaxa")

Guimam:

14/04/1982 =

1+4+0+4+1+9+8+2 =

29 = 2+9 =

11 = 1+1 = 2!!!!

Pasmo ao ver isso! Até hoje eu nunca tinha feito! Mas agora sei o porque de sermos tão parecidos.

Agora, se você fez o seu cálculo com a sua data ou de alguém, abaixo estão os outros significados:

O número 1:

As pessoas que conheci desse número são criativas e independentes.
Costumam ter inspirações brilhantes e sabem exatamente o que desejam.
Podem ser solitárias e rebeldes. Tem uma grande força interior.
São dominadoras, não suportam ser contrariadas.

O número 3:

Como eu e as outras pessoas do número 2, essas pessoas tem grande imaginação, sabem se expressar bem e tem grandes qualidades intuitivas.
São ótimas com trabalhos mentais e costumam seguir a própria intuição evitando ouvir a opinião dos outros.
São idealistas, sonhadoras, impulsivas e detestam monotonia.

O número 4:

Fiquei com poucas garotas, mas tenho muitas amigas desse número.
São todas práticas, conservadoras e muito organizadas.
Pessoas bastante sérias e que demonstram pouco afeto pelo próximo.
Conseguem atingir seus objetivos com muito custo, mas sempre atingem.

O número 5:

Pessoas com a vida cheia de mudanças e situações incomuns.
É o número das pessoas que eu e Be costumávamos chamar de troca-troca.
Adoram trocar de casa, namoradas, estilos e etc.
São fascinadas pelas novidades. Tem muitos amigos, porém, poucos que sejam verdadeiros.
No amor, só conseguem permanecer ao lado de quem faça suas vontades.

Número 6:

O famoso número da generosidade. Ah como são generosas essas garotas.
Muitas vezes se atrapalham com suas finanças.
São do tipo que amassam as cédulas de reais e não possuem organização nenhuma dentro de suas bolsas, porém tem grande senso de responsabilidade e sempre estão dispostas a fazer favores.
Outra coisa bem legal nelas é que são muito adaptáveis, fiéis aos amigos e dignas de confiança.

Número 7:

Todas as garotas que conheci deste número são verdadeiras filósofas.
Em geral, foram aquelas garotas com quem passei noites inteiras em bares falando sobre a vida e a morte, o claro e o escuro, o medo e a coragem e etc...
Tem idéias maravilhosas para a vida e fazem com que você se apaixone pela sua caso esteja descontente.

Número 9:

Devo ter conhecido duas ou três garotas desse número.
Pelo mapa e pelo que pude perceber na convivência são idealistas e estão sempre dispostas a defender o que consideram justo.
São um tanto chatas, não gostam de ser criticadas.
Costumam ter boas oportunidades na vida.
Uma coisa ótima, costumam ter bom caráter.

Claro que o que fiz aqui foi o mesmo que no "Lésbicas do Zodíaco". Não se pode generalizar, mas existem muitas coincidências. Se for fazer com todas as pessoas que conhece, me dará razão...

Isso vira um vício. Depois dessa, você se pegará perguntando a data de nascimento de todas as pessoas a quem se interessar.